domingo, 30 de abril de 2023


Desapego...



Imagine um armário cheio de roupas.
No começo, a gente guarda todas as nossas peças favoritas, mas com o tempo, algumas vão ficando apertadas, outras não combinam mais com a gente e acabamos deixando de usar.
É aí que entra o desapego.
Precisamos abrir espaço para coisas novas e deixar as antigas irem embora.

Os relacionamentos também funcionam assim...

Desapegar não é fácil.
Mas às vezes é necessário.
Precisamos nos libertar das coisas, das pessoas, dos sentimentos e das situações que não nos fazem bem.
Precisamos abrir mão daquilo que nos prende, daquilo que nos limita, daquilo que nos impede de seguir em frente.
É um processo de crescimento, de amadurecimento , de evolução.
Exige coragem, determinação e autoconhecimento, mas nos ajuda a descobrir quem somos, o que queremos e para onde vamos.
E isto não significa desvalorizar o que tivemos, o que vivemos, o que sentimos.
Pelo contrário, significa valorizar tudo isso, aprender com tudo isso, crescer com tudo isso.
Significa agradecer e seguir em frente com gratidão, com leveza e com amor.
No fundo, praticar o desapego é um ato de amor próprio, de cuidado com a nossa própria vida e com a nossa própria felicidade.
É um ato de liberdade, de escolha e de responsabilidade.
Nos permite ser quem somos, sem medo, sem culpa, sem arrependimento.
Claro que não é fácil.
As vezes, a coração dói e a gente se pega pensando em como seria bom receber aquela mensagem ou notícia que tanto esperamos.
Mas a vida é cheia de altos e baixos, e precisamos aprender a lidar com isso.
E sabe de uma coisa?
Quando desapegamos, damos espaço para coisas incríveis acontecerem.
Pode ser um novo amor, uma amizade verdadeira ou uma oportunidade de trabalho.
Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas precisamos estar abertas(os) a novas possibilidades.
É difícil para você desapegar de algo ou alguém?
Texto de @falaanaregina


domingo, 5 de fevereiro de 2023

 Na vida aprendemos ....


...que viver é ser livre, que ter amigos é necessário, que lutar é manter-se vivo, que o tempo ensina, que a mágoa um dia passa, que as lágrimas lavam a alma, que a vitória engrandece o coração, que a humildade é um dom, que ser grato é uma virtude e que ter otimismo é enxergar com os olhos da fé. 
Aprendemos que podemos chorar sem derramar nenhuma lágrima, e que podemos esconder uma dor através de um sorriso mas nunca atrás de um olhar. 
Aprendemos que é melhor fazer que falar, que o silêncio é mais precioso do que muitas palavras, que os erros nos ensinam a acertar e que a vida não se mede pelos passos dados nem pelo tempo, mas pelas conquistas e aprendizados que Deus nos proporciona ao viver.

Yla Fernandes


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

  Ensaio sobre amizade....

 

 

Que qualidade primeira a gente deve esperar de alguém com quem pretende um relacionamento? Perguntou-me o jovem jornalista, e lhe respondi: aquelas que se esperaria do melhor amigo.
O resto, é claro, seriam os ingredientes da paixão, que vão além da amizade. 
Mas a base estaria ali: na confiança, na alegria de estar junto, no respeito, na admiração. 
Na tranquilidade. 
Em não poder imaginar a vida sem aquela pessoa. 
Em algo além de todos os nossos limites e desastres.
Talvez seja um bom critério. 
Não digo de escolha, pois amor é instinto e intuição, mas uma dessas opções mais profundas, arcaicas, que a gente faz até sem saber, para ser feliz ou para se destruir. 
Eu não quereria como parceiro de vida quem não pudesse querer como amigo. 
E amigos fazem parte de meus alicerces emocionais: são um dos ganhos que a passagem do tempo me concedeu. 
Falo daquela pessoa para quem posso telefonar, não importa onde ela esteja nem a hora do dia ou da madrugada, e dizer: “Estou mal, preciso de você”. 
E ele ou ela estará comigo pegando um carro, um avião, correndo alguns quarteirões a pé, ou simplesmente ficando ao telefone o tempo necessário para que eu me recupere, me reencontre, me reaprume , não me mate, seja lá o que for.
Mais reservada do que expansiva num primeiro momento, mais para tímida, tive sempre muitos conhecidos e poucas, mas reais, amizades de verdade, dessas que formam, com a família, o chão sobre o qual a gente sabe que pode caminhar.
Sem elas, eu provavelmente nem estaria aqui. 
Falo daquelas amizades para as quais eu sou apenas eu, uma pessoa com manias e brincadeiras, eventuais tristezas, erros e acertos, os anos de chumbo e uma generosa parte de ganhos nesta vida.
Para eles não sou escritora, muito menos conhecida de público algum: sou gente.
A amizade é um meio-amor, sem algumas das vantagens dele mas sem o ônus do ciúme – o que é, cá entre nós, uma bela vantagem. 
Ser amigo é rir junto, é dar o ombro para chorar,é poder criticar (com carinho, por favor), é poder apresentar namorado ou namorada, é poder aparecer de chinelo de dedo ou roupão, é poder até brigar e voltar um minuto depois, sem ter de dar explicação nenhuma. 
Amiga é aquela a quem se pode ligar quando a gente está com febre e não quer sair para pegar as crianças na chuva: a amiga vai, e pega junto com as dela ou até mesmo se nem tem criança naquele colégio.
Amigo é aquele a quem a gente recorre quando se angustia
demais, e ele chega confortando, chamando de “minha gatona” mesmo que a gente esteja um trapo. 
Amigo, amiga, é um dom incrível, isso eu soube desde cedo, e não viveria sem eles. Conheci uma senhora que se vangloriava de não precisar de amigos: “Tenho meu marido e meus filhos, e isso me basta”. 
O marido morreu, os filhos seguiram sua vida, e ela ficou num deserto sem oásis, injuriada como se o destino tivesse lhe pregado uma peça. 
Mais de uma vez se queixou, e nunca tive coragem de lhe dizer, àquela altura, que a vida é uma construção, também a vida afetiva. 
E que amigos não nascem do nada como frutos do acaso: são cultivados com…amizade. 
Sem esforço, sem adubos especiais, sem método nem aflição: crescendo como crescem as árvores e as crianças quando não lhes faltam nem luz nem espaço nem afeto.
Quando em certo período o destino havia aparentemente tirado de baixo de mim todos os tapetes e perdi o prumo, o rumo, o sentido de tudo, foram amigos, amigas, e meus filhos, jovens adultos já revelados amigos, que seguraram as pontas.
E eram pontas ásperas aquelas. 
Aguentei, persisti, e continuei amando a vida, as pessoas e a mim mesma (como meu amado amigo Erico Verissimo, “eu me amo mas não me admiro”) o suficiente para não ficar amarga. 
Pois, além de acreditar no mistério de tudo o que nos acontece, eu tinha aqueles amigos.
Com eles, sem grandes conversas nem palavras explícitas, aprendi solidariedade, simplicidade, honestidade, e carinho.
Nesta página, hoje, sem razão especial nem data marcada, estou homenageando aqueles, aquelas, que têm estado comigo seja como for, para o que der e vier, mesmo quando estou cansada, estou burra, estou irritada ou desatinada, pois às vezes eu sou tudo isso, ah!, sim. 
E o bom mesmo é que na amizade, se verdadeira, a gente não precisa se sacrificar nem compreender nem perdoar nem fazer malabarismos sexuais nem inventar desculpas nem esconder rugas ou tristezas. 
A gente pode simplesmente ser: que alívio, neste mundo complicado e desanimador, deslumbrante e terrível, fantástico e cansativo. 
Pois o verdadeiro amigo é confiável e estimulante, engraçado e grave, às vezes irritante; pode se afastar, mas sabemos que retorna; ele nos aguenta e nos chama, nos dá impulso e abrigo, e nos faz ser melhores: como o verdadeiro amor .


Lya Luft

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

 Tirando a Poeira do meu Blog ...



Então.... quando criei esse blog  eu morava na Holanda , e de lá pra cá muitas coisas aconteceram ... Voltei a morar no Brasil , perdi pessoas que amo , tive que superar vários traumas , perdas .. enfim... 
Ontem (29/01/23 ) remexendo na minha caixinha de memórias , me deparo com um papelzinho e a senha dele ... fiquei feliz em reler textos que reuni aqui de grandes autores que me caíram como uma luva , nessa nova fase da minha vida ... e prometo reativar meu blog com muitos outros textos de grandes escritores , para servir de inspiração para  quem vai ler ... 
Estarei de volta ... aguardem ...


terça-feira, 19 de janeiro de 2016
 
Períodos de recuo são essenciais, nos forçam a enxergar a situação sob outro prisma, com mais frieza e, por isso mesmo, isenta dos colossais erros de julgamento que a intensidade e a bile nos levam a cometer.
“O lugar mais escuro é sempre debaixo da lâmpada” .
O mais notável em nos distanciarmos vez por outra do que é nos importa, nos confunde, é sentir o que esse redimensionamento causa.
E seja o que for, a retomada nunca é insípida: ou nos faz enxergar a placa de “rua sem saída” que teimávamos não ver ou, feito polimento em prata, devolve o brilho ao que o tempo havia enegrecido.
Talvez por isso alguns casais só se entendam depois de uma separação: a dor, a sensação de ficar sem centro gravitacional, não ter mais ali ao lado quem se ama, pode provocar verdadeiros milagres na dinâmica de uma vida em comum (e na vida solo).
Mas não podemos contar com milagres, precisamos da razão.
O problema é que nossa suposta sapiência tende a sub-avaliar o que se tem ou (talvez seja pior), exagerar na importância e, se quisermos ser felizes, é inútil proclamar independência emocional ou tornar-se escravo das paixões.
Qualquer extremismo nos isola e, curiosamente, é só dando um pequeno mergulho na solidão que compreendemos o valor do que nos rodeia e mora dentro de nós.
Depois de sofrer feito o cão por encarar tudo na base do oito ou oitenta, fiz um pacto comigo mesma: jamais levaria coisa alguma a ferro e fogo porque nada importa tanto.
Absolutamente nada é imprescindível. Nem ninguém.
Esse não é um discurso de auto-suficiência, pelo contrário, é uma reflexão de alguém que aprendeu na porrada (ou melhor, no choro) que só relativizando, tornando a existência e o coração mais leves, é que se pode ser feliz e, então, ser feliz com alguém.
Pare de arrastar correntes, levar tudo tão a sério: a única coisa que você vai conseguir é uma úlcera.
Cuide de quem ama mas não faça disso o objetivo da sua vida porque ficará, inevitavelmente, frustrado quando não tiver deles o que deu pra eles.
Ou não tiver deles o que você ACHA que eles deveriam devolver.
E será bem feito: você fez o que quis, porque quis, então não venha reclamar o troféu.
Não existe prêmio para quem doa amor. Ainda bem.
Por isso, distanciar-se deveria ser uma tarefa cotidiana: evitaria que fôssemos sugados pelo redemoinho que sempre começa logo ali nos nossos pés, mas estamos ocupados demais pra ver.
Evitaria que exercêssemos de forma tão eficaz, e perigosamente despercebida, nossos piores defeitos.
Quando algo começar a te enlouquecer, enfernizar ou surtar, use a técnica dos grandes admiradores de arte: recue diante da tela, mude de ângulo em relação a ela, observe as cores, os traços e os detalhes que, na correria, sempre passam despercebidos.
Então notará que ela é muito mais do que aquele ponto preto que ficava, insistente, diante dos seus olhos.
Ser feliz não é questão de sorte ou azar.
É questão de perspectiva.
 
Ailin Aleixo

.

“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

Visitantes Online

Seguidores

Tecnologia do Blogger.
Powered By Blogger

Translate

Acessos

Hora Certa

relojes para web gratis free clock for website

Links externos