segunda-feira, 27 de julho de 2009

Você pensa que o relacionamento está indo bem, mas vem a decepção.
Com voz trêmula e olhar distante a pessoa amada lhe diz:
"Quero dar um tempo! Preciso pensar!"
Desespero e decepção.
Por que?
Por que ele deseja terminar o relacionamento se está tudo bem entre vocês dois?
O que está havendo que você não percebeu?
"Pedir um tempo" é uma expressão muito usada quando se deseja terminar um relacionamento e não se sabe como falar.
E nem sempre significa rompimento definitivo.
Alguns homens usam esse termo para não serem duros demais na hora do término.
Não é motivo para desespero!
Os homens ,às vezes, se sentem muito presos ou envolvidos.
Querem testar sua autonomia.
Medo de compromisso e desejo de voltar à vida antiga de liberdade e aventuras passageiras.
Não significa necessariamente que ele deixou de amar a namorada ou a companheira.
Desista de ficar ligando para ele e pedindo outra chance.
Quanto mais insistir, mais ele correrá de você.
Diz John Gray, um terapeuta americano que, alguns homens, quando pedem um tempo ou se afastam estão vivendo a fase do "elástico."
Estão envolvidos demais e desejam provar a si mesmos que podem viver sozinhos.
Nessa fase, a mulher não deve ser preocupar.
A tática é deixá-lo livre até que o "elástico" estique até o fim.
Quando o "elástico" estica até o fim o que acontece se você largá-lo?
Ele volta com força total.
O homem volta mais apaixonado e carinhoso.
Deixe-o ir!
Quem ama de verdade deseja a felicidade do outro.
Não tenha tanto medo!
Nesse período de afastamento, ocupe a cabeça com outras atividades: visite os amigos, trabalhe bastante e procure se distrair.
A reconciliação pode vir aos poucos.
Seu homem está desconcertado ou até envergonhado.
Não quer dar o braço a torcer de que está apaixonado por você.
Aos poucos, você notará que ele está dando sinais de vida como: um telefonema, um e-mail curto ou mesmo uma visita agradável.
Nada de sermões ou conversas tipo:
"Vamos discutir a relação? Você deseja voltar ou me fazer de boba?" Nada disso!
Deixe que ele volte aos poucos.
Jogue a isca.
Nesse caso, a isca é recebe-lo com muito carinho, porque ele está voltando para você.
Só depois, parta para o diálogo sério e discuta a relação.
Cada relacionamento a dois tem sua linguagem própria na hora da paixão, da conversa séria e do rompimento.
Alguns homens não têm coragem de romper e, começam a se afastar.
A mulher nota o comportamento frio da pessoa amada, mas continua insistindo em manter o relacionamento.
Se o homem deseja dar o fora, deve fazê-lo.
Pena ou compaixão não resolve.
A mulher poderá se sentir pior do que está se souber que o homem protelou a separação só por causa do receio de magoar a companheira.
Se você está observando que seu relacionamento não é mais a mesma coisa, converse com seu namorado ou companheiro.
É preferível levar um fora, do que manter aparência.
Sentimos necessidade de finalizar as coisas dentro do nosso coração e da nossa mente.
É uma forma sadia de deixar o passado para trás e recomeçar.
Não teremos aquela sensação desagradável de "relação mal resolvida.
" O que você deve fazer quando levar um fora? Implorar? Pedir para ele reconsiderar?
Alguns relacionamentos já estão ruins e o "dar um tempo" é apenas uma conseqüência da falta de entendimento entre o casal.
Na hora da conversa séria, ouça seu namorado e questione o motivo.
No entanto, nem sempre vale a pena insistir ou chorar.
Nesse momento, os homens não se comovem muito com lágrimas femininas.
Dar o fora talvez seja mais difícil do que levar um fora.
É difícil aceitar um rompimento, mas não há outra maneira.
Alguns homens não querem terminar o relacionamento, mas mesmo assim dão o fora, por qualquer motivo ou briga superficial.
Uma espécie de jogo ( cuidado se cair nessa armadilha!) assim:
"Se você fizer isso , eu termino, se fizer aquilo, não vai dar."
Pode ser também um momento de raiva ou insegurança, ciúmes demais.
Converse, diga o quanto o ama, assim, dependendo do caso, tudo pode se resolver.
No entanto, o miolo da história, a causa do "joguinho, termino, não termina" tem que ser investigada.
E acabar com o jogo do homem que deseja apenas ouvir a mulher insistir, implorar para ele ficar.
Uma coisa quase sádica ou mesmo até insegurança masculina.
Alguns rompimentos são mesmo definitivos.
Houve mesmo um desgaste na relação ou então muita mágoa ou ressentimento.
Alguns homens têm receio de magoar a pessoa amada e, em vez de romper o relacionamento, pedem um tempo.
Muito perigosa essa colocação!
A mulher é muito detalhista e romântica.
Aí, ela pergunta:
"Quanto tempo você deseja para pensar sobre nós dois? Você voltará?"
O homem tem que ser muito sincero.
Abrir o coração.
É melhor a sinceridade do que a protelação.
Seu homem pode sinalizar com o comportamento se há esperança de reconciliação ou não.
O tempo passa e ele não dá sinal de vida?
Geralmente, quando o homem quer reatar o relacionamento, corre atrás da sua amada.
Sentiu falta e percebeu o quanto ela é importante em sua vida.
No entanto, se você percebe frieza e afastamento em suas atitudes, é hora de esquecer o passado e partir para outra.
Isso leva algum tempo, mas sairá mais fortalecida e amadurecida.
Não cultive a mágoa durante muito tempo.
Procure relembrar os momentos bons.
Não viva de ilusões!
Aceite a realidade.
O amor acabou!
Você levou um fora por causa de outra mulher?
Melhor assim, do que a mentira.
Fingir amor só para não magoar a namorada não é bom!
Há sempre uma nova chance para que você seja feliz!
Não desista de ser feliz no amor!

(Sandra Cecília é Psicóloga Clínica)

Quando um relacionamento amoroso acaba e ocorre a separação, somos impelidos a mudar nosso foco de atenção.
Retornamos para dentro de nós e passamos a enxergar fatos que antes negávamos.
Este processo é na maioria das vezes doloroso, porém nos propicia um imenso crescimento interior que não imaginávamos experimentar.
Tal crescimento se faz necessário para evitar a busca de outro parceiro idêntico ao anterior, pois as pessoas que atraímos apenas nos revelam aquilo que realmente somos.
E, podemos dizer que são o nosso reflexo.
Se nossa auto-estima é baixa, buscaremos sempre no outro o nosso contra ponto.
Freud afirma que até os sete anos decretamos o papel que vamos viver na vida, e que todo homem que trás uma relação mal resolvida com sua mãe, poderá ter um casamento confuso, complicado.
A famosa frase:
“Todo homem, no fundo, procura uma mãe e por isso não se casa com uma menina de vinte anos", revela que o homem busca a menina para viver alguns momentos.
Ele experimenta, vivencia o momento de caçador para suas aventuras, mas busca a mulher “mãezinha” para casar, para ser aquela com quem viverá para o resto da vida, pressupondo que a mesma atenderá suas necessidades físicas e emocionais.
Ao superar conflitos interiores, reconhecendo quem realmente somos, dispensando disfarces, é possível compreender que o prazer numa relação amorosa implica em ter consciência de nossa verdade interior.
A grande sacada para um relacionamento saudável é reconhecer quem sou, onde estou, quais são meus pontos fracos e fortes, quais são as minhas fantasias.
Raramente o ser humano está em seu presente, a maior parte do tempo está no seu passado ou no seu futuro, e na verdade é necessário viver o aqui e agora e não ficar amarrado no passado ou projetando sua felicidade no futuro.
Devido a este inadequado padrão de pensamento, a maior parte das pessoas acha que o grande amor é ilusão e que apenas o seu vizinho é merecedor de viver um grande amor.
Isto porque ao desconhecer seu poder interior, não se dão conta que a fonte de amor está dentro de si.
Ao contrário, esperam que o outro venha lhe fazer feliz, que o outro venha atender seus desejos.
Ao conviver com a solidão, é comum as pessoas atribuírem à pessoa desejada a responsabilidade pelo seu bem estar:- “Preciso de alguém que seja confiável”- “Preciso de alguém que tenha o meu nível cultural e social!
“Fica evidente que na maioria das vezes não se fala nada sobre o outro, não se pensa nele, apenas o pedido que corresponda às suas expectativas é importante.
Assim, não se ama o outro como ele realmente é, mas sim como gostaríamos que fosse.
Uma das formas de ampliar a consciência é mudar algumas atitudes em nós mesmos, buscando um novo padrão de pensamento e entrando em nova sintonia, assim atrairemos o que realmente desejamos, uma vez que a fonte somos nós, destruindo a crença de que a minha felicidade está em poder de outra pessoa.
"Ao descobrir que o outro me faz feliz porque me faz crescer, percebemos o quanto é gostoso brincar de viver." (Guilherme Arantes).
Conscientes de que ninguém tem o poder de nos fazer felizes ou infelizes sem a nossa permissão, podemos iniciar um novo ciclo reconhecendo que nada é mais prazeroso que um amor saudável, descontraído e principalmente sem dores.
Afinal, o verdadeiro amor não dói, quando dói não é amor, é apego.

(Lilian Maria Nakhle é Psicoterapeuta)

Ao longo da vida passamos por situações, as mais variadas, que nos despertam diferentes emoções e sentimentos.
Quando somos tomados por bons sentimentos, via de regra, nos sentimos plenos, leves e realizados.
Achamos que a vida vale a pena, que as coisas caminham bem, e sentimos que podemos continuar a trilhar naquela direção.
Entretanto, quando somos tomados por sentimentos ditos "negativos", como raiva, ódio, ira, inveja, dentre outros, não gostamos das sensações despertadas.
São sensações incômodas que, em geral, acordam "leões" adormecidos dentro de nós e nos levam a questionar o caminho que estamos seguindo.
Podemos nos sentir perdidos, inseguros e assustados com a intensidade com que somos tomados pelas situações.
Quando isso acontece, nossa tendência é tentar anular esses sentimentos, seja pela supressão, repressão ou pela simples liberação (descarga) de tudo aquilo que estamos sentindo.
Sentimo-nos frustrados e queremos que tudo aquilo passe logo.
A dor sentida é grande e, então, temos medo de não agüentar e explodir, ou de nos perdermos no abismo profundo de nosso lado "negro".
Essas sensações desagradáveis despertadas são tanto mais insuportáveis de lidar conforme a capacidade que temos, ou não, de contê-las e transformá-las, de modo a se tornarem úteis para nós.
Esse processo está ligado a nossa capacidade de tolerar frustrações.
Embora seja sempre muito desagradável a sensação causada pela frustração, podemos tirar partido dessa situação em prol de nosso desenvolvimento pessoal.
Você deve estar se perguntando, como sentimentos ruins e sensações desagradáveis podem se tornar úteis para nós de algum modo.
Pois bem, eles não só podem, como são necessários para o amadurecimento psíquico e para a integração de nossa personalidade.
Por mais que lutemos contra, é fato que não somos só constituídos de sentimentos nobres e emoções agradáveis.
Do mesmo modo, nem sempre conseguimos, em nossa vida, ter reações adequadas e socialmente aceitas.
Entretanto, temos a tendência de tentar, a todo custo, evitar sentimentos desagradáveis, nos permitindo apenas "sentimentos nobres", "emoções prazerosas" e "reações mais adequadas".
Somos seres dinâmicos e, como tal, constituídos de luz e sombra, amor e ódio, paz e conflito.
Existem camadas de nosso psiquismo e partes de nossa personalidade que ainda não conhecemos.
O que há em nós de conhecido se contrapõe a tudo que não sabemos ou não tomamos contato, que é nossa sombra.
E essa sombra nos constitui tanto quanto o que há de "luz" em nós.
Sem ela, não somos inteiros, não estamos íntegros.
Acabamos compondo só uma parte da história, como se houvesse só "mocinhos".
Entretanto, não há história completa sem "bandidos", que representam tudo aquilo que há de não-conhecido, não-aceito ou não-integrado em nós.
Eles nos incomodam muito, e enquanto permanecem inconscientes, aprisionados em nosso "calabouço" psíquico, atuam sorrateiramente, provocando diferentes emoções, sensações, e reações muitas vezes impensadas, inesperadas, ou até mesmo compulsivas, que podem parecer sem sentido ou caminhando na contramão da nossa vontade consciente.
Se houver disponibilidade para encarar nossos próprios inimigos internos podemos nos surpreender com o resultado.
"Dar vida" ao lado negro e obscuro de nossa personalidade, pode ser o caminho não só para que não sejamos pegos de calça curta por nossos "bandidos", como para que possamos integrá-los em nossa personalidade, enriquecendo nossa experiência emocional e propiciando o desenvolvimento psíquico.
Sempre que há frustração é útil nos perguntarmos o que, em nossas expectativas, não foi atendido.
Não há frustração sem expectativa prévia.
Quando podemos nos deixar tomar pelas emoções desagradáveis e nos darmos o tempo necessário para o processamento, em nosso mundo interno, de tudo que nos é despertado por aquela situação, então, teremos condição de pensar sobre a experiência, tirando dela algum significado que pode vir a representar um ganho em termos de crescimento emocional.
Diante de situações de dor e frustração, podemos tentar, em primeiro lugar, sentir o que está vindo à tona.
Conforme os sentimentos forem aparecendo, podemos nos questionar:
O que esses sentimentos despertados significam?
O que eu esperava que não alcancei?
O que essa frustração está me ensinando sobre meu mundo emocional e sobre o mundo emocional da outra pessoa com quem eu me relaciono nesse momento de dor?
Quais são as crenças que tenho sobre mim, a vida, o prazer, o sucesso, os relacionamentos, e que essa situação só vem reafirmar?
Há algo que eu possa fazer por mim, nesse momento, para aliviar a carga dessa frustração? (desde que não seja ter outros comportamentos que, mais tarde, trarão mais arrependimento e frustração, como no caso da pessoa que começa a comer demais para tentar não sentir e não olhar para aquela dor, ou daquela que gasta todo seu orçamento mensal e depois se arrepende ficando com várias dívidas para acertar).
O que eu fiz ou como eu contribui para que o resultado da situação fosse esse?
O que eu posso fazer para que, de uma outra vez, o resultado seja diferente?
O que essa situação me acrescenta em termos de conhecimento sobre a vida, sobre as pessoas, sobre os relacionamentos, de modo que eu possa me capacitar melhor para outras situações que a vida ainda me reserva?
Essas e outras questões podem nos ajudar a lidar com a sensação de frustração.
Se observarmos mais a fundo, veremos que muitas vezes deixamos de viver e esperar, desejar e sonhar na vida, com medo da frustração.
Quando temos pouco ou quase nenhum contato com nosso mundo emocional nos assustamos com o que sentimos diante da frustração e temos medo de não encontrarmos sustentação e aparato internos para lidar com a situação.
Sentimos que não há esperança.
Na tentativa de nos livrarmos da dor, tendemos a nos anestesiar e nos refugiar em algum espaço dentro de nós onde nos sintamos seguros.
Buscando evitar sofrimento, deixamos de viver, e assim, sem perceber, seguimos como "mortos-vivos", sem nos envolver diretamente em nada, seja um trabalho, um projeto, um relacionamento, um tratamento, etc.
O fato é que, assim, estamos evitando a própria vida, abrindo mão de vivê-la.
Se algum projeto, trabalho, relacionamento ou tratamento teria alguma chance de dar certo, de trazer prazer, bem-estar e realização, nunca saberemos, porque diante do temor de não conseguir ou perder, estamos escolhendo não tentar.
A fuga das emoções e sentimentos negativos é uma escolha que nos tira do contato verdadeiro com nosso ser, nos afasta de quem somos e nos deixa cada vez mais esvaziados.
No final das contas, ao contrário do que possa parecer, evitar nossas emoções negativas, nos deixa frustrados e sem sentido para a vida.
Só o contato real e verdadeiro com tudo o que há de mais vivo em nosso íntimo, sejam emoções agradáveis ou desagradáveis, sentimentos "nobres" ou "mesquinhos", permite que nos sintamos seres inteiros e fortalecidos, fazendo dos momentos de dor e crise, oportunidades para o crescimento e transformação, no caminho de uma vida mais plena e feliz.
 
(Ana Claudia Ferreira de Oliveira é Psicóloga Clínica )
 
Dizem que amor e ódio andam de mãos dadas.
Mas, será que é realmente possível transformar o amor em ódio?
Se você respondeu sim é hora de rever seus conceitos.
Por expressar uma variedade de formas de afeto que diferem em nível e intensidade, este sentimento costuma receber milhares de rótulos: amizade, carinho, ternura, companheirismo, entre outros.
Porém, na realidade, o que costumamos constatar é que nem sempre a expressão do amor dá-se por vias saudáveis.
Um exemplo disto pode ser visto em certos tipos de relações conjugais, onde encontramos o exercício da "posse" mascarada sob a roupagem do "amor".
Aqui, diante das dificuldades de convivência, os cônjuges comportam-se como verdadeiros inimigos transformando suas juras de amor em desavenças dentro do próprio lar ou, em casos extremos, em incansáveis disputas judiciais.
Mas, será que isto realmente pode ocorrer?
Podemos transformar o amor em vingança?
Diz-se que, enquanto no amor temos a expressão do afeto em sua forma positiva, no ódio encontramos o total desapreço por aquele que se tornou alvo da nossa ira.
Desta forma, quando alguém nos diz que hoje odeia aquele que um dia jurou amar, podemos afirmar com certeza, que o que ele sentia por esta pessoa era tudo, menos amor.
Isto porque o amor é um sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem.
Aqui o meu foco está voltado para o exterior, para o lado altruísta da relação e baseado na vontade que tenho de cuidar dos desejos e interesse alheio.
Como o amor não cobra, não exige, simplesmente flui incondicionalmente, a pessoa que ama verdadeiramente espera que o outro seja feliz, que tenha experiências que lhe propiciem o crescimento, mesmo que isto signifique abrir mão do desejo de estar em companhia do amado.
Para estes indivíduos, a própria felicidade encontra-se atrelada ao bem-estar daqueles que eles escolheram ser o objeto de seu apreço, pois eles bem sabem que é impossível separarmos aquilo que nunca esteve unido de fato e que o amor pode se expressar de outras formas aquém da união física.
Certamente, aqui não quero dizer que não podemos ficar com raiva ou nos sentirmos magoados quando alguém, que julgamos amar, opta por outro caminho.
Porém, se me decepcionei com esta pessoa é por que talvez eu tenha acreditado nela e não em sua essência.
Lembre-se que o tempo é um grande sábio e, como dizem, o melhor remédio para curar nossas feridas e enxergarmos com clareza a realidade que existia e não aquilo que havíamos criado frente as nossas carências internas.
Quando o amor se faz presente em nossos corações, conseguimos nos perdoar e aos outros também, entendendo que as pessoas passam por nossas vidas, para que possamos vivenciar lições úteis ao desenvolvimento de ambos.
Aprendamos, pois, a transformar a posse em amor, a olhar o que de positivo restou, pois sabemos que o que fica de uma relação é o que de verdadeiro existia nela: carinho, amizade, respeito ou, simplesmente compaixão pelo outro.
Mas, se o amor é isto como o ódio surge?
Para responder a esta pergunta, vamos primeiramente tentar entender o que significa odiar.
Podemos descrever o ódio como uma paixão que nos impele a causar ou desejar mal a alguém.
Ora, se ódio é paixão e esta um sentimento intenso que sobrepõe nossa lucidez e razão, o que encontraremos aqui é o apego, ou seja, o lado egoísta da relação.
Neste caso, preocupamo-nos muito mais com a satisfação de nossos desejos pessoais, com nossas carências, com o controle do relacionamento afetivo, do que com a nossa capacidade de expressar o amor de forma incondicional.
Várias pessoas costumam acreditar que amam realmente alguém até surgir um obstáculo na relação.
Quando o outro, por ação ou omissão, deixa de satisfazer seus desejos, muda seu padrão de comportamento, faz uma nova escolha, ou seja, começa a se afastar daquele modelo por elas idealizado, o sentimento de intensa frustração instala-se, levando-as a se fixarem no desejo de destruição daquele que julgam ser o grande culpado pela intensa dor emocional que atravessam.
Isto acontece porque costumamos entrar nas relações imaginando que o outro nos completará, satisfazendo nossos desejos e idealizações.
Esquecemos, porém, que não podemos completar aquilo que só a nós compete: o preenchimento de nosso vazio interno.
Que a relação envolve sentimentosde compreensão, companheirismo, troca, o saber ceder ou esperar.
E, o mais importante, de que as pessoas não são nossos ativos, mas sim nós é que pertencemos ao mundo, tendo liberdade de vivências e escolhas, sejam estas agradáveis ou não para nós ou para o outro.
Sempre digo que, relação é conhecimento, é crescimento e que este pode se dar de inúmeras formas.
Muitas vezes, quando nos relacionamos com alguém, costumamos ativar dinâmicas psíquicas não bem resolvidas em ambos, as quais resultam numa interação patológica.
Isto pode ser facilmente observado nas situações onde a perfeição do outro se torna condição sinequanon.
Nestes casos, quando nossas expectativas não são correspondidas, acabamos por gerar sentimentos de hostilidade que se transformam num jogo de culpas, cobranças e no aniquilamento das pessoas envolvidas.
Esquecemo-nos, porém, que enquanto nos "pré-ocupamos" em nos punir ou levar o outro à tortura, deixamos de viver novas experiências, de fazer novas escolhas, de aprender com o suposto erro, de nos respeitarmos enquanto seres merecedores de amor e compreensão e de encontrar o nosso verdadeiro caminho.
Cumpre-nos lembrar aqui também, que a dinâmica amor e ódio pode ser encontrada naqueles indivíduos que cultivam sentimentos de ciúmes.
Isto porque o ciumento não consegue desenvolver o amor autêntico por confundir todas as relações com uma necessidade narcísica.
Em outras palavras, estas pessoas não conseguem amar, mas sim precisam de um sentimento que são amadas, o que justifica que suas perdas sejam revestidas de uma posterior substituição.
É diante da ameaça da perda que elas transformam sua paixão em ódio, sentimento este que reflete a baixa auto-estima e insegurança que as assolam.
Finalizando, lembre-se de que um verdadeiro encontro de almas só ocorre quando existe o real desapego e isto só é possível quando aprendemos primeiramente a nos amar, a nos respeitar e a nos valorizar, através do nosso autoconhecimento, ou seja, do contato com a nossa essência.
Em matéria de amor é importante ressaltar que as pessoas ficam juntas, não por necessitarem umas das outras, mas sim pela satisfação que sentem em compartilhar um mesmo sentimento, um mesmo ideal.
O amor não precisa de condições, ele basta por si só.
Sendo assim, se apenas podemos refletir no mundo aquilo que temos dentro de nossa alma, que este algo seja o exercício do AMOR INCONDICIONAL, pois através dele o ódio nunca encontrará espaço para se manifestar.

(Mônica Griesi)
domingo, 19 de julho de 2009

Convido-o para um papo de “cabeça dura para cabeça dura”.
Afinal, quem de nós não se comportou assim ao menos uma vez na vida?!
O que não quer dizer que uma vez cabeça dura, para sempre o seremos.
Isso pode acontecer em diferentes quantidades e intensidades para cada um.
Mas ileso ninguém está.
Hoje, pela manhã, ouvi no programa de rádio da Mundial-FM, a psicoterapeuta Maura Di Albanesi discursando sobre a baixa auto-estima: “muitas vezes quando as pessoas pensam que sua auto-estima está tão baixa... é aí que está muito elevada, a ponto de não aceitarem críticas, repelindo-as; não estarem abertas a relacionamentos, culpando as outras pessoas pelas suas carências; e pior, inflarem seu ego com elogios e colocarem-se nas mãos da outra pessoa, submetendo-se aos seus desejos, em busca de mais elogios...”
São tantas as formas que usamos quando nos comportamos como verdadeiros “cabeças-duras”!
As frustrações, decepções, sensações de ira e quase todos os sentimentos desagradáveis (ou seriam todos?) não são derivados das atitudes das outras pessoas em relação a nós mesmos; pelo contrário, derivam da nossa atitude em relação às pessoas.
E então o que fazemos?
Ai, coitadinho de mim! Probrezinho, tão injustiçado!
Como pôde fazer isso comigo?
Mas porque logo comigo isso foi acontecer?
Quem não conhece essas frases?
Quanta dó conseguimos sentir do nosso próprio umbigo.
Vá em frente, cabeça dura!
Pare de queixar-se!
A tua vida vale muito pra você desperdiçar um minuto sequer patinando no mesmo lugar!
Os dissabores nos servem de aprendizado.
Agradeça-os!
Assimile a lição e tenha uma atitude diferente na próxima vez.
Ação semelhante, reação semelhante.
Vira um ciclo.
Se você quer que algo mude, comece por si mesmo.
Se você quer que alguém te ame, tenha tanto orgulho de si próprio a ponto de despertar a atenção de alguém.
Se você parar no meio de uma movimentada avenida, numa praça ou qualquer lugar público e começar a olhar para o alto, várias pessoas começarão a procurar o que será que você está olhando!
Da mesma forma você pode atrair a atenção para você.
Ao invés de olhar para o alto, olhe para dentro de si, aceite-se, admire-se e ame-se exatamente da forma como você é.
A altura do fulano não é a sua; os cabelos da ciclana não são os seus; o carrão do beltrano é dele; a carreira, as habilidades e tudo o mais que é do outro e se torna objeto de cobiça só nos afastam dos nossos próprios dons, virtudes e qualidades.
Aceite-se, admire-se e ame-se exatamente da forma como você é, com suas limitações e imperfeições.
E você vai passar a enxergar quanta coisa boa, quantas qualidades estão escondidas aí dentro de você e fará com que as outras pessoas também percebam e valorizem.
Simplesmente aceite esse ser singular e único, criação de Deus, que você é!

(Eliane Cariste Crepaldi)

Decepção.
Esta palavra não me sai da cabeça ,nem do coração.
Ela vem de todos os lados, vestida com diferentes roupas, porém, sempre com a mesma cor.
Uma espécie de cinza, meio marrom, sem brilho e sem graça.
Mas como lidar com esse sentimento tão ruim e tão comum?
No dicionário, “decepção” quer dizer: malogro (insucesso, fim) de uma esperança; desilusão, desengano.
É isso!
É e-xa-ta-men-te isso!
Durante toda a vida, a gente aprende regrinhas de comportamento - isso pode, isso não pode -, aprende biologia, trigonometria, aprende a cozinhar (ou não), a camuflar os sentimentos e até a mentir para não magoar.
Tudo isso para ser a “boazinha”.
Mas ninguém te ensina o que fazer quando dá tudo errado e esse sentimento surge, certo?
O preço que temos de pagar mais tarde, quando enxergamos a vida com mais clareza, é muitíssimo alto.
Dá, mas passa.
Todo mundo tem.
A decepção, normalmente, não vem sozinha.
Vem acompanhada de muita raiva (que nem sempre detectamos, porque menina boazinha não sente isso) e de insegurança.
Afinal, se deu errado até aqui, quem garante que vai melhorar?
Reverter esse mal, assumir o seu verdadeiro eu, explodir a sua vontade são trabalhos que demandam muita energia.
Mas nunca é tarde para zerar o cronômetro e, de novo, ir à luta.
Atitude, aliás, que exige coragem.
Quando você é criança, te ensinam a sonhar com uma vida cor-de-rosa, mas ninguém sabe o que fazer se essa vida não vier.
A sua sonhada carreira ou aquela família “propaganda de margarina” que, aos 20 anos, eram uma certeza, hoje, aos 30 e tantos... Cadê?
Tudo vira uma sucessão de enganos e você, uma neurótica ansiosa.
Até que um dia você se pergunta: por que foi mesmo que eu escolhi essa profissão?
Não sei.
Alguém sabe onde posso comprar um manual que desvende os mistérios do cérebro?
Sim, porque euzinha já desisti de entender.
Quando você é mais nova, acredita que só tem um caminho: dar certo.
Mas não dá e, aí, você tem duas opções: manter-se frustrada e infeliz, patinando em gelo seco ou Recomeçar.
Essa é a minha palavra preferida.
Eu sempre disse que tenho um pouco de fênix, estou sempre renascendo, refazendo, recomeçando, porque eu quero ser feliz.
Devo admitir que isso também exige muito de energia e esperança, mas prefiro morrer tentando.
Mudar de idéia, que, segundo um amigo meu, é sinal de inteligência, é permitido sim.
Parar, quando tudo dá errado, e reavaliar, fechar os olhos e sentir o coração antes de tomar uma decisão, tudo isso é permitido quando o assunto é a sua felicidade.
Portanto, se você encontra-se nessa situação:
Pare de ouvir os outros, principalmente aqueles que dizem que você está velha para mudar de rumo – isso não existe!
Não jogue o sentimento para debaixo do tapete, isso não vai eliminá-lo!
Seja absolutamente honesta com você mesma: o que você quer, o que você sente, o que fez errado de verdade, como pode mudar – e acredite, você pode!
Veja, isso está longe de ser uma receita ou uma sessão de terapia.
São apenas toques que servem para mim, que aprendi: a decepção dá, mas passa!
 
(Cris Negrão)
sábado, 18 de julho de 2009

Somos seres sociáveis, vivemos em comunidade e precisamos dela para viver o crescimento na missão a que fomos chamados e exercitar a nossa capacidade de decisões.
Esse exercício começa em casa, passando a ser vivenciado na escola e nos acompanha durante a nossa vida em nossos relacionamentos com os amigos.
Contudo, os amigos não conseguem atingir a intimidade profunda existente na amizade entre pais e filhos.
Quando éramos apenas um bebê, nossos pais nos estimulavam a enfrentar o desafio de nos equilibrar sobre nossas pernas.
Mal entendíamos das conseqüências compreendidas naquele desafio, mas eles estavam prontos a nos amparar, nos protegendo das possíveis quedas.
A simplicidade de curtos passos demandava atenção e dedicação por parte deles.
Mesmo tendo experimentado algumas quedas, nenhum de nós desistiu de aprender a andar.
Assim como não desistimos de andar, não desistimos tampouco de viver outros desafios e quando sabemos que estamos sendo dirigidos por quem zela pelo nosso bem-estar, torna-se muito confortável enfrentá-los.
Apesar de conhecermos o conforto desse amparo, muitas vezes achamos que de vez em quando estão equivocados e, tendemos a nos deixar levar pelos conselhos daqueles que falam o que desejamos ouvir.
Pode acontecer que no calor de uma discussão sejam disparadas frases como:
“Ah, minha amiga é melhor que minha mãe, meu pai…” ou “A casa de fulano é melhor que a minha…”, “Não sou compreendido”, etc.
Abre-se então um processo de retomada por ambos.
Nessa relação, pais e filhos aprenderão a partir das experiências do outro.
Os filhos aprenderão a revisar seu próprio comportamento, entre outras coisas, esforçar-se-ão a responder aos anseios dos seus pais ou levando sempre em consideração os resultados de suas escolhas, prestarão mais atenção às sugestões e conselhos daqueles que, mesmo não conseguindo vê-los como adultos, ou ainda que estejam preparando-se para enfrentar tal realidade, se desdobram em majestosa atenção.
Os pais iniciarão o processo em cultivar a serenidade diante do novo.
Aprenderão a enfrentar a dura realidade que seus pequenos já são adultos.
Longe da omissão, aprenderão a acolher e respeitar a vontade de seus filhos mesmo quando estes, no exercício da sua maturidade, venham a sofrer as conseqüências de suas escolhas.
A diferença entre nossos amigos e nossos pais não está unicamente no conselho.
Na unidade e no comprometimento fiel de nossos pais, temos a certeza de sempre estar preparados em nos amparar das possíveis “quedas e tropeços”, mesmo que isso lhes custem lágrimas e privações.
Que Deus esteja sempre presente na sua amizade com seus pais.

(Dado Moura)

“Felicidade é a base de todas as conquistas”
Ilusão e Meta são palavras bem diferentes.
Muitos de nós sem perceber colocamos nosso estado emocional mais importante em coisas, pessoas, relacionamentos, casamento, emprego, filhos, inumeráveis coisas.
Tendemos a acreditar que“conseguindo coisas” assim estaremos felizes, mas na verdade é o inverso,estando internamente felizes é que temos todas as conquistas, e todas com mais prazer.
Se depositarmos nossa felicidade em algo, automaticamente quando a conquistamos dentro de nós vem um vazio enorme, e a sensação que temos que conquistar outras coisas e outras e outras, um ciclo de insatisfações.
Pensando por outra forma, se estamos felizes (independente do emprego, da vida que reclamamos, do relacionamento nada perfeito, e da quantia de dinheiro que queremos ter, entre tantos exemplos) quando conquistamos algo, o sentimento é de verdadeiro prazer.
Em nossa vida sempre vemos pessoas de todas as classes sociais, umas tão simples e tão felizes, sempre nos faz pensar, e esse é o grande segredo de viver bem consigo mesmo.
A busca da real felicidade está mais perto do que imagina, dentro do seu coração, da sua mente.
Vi muitas mulheres e homens com o que chamo de “Sindrome de Cinderela”, sempre insatisfeitos com o parceiro, ninguém serve por “ter defeitos”, e quem não os tem?
Isso é depositar no outro o que queremos para que o sentimento de estar completo exista, mas, quem é completo?
Um dos piores é quando a pessoa vira um “grude” esperando 24 hs o amor do outro, minha pergunta é?
E se caso o parceiro vá embora?
Não podemos ter MULETAS EMOCIONAIS, afinal se a muleta cair, caímos junto com ela.
Sentir-se feliz por apenas estar de bem com a vida é possível, mas um aprendizado diário viu que está triste, mude seus pensamentos, escute uma música, imagine boas coisas, mantenha a felicidade dentro de você, assim “apoios” se tornarão “complementos”, sua âncora de felicidade estará dentro de você.
Dentro da lei da atração, para que qualquer coisa que desejamos seja atraída, é necessário em primeiro lugar, estar feliz, e agradecer sempre o que já conquistou, nunca desmereça suas conquistas.
Se toda humanidade aprender a se amar, a retomar a auto-estima que parece perdida e depositada em “coisas” (independente de qualquer fato) e dar a “volta por cima”, seu aprendizado de felicidade é iniciado.
Sua Felicidade depende de você e de mais ninguém (tudo é complemento), e felicidade maior é sempre gostar do que já conseguiu.
Não viva em ilusão, ela não te leva para lugar algum, trace suas metas reais, assim é possível alcançar tudo que é real.
Sua força e aprendizado está dentro de você!
Sorte Sempre!

Karin Klemm

Somos pessoas apegadas a preconceitos, vaidades, orgulhos, ressentimentos, rancores, ódios.
Enfim, a uma série de valores e crenças deturpadas e que não queremos largar, acreditando que tudo isso somos nós e por conta da nossa inconsciência, cremos que estamos certos em sermos assim.
Até que surgem as crises e perdas para nos mostrar uma realidade diferente e nos propiciar a transformação de valores, que até então, imaginávamos corretos.
Ninguém gosta de passar por crises ou sofrer perdas, mas elas se fazem necessárias para a nossa evolução.
A energia negativa em nós é enrijecida e a crise surge para sacudi-la para que a mudança possa ocorrer.
A dificuldade é que, como não gostamos de passar por crises, nós a rejeitamos, colocamos resistência à mudança, o que nos leva a mais sofrimento.
Quanto mais rígidos e inflexíveis formos, mais sofreremos.
Precisamos morrer para nosso ego negativo, de forma que possamos renascer como seres melhores.
Inconscientemente, o nosso psiquismo cria situações para que as perdas aconteçam e as mudanças possam acontecer.
O sofrimento é um sinalizador de que algo está errado conosco.
Infelizmente, nos perdemos no efeito, no fato acontecido, e esquecemos de buscar as causas que estão dentro de nós.
Precisamos ter a coragem de olhar de frente para a nossa negatividade, nossa sombra; não com condenação, mas numa aceitação da nossa imperfeição.
Só assim, nos possibilitaremos a transformação.
A vida na sua sabedoria nos traz muitas vezes crises terríveis e perdemos pessoas que amamos, casamentos desmoronam, falências acontecem.
Quantas vezes temos que recomeçar do zero para que possamos aprender a ver a vida de outra forma e buscar novos valores para que uma vida de mais equilíbrio e alegria possa acontecer.
Velhas estruturas precisam morrer para que novas possam surgir.
Não devemos, porém, negar a crise, mas sim, caminhar junto com ela, buscando as causas reais, nos abrindo e desejando a mudança e, mais do que nunca, pedir ajuda divina para que nos inspire a entender e transformar aquilo que está inconsciente e que está nos levando ao sofrimento.
Não devemos, portanto, nos colocar numa posição passiva, esperando que Deus mude a nossa vida.
Essa tarefa cabe a nós, uma vez que fomos nós que nos construímos ao longo dos tempos de uma forma negativa.
Por isso temos agora que nos desconstruir para que possamos realmente viver os valores divinos do nosso Ser Superior que também está em nós.
Permitir-nos encontrar as causas da nossa dor é fundamental para o nosso crescimento, contudo, pode acontecer de surgir a culpa ao descobrirmos, e, com isso, ficarmos presos em mais dor e sofrimento, muitas vezes até tentando corrigir um erro com alguém, o que nem sempre é possível.
Temos a tendência a generalizar, a achar que, por termos errado, todo o nosso ser é mau.
Negamos tudo de belo e positivo que também somos; todo o esforço que já fizemos para nos tornar seres melhores; tudo que já sofremos para aprender e crescer.
Temos muitos eus, muitos já evoluídos e muitos ainda primitivos.
Devemos nos perdoar.
Naquele momento do erro não poderíamos ter agido de outra forma.
É necessário abrir-nos para a transformação do padrão negativo que nos levou ao erro e perdoar-nos, assim como, termos a humildade para pedir perdão.
Mesmo que não consigamos pessoalmente, a alma da pessoa em questão receberá essa energia de amor que estaremos mandando para ela.
Somos uma rede de energia e estamos todos interconectados.
Somos o que pensamos e aquilo que pensamos, projetamos no universo e retornará para nós.
Se ficássemos atentos aos nossos pensamentos o dia todo, perceberíamos que a maior parte deles é negativa.
Estamos sempre achando que tudo e todos são os culpados por nossos aborrecimentos, conflitos e desajustes.
O erro é sempre do outro.
Sofremos porque as pessoas com as quais convivemos não são como desejamos, e sentimos ódio e raiva por não reconhecerem o quanto somos bons e perfeitos.
No livro O Caminho da Autotransformação, de Eva Pierrakos, o Guia afirma:
"Somente uma crise pode demolir uma estrutura construída sobre premissas que contradizem as leis da verdade, da felicidade e do amor cósmico.
Sem a crise a transformação é impensável" .
Reclamamos de um mundo violento e injusto que só nos traz perdas e sofrimentos, mas esquecemos que esse mundo é reflexo de todos nós.
Se cada um tratasse da sua violência, arrogância e destrutividade interior, o mundo, com certeza, seria bem melhor.
As crises na nossa vida podem ser profundamente amenizadas quando temos a humildade de buscarmos em nós as causas dos conflitos.
Se não conseguirmos sozinhos, devemos buscar ajuda para que a transformação verdadeiramente possa ocorrer.
Só evoluiremos quando trouxermos à luz da consciência o mal que existe em nós e predispor-mo-nos a viver cada vez mais o nosso Eu Superior.

(Cristina Azeredo)
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Existem coisas que nós só aprendemos depois que as vivemos.
Na adolescência temos a idéia de que vamos descobrir um jeito especial de viver, de forma que só teremos prazer e felicidade.
Quando os problemas aparecem, ficamos desesperados.
No começo, a tendência é culpar sempre os outros; responsabilizamos os pais, o ser amado, os chefes; depois culpamos a nós mesmos e ficamos procurando o que está errado conosco, o tempo todo.
É um período em que vivemos depressivos, pois não conseguimos encontrar nada de bom em nós mesmos.
Em seguida percebemos que a felicidade é um jeito de viver a vida, não simplesmente uma coleção de momentos felizes, mas uma postura de compreensão diante dos acontecimentos de nossa vida.
Uma forma de entender que o sofrimento é inevitável.
Assim como o prazer também o é.
De um jeito ou de outro, eles vão aparecer, apesar da nossa maneira de administrar nossas vidas, porque viver é uma longa caminhada por entre desertos e oásis, mistérios que a existência prepara para vivermos, diversos pratos exóticos para saborearmos e, através deles, nos descobrirmos.
Mas o fato de saber que existe uma viagem preparada para nós não implica pensar em acomodar-se na vida, desanimar, desistir, porque, por outro lado, exige-se força para realizar a nossa missão no planeta.
O ser humano é parte de todo o universo e, certamente, não é o seu criador e muito menos o seu dono.
Essa postura através dos tempos, de senhor todo-poderoso, tem custado ao homem um constante sentimento de impotência e desânimo, porque ele acaba se isolando da realidade, da consciência do universo.
Esteja certo: tudo o que aconteceu foi perfeito!
Esse foi o caminho que a existência encontrou para nos ensinar tantas coisas que precisávamos aprender.
As pessoas esquecem que tudo é temporário, inclusive a nossa permanência no planeta.
Na tentativa de garantir que algo fique do jeito que nós planejamos, fazemos loucuras, negamos tanta coisa e não percebemos o que realmente está acontecendo.
Negamos a nossa própria capacidade de ver, para garantir um sonho; negamos a nós mesmos, aos outros, negamos aquilo que é real, para manter a ilusão de que o sonho continua...
Vivemos num mundo de aparências, em que representamos ter todas as respostas e certezas, nos afastando de nossa essência.
O duelo entre a essência e a aparência.
O drama é que, hoje em dia, o mundo exige que as pessoas busquem freneticamente pelo sucesso, e o menor deslize pode ser punido com o desprezo.
Parece que, se a pessoa não for sensacional em tudo o que faz, será um perdedor.
E mais: nesse mundo de aparência e ostentação, em que o dinheiro está sendo mais valorizado do que os sentimentos, as pessoas se encontram mas não se relacionam, trabalham mas não se realizam e, principalmente, vivem sem conhecer a própria alma.
(Roberto Shinyashiki)

Fruto maduro que não é colhido, apodrece.
Disso todos nós sabemos, pelo menos no que diz respeito a peras e maçãs.
Na vida, no entanto, as coisas não são tão fáceis assim.
Nós, seres humanos, temos uma dificuldade enorme em nos sintonizar com os ritmos e o tempo de nosso próprio amadurecimento, o que me faz pensar...
Como algo tão fácil para a natureza pode ser tão difícil para nós?
A natureza, sábia como é, possui a capacidade de reter, bem como a de deixar ir.
Pense, por exemplo, em uma macieira.
Ela retém a maçã em seus galhos até que ela esteja vermelha, bem cheirosa e suculenta.
E se esse fruto não for colhido, ou derrubado por um pássaro mais ávido por comida, a maçã simplesmente cai.
Isso é o melhor para a árvore, que pode então se preparar para novos frutos, bem como para a maçã, que acabará se misturando com a terra, tornando-se útil, gerando novas árvores e fertilizando a terra, que nutrirá a árvore, que produzirá mais frutos, e por aí vai.
Tudo tão perfeito!
Por que não somos capazes dessa fluidez?
Penso então no quanto nos afastamos de nossa natureza interna.
No quanto paramos de escutar e respeitar aquilo que brota do lugar sagrado que existe dentro de nós.
No quanto estamos surdos.
E mais... se não somos capazes de ouvir a voz de nosso coração, o que se dizer da voz de nossa alma?
Quantas vezes, surdos como 'portas', entramos em ansiedade e nos apressamos em colher os frutos cedo demais.
Nos vemos então com aquela coisa verde e ácida em nossas mãos, e pensamos: que desperdício.
E temos que começar tudo de novo, desde o início, e rezar para que desta vez saibamos esperar.
Muitas pessoas abandonam precocemente um relacionamento amoroso por se sentirem ansiosas demais para confiar no ritmo da vida.
Antecipam-se, atropelam a si e ao outro, e constantemente tem que recomeçar.
Outras vezes esperamos tempo demais.
O fruto amadureceu... amarelou... apodreceu... e continuamos esperando... esperando...
O cheiro já é de coisa morta e podre, e nem mesmo assim percebemos e seguimos pela vida como se nada estivesse acontecendo.
E com o fruto, perdemos um tempo precioso, tempo de vida, esse que se vai e não espera por ninguém.
Aqui lembro daquelas pessoas que permanecem por anos e anos em um relacionamento estagnado, que já não traz nada além de uma falsa sensação de segurança e comodidade.
Como saber?
Como saber quando é hora de ir, de partir de um emprego, de deixar um casamento, de desligar-se de uma amizade?
Como saber se já fizemos tudo o que era possível?
Como saber se estamos querendo fugir cedo demais?
Na impossibilidade de nos transformarmos em maçã (eu já tentei... juro que não funciona!), não nos resta outra alternativa a não ser buscarmos reencontrar uma sintonia com a nossa natureza interna.
Porque no fundo, lá no fundo de nosso próprio ser, nós sempre sabemos.
Sabemos, mas muitas vezes não queremos saber.
Saber é assustador demais e muitas vezes vai contra os nossos desejos infantis de satisfação imediata, vai contra a nossa vontade pueril de sermos o centro do mundo, capazes de sustentá-lo exatamente como queremos, na palma de nossas mãos.
Nós não temos controle sobre a natureza, não somos capazes de impedir que uma fruta amadureça, que as relações se transformem, ou que a gente cresça e mude de idéia...
Não somos capazes de impedir as mudanças, pois elas são a própria essência da vida.
Ouça, pare de esperar certezasAssim, se você está em meio a uma situação que vem deixando você infeliz.
Não importa se anda querendo fugir, ou se tem medo de partir e acabar fazendo a coisa errada, pare por um momento todo o movimento externo e lembre-se de ouvir a voz de sua alma.
Cale todas as vozes que vem de fora.
Não ouça ninguém, a não ser a si mesmo.
Você sabe o que é melhor para você, acredite.
Não espere que a sua felicidade dependa da decisão de outras pessoas.
Tome a sua vida em suas próprias mãos.
Imagine que você seja um ser sábio e amoroso, que você esteja olhando para tudo o que vem lhe acontecendo de um lugar protegido, longe do medo.
Coloque um pouco a avalanche de emoções de lado e pergunte-se:
“O que seria o mais saudável para mim nessa situação?
Qual seria a decisão mais amorosa COMIGO?”
Pergunte, e espere.
A resposta virá, acredite.
 
(Patricia Gebrim - Psicóloga e Escritora)

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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