domingo, 31 de janeiro de 2010
Já reparou quantas vezes deixamos de tomar certas decisões fundamentais para nossas vidas ou de fazer certas escolhas que poderiam modificar completamente o cenário atual baseando-nos em ‘desculpas’?
Isto é, por medo de olhar para nós mesmos e nos questionar que caminho desejamos seguir, compreendendo que cada caminho tem seus prós e seus contras, preferimos viver acomodados na mediocridade.
Cada hora temos um novo problema, um outro obstáculo.
Agora não podemos conversar sobre a relação porque o outro anda muito cansado por conta do trabalho.Será mesmo?
Ou será que temos medo do que vamos ouvir ou de não conseguirmos falar tudo o que gostaríamos?
Agora não podemos iniciar uma atividade física porque não temos dinheiro.
Estamos investindo na educação dos filhos.
Será mesmo?
Ou será que não queremos arcar com a disciplina que um novo compromisso exige de nós?
Agora não podemos rever nossas escolhas profissionais e arriscar uma nova área porque falta apenas 10 anos para a aposentadoria.
Será mesmo?
Ou será que temos receio de optar pelo desconhecido e enfrentar novos desafios?
E assim a vida vai passando...
De repente, os filhos cresceram, o amor esfriou e perdeu o brilho, o trabalho já não realiza e a tão esperada aposentadoria serve para nos deixar ainda mais enfadonhos e vazios...
E pra não perder o costume, estes então se tornam os nossos novos problemas.
“Estou velho demais pra recomeçar”.
“Já passou muito tempo; é melhor deixar as coisas como estão”.
“Meus netos vão precisar de mim; preciso estar aqui para cuidar deles”.
Mas e você?
Cadê você?
Quem é você?
O que você realmente quer?
O que faz o seu coração bater mais forte?
Quais são seus mais íntimos desejos?
Você justificou-se a vida toda com ‘desculpas’, mas quais são os verdadeiros fatos?
Muitos de nós tem passado ano após ano ‘em obras’; sempre inventando uma nova reforma, sempre quebrando e consertando os mesmos lugares dentro da gente, numa tentativa insana de acreditar que algo vai mudar.
Mas nada muda!
Continua sempre igual, porque não tem você, não tem seu coração, não tem sua alma.
E quando você descobre que os problemas não existiam, mas que você passou tanto tempo insistindo em inventá-los, já não sabe como voltar para o seu caminho.
Perdeu-se.
Sabe o que há de bom nisso?
Enfim você descobriu e agora pode se reencontrar, se reinventar, desbravar um novo caminho.
Começar uma nova viagem.
Fazer novos planos.
Entretanto, há uma condição: que você não fique dando voltas, pegando atalhos, desvios ou retornos só para evitar o desconhecido.
Vá em frente, porque ainda que lhe restasse apenas um dia de vida, mas você percebesse que o que ainda não foi vivido está aí para ser experimentado e sentido, tudo seria novo.
Portanto, saiba que, algumas vezes, o novo é realmente assustador, mas que ter medo é humano.
Deixar-se paralisar por causa dele é subestimar a sua coragem e o seu potencial.
Cuidado com as obras que tem feito desnecessariamente em seu caminho.
Cuidado com as ‘desculpas’ que tem dado para fugir de si mesmo.
Dedique a cada um o tempo que for de cada um, sem negligenciar sua vida em nome daquilo que nunca foi e nunca será um fato.
Porque o fato é que você precisa descobrir a que veio... para que quando partir, tenha feito diferença!

(Rosana Braga)
Quando alguém pára e se questiona sobre os motivos de estar enfrentando um problema, infelizmente, a maioria encontra a resposta do modo errado: culpando o outro.
A culpa é do chefe, do companheiro, dos pais, do empregado.
O outro nunca é a resposta para os seus problemas.
Se você não aprender com a dificuldade, vai repeti-la ao infinito.
Vai trocar de emprego, de companheiro, de empregados, mas, quando perceber, trocou as pessoas e o problema continua o mesmo, e se repete.
As dificuldades são oportunidades de aprendizado, e quando perdemos essa lição a dor se torna inútil.
Para todo problema existe solução.
Aliás, essa é uma definição: problema é um acontecimento sempre acompanhado de solução.
Quando você não tiver uma solução, será necessário definir qual é o problema.
Você descobre que não tem dinheiro para pagar as contas.
Está bem, não ter dinheiro é um problema, principalmente se os credores estão lhe cobrando e os juros aumentando.
A solução certamente se inicia pelo corte de gastos, continua com uma negociação com os credores e alguma ação para ganhar mais dinheiro.
No final, houve aprendizado nessa situação que parecia ter apenas um lado negativo.
Você:
• Aprendeu a gastar de acordo com os seus rendimentos.
• Aprendeu a ser humilde para negociar com os credores.
• Aprendeu a ganhar mais.
A solução sempre existe!
E, na maior parte das vezes, a pessoa sabe qual é.
O difícil é ter a coragem de realizá-la.
Nunca perca a oportunidade de aprender com uma dificuldade.
Aprender geralmente é destruir uma visão e construir uma nova perspectiva.
E, principalmente, tenha certeza de que o problema será resolvido.
Se você tiver alguma dúvida, pense desta maneira: se morresse agora, qual seria a evolução do problema? Percebeu?
Ele será resolvido de alguma maneira.
A única coisa que não funciona é jogar no outro a responsabilidade de suas dificuldades.
O ódio bloqueia a criatividade e só piora as coisas.
As pessoas que alguém chama de inimigos são os melhores mestres que a vida nos oferta por ajudar-nos a aprender as lições de crescimento.
Eles nos mantêm acordados para poder evoluir.
Depois que você resolve uma dificuldade, agradece a essa pessoa por ensinar-lhe uma lição.
Por isso, Luís Gasparetto já falou:
“Perdoar é descobrir que você não tem razão nenhuma para perdoar; é apenas viver o aprendizado.
Isso só acontece quando você aproveita a oportunidade para crescer”.
Se carrega ódio de alguém, pense na lição que você tem a aprender e sua vida será muito melhor.

(Roberto Shinyashiki )
sábado, 30 de janeiro de 2010


Já aconteceu de dois ou três leitores reclamarem dos filmes que comento aqui, principalmente quando são filmes mais alternativos, menos comerciais.
“Puxa, mas o que você viu naquela chatice?”
Hoje vou falar sobre um deles, então, se você não gosta de nada meio fora do padrão, nem perca seu tempo, aconselho.
Me refiro a “Eu, você e todos nós”, filme de estréia da artista multimídia Miranda July, que tem seus trabalhos expostos no MoMA e no Museu Guggenheim, em Nova York.
Agora ela se aventurou no cinema e, a meu ver, não se deu mal.
Fez um filme delicado sobre um tema que sempre cai como um chumbo: a solidão.
O filme mostra fragmentos da vida de algumas pessoas aparentemente com nada em comum: uma videomaker (a própria Miranda July), um vendedor de sapatos recém-separado, um senhor que se apaixona pela primeira vez aos 70 anos, duas adolescentes planejando sua primeira experiência sexual, um menino de 6 anos que entra na internet e se envolve numa correspondência picante com uma mulher, uma menininha com um hábito fora de moda: coleciona peças para seu enxoval.
Em comum, apenas a errância.
Ir em frente, ir em busca, ir atrás, ir para onde?
Somos obrigados a estar em movimento, mas ninguém nos aponta um caminho seguro.
Eu, você e todos nós estamos à procura de algo que ainda não tenhamos experimentado, algo que a gente supõe que exista e que nos fará mais felizes ou menos infelizes.
Eu, você e todos nós tentamos salvar nossas vidas diariamente, e qual a melhor maneira para isso?
Trabalhar e amar, creio eu, mas não é fácil.
Os que não conseguem realizar-se através do trabalho e do amor, tentam salvar-se das maneiras mais estapafúrdias, alguns até colocando-se em risco, numa atitude tão contraditória que chega a comover: autoflagelo, exposição barata, superação de limites, enfim, os meios que estiverem à disposição para que sejam notados.
Eu, você e todos nós somos crianças das mais diversas idades.
Pedimos pelo amor de Deus que o telefone toque e que a partir deste toque um novo capítulo comece a ser escrito na nossa história.
Fingimos que somos seres altamente erotizados e, na hora H, amarelamos.
Depositamos todas as nossas fichas amorosas em pessoas que não conhecemos senão virtualmente. Disfarçamos nosso abandono com frases ousadas e sem verdade alguma.
O que a gente gostaria de dizer, mesmo, é: me dê sua mão.
Eu, você e todos nós queremos intimidade, mas evitamos contatos muito íntimos.
Não queremos nos machucar, mas usamos sapatos que nos machucam.
A gente quer e não quer, o tempo todo.
Será que durante uma caminhada de uma esquina a outra, em um único quarteirão, é possível acontecer uma paixão, uma descoberta?
Quantos metros precisamos percorrer, quantos dias devemos esperar, em que momento da nossa vida irá se realizar o nosso maior sonho, e uma vez realizado, teremos sensibilidade para identificá-lo?
O nosso desejo mais secreto quase sempre é secreto até para nós mesmos.
Somos uma imensa turma, somos uma enorme população, somos uma gigantesca família de solitários, eu, você, todos nós.

(Martha Medeiros)
terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Em meu coração
Os amores vem e vão
Quando pude escolher
Me cansei de perder...
Não vai ser sempre assim
Não sou forte assim
Alguém vou encontrar
E assim sem esperar...
A Mulher Em Mim
Vai então pedir
Me fala de amor
Me faz ser feliz
Porque é assim que eu sou
Ah! Eu preciso dizer
Que a mulher em mim
Precisa de um homem
Que é você...
Quando o mundo for demais
A lua fria e o sol fulgas
Se quiser se esconder
Eu escondo você...
E A Mulher Em Mim
Vai então pedir
Me fala de amor
Ah! Me faz ser feliz
Porque é assim que eu sou
Ah! Eu preciso dizer
Que A Mulher Em Mim
Precisa de um homem
Que é você...
Que A Mulher Em Mim
Precisa de um homem
Que é você...

Roberta Miranda
Composição: R.J.Lange/Shania Twain/Claudio Rabello
 

"Não se mede o valor de um homem pelas suas roupas ou pelos bens que possui, o verdadeiro valor do homem é o seu caráter, suas idéias e a nobreza dos seus ideais."
(Charles Chaplin)  
"Podes conhecer o espírito de qualquer pessoa, se observares como ela se comporta ao elogiar e receber elogios."
(Sêneca)  
"Que formosa aparência tem a falsidade. "
(William Shakespeare)  
"Se você não quer ser esquecido quando morrer, escreva coisas que vale a pena ler ou faça coisas que vale a pena escrever."
(Benjamin Franklin)  
"Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos."
(Millôr Fernandes)
"A ridícula situação de alguém que critica o que confessa nunca ter lido, já é suficiente para desqualificar a sua crítica."
(Voltaire)
domingo, 24 de janeiro de 2010


Há alguns dias, tendo de tomar uma importante decisão no meu universo profissional, comecei a me sentir incomodada com algo, mas sem saber o que, exatamente.
Sentia-me sem vontade de trabalhar, me dispersando por qualquer motivo, improdutiva.
Resolvi me observar; queria descobrir o que estava me deixando irritadiça, como se estivesse contestando alguém ou alguma coisa.
Numa tarde, conversando com minha agente e amiga muito querida, a Claudinha, descobri!
Enquanto contava sobre como vinha me sentindo nos últimos dias, inclusive porque ela mesma dizia perceber que eu não estava dando o retorno de sempre, ‘a ficha caiu’: estava me sentindo refém!
Mergulhei neste sentimento...
Refém de quê?
De quem?
A troco de quê?
Quanto deveria ser pago pelo meu resgate, a fim de que eu me sentisse livre?
Quem pagaria?
Segundo o Aurélio, ‘refém’ significa:
“Pessoa importante que o inimigo mantém em seu poder para garantir uma promessa, um tratado, etc.”. Achei esta definição perfeita, formidável.
Era exatamente isso que estava acontecendo.
E fiquei pensando que a maioria de nós se torna refém de algum inimigo durante boa parte de nossa vida.
“Mas que inimigo? Não tenho inimigos!”, você poderia argumentar.
E eu afirmo, com certeza, que se não estivermos atentos, teremos um inimigo em potencial muito mais perto do que imaginamos: uma parte de nós mesmos, seja em forma de pensamentos negativos, de crenças limitantes, de promessas ultrapassadas, de tratados que já não fazem sentido, ou simplesmente de desejos que não valem o preço do resgate.
Traduzindo melhor, esses inimigos podem ser escolhas que garantem aquisição de bens materiais – uma casa ou um carro, por exemplo; podem ser comportamentos para obtenção de fama ou reconhecimento de alguém ou a crença de que agindo de determinada forma seremos amados; a aceitação inconsciente da ilusão de que somos o que vestimos, o lugar onde freqüentamos, e assim por diante.
Claro... tudo isso tem sua importância, sem dúvida!
Mas desde que você seja sempre o mentor de cada uma dessas crenças e afirmações.
Desde que você seja comandante de suas ações, dirigente de seus passos e tutor de suas escolhas – cada uma delas – durante todos os dias de sua vida, lembrando que a sua verdade de hoje pode simplesmente se tornar uma mentira amanhã... e que isso, na maioria das vezes, se observarmos com os olhos do coração, não é de todo ruim.
Por fim, é bom começar a considerar que a partir do momento em que você age sem respeitar seus verdadeiros sentimentos, sem levar em conta sua missão, seus dons e seus valores, torna-se refém de si mesmo, torna-se seu próprio inimigo.
Abdica deliberadamente do seu direito de questionar o caminho que tem seguido e, se for o caso, mudar de idéia, de perceber que nada é garantia nesta vida, além da chance encantada de viver...
Deste modo, quando algo nos incomodar, que tal nos interrogarmos: quem disse que só existe esta saída? Quem disse que eu só poderei me sentir feliz deste jeito, neste lugar, com esta pessoa ou neste trabalho? Quem disse que eu tenho de ter isso ou aquilo?
O que eu realmente quero?
O que tenho feito para seguir a minha verdade, ainda que ela seja diferente da verdade de ontem?
E, por fim, o que tenho feito para apostar diariamente naquilo em que eu genuinamente acredito?!?
Assim, estou certa de que valerá a pena pagar o preço do seu resgate.
Sim, porque é você, sempre você, quem terá de pagá-lo.
Afinal de contas, você é uma pessoa importante e não pode permitir que o inimigo – ainda que seja você mesmo – o mantenha em seu poder para garantir uma promessa, um tratado, etc.
Se uma promessa se torna um cativeiro, é hora de pagar o preço por sua liberdade e retomar o caminho da felicidade, o seu caminho!

(Por Rosana Braga)


A vida é mesmo incrível e imperdível!
Os opostos e aparentemente contraditórios contêm em si sabedoria e verdade.
Afirmo isso pensando justamente em dois ditados que, embora gramaticalmente se anulem, na prática do viver servem para nos mostrar o quanto é imprescindível apreender cada instante para que, enfim, o grande dia chegue!
“Quem procura, acha!” e “Pare de procurar, e encontrará!”
É bem possível que essas duas sugestões já tenham funcionado com você.
Mas também é muito provável que você se questione recorrentemente sobre como saber quando continuar procurando e quando parar de procurar?
A questão é que queremos certezas, e é bom partirmos da premissa de que certezas não combinam com vida, sucesso, realização, desejo, felicidade, amor ou qualquer uma dessas essencialidades humanas.
Nesses casos, nesses tão extasiantes casos, haveremos de arriscar e apostar toda a imponderável imperfeição de uma alma em evolução, em todos os níveis - porque é o que temos, ou melhor, é o que somos!
Portanto, esteja você em busca de uma nova carreira, de um grande amor, de mais rendimentos financeiros, de um sentido maior para sua existência ou de um outro ritmo para tudo o que já existe, siga o fluxo, feito persistente e sábio rio, que confia e simplesmente se deixa levar até o lugar onde há de se tornar gigante.
Além de tornar o processo muito mais criativo e produtivo, você reconhecerá, a partir de escolhas cada vez mais íntegras e conscientes, que sabe bem menos do que supõe e, ainda assim, está bem mais perto do que acredita, especialmente quando consegue transformar a angústia da espera em conforto: o exercício de viver o que há para ser vivido e só.
E por tão belamente ter me permitido essa constatação – ainda que com medo de não conseguir – afirmo e exclamo: seu dia vai chegar!
Mas não pense que de um nada que você faça, nem tampouco de um desespero com que possa vir a fazer. Sobretudo desvendando a direção, dia após dia, com cada um de seus tropeços e com cada arranhão decorrente de suas tão particulares e secretas quedas.
Porque este é o mapa, o indicador do caminho, a seta que lhe conduzirá ao que tanto você deseja, esteja à procura ou à espera, mas sempre, sempre, considerando que cada dia é parte indispensável e intransferível de sua chegada!
E fico torcendo para que você se sinta como eu me sinto – radiante!
E que seja, por fim, como tão delicada e encantadoramente escreveu Eça de Queiroz:

“(...) sentia um acréscimo de estima por si mesma,e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante,onde cada hora tinha o seu encanto diferente,cada passo conduzia a um êxtase,
e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações!”

(Rosana Braga)
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010


Não se trata de esquecer a maldade alheia ou minimizar o próprio sofrimento.
Para ser capaz de um perdão verdadeiro e sadio basta entender que ele traz muito mais benefícios do que o rancor.
Se guardar mágoas e alimentar sentimentos de vingança permitem ilusões como a de que somos perfeitos, perdoar leva à libertação.
Todos fomos machucados na vida.
Todos fomos rejeitados por um amante, traídos por um amigo, passados para trás numa promoção.
Apesar de aprendermos que "perdoar é esquecer" ("o que passou, passou"), a maioria de nós acredita que as pessoas que nos feriram devem pagar pela dor que nos causaram; afinal, elas merecem ser castigadas, mesmo que inconscientemente ("nada como um dia atrás do outro" ou "um dia a pessoa vai ver o que perdeu").
Na verdade, temos muito o que aprender com essas experiências.
Em primeiro lugar, perdoar não é retaliar, se vingar ou fazer o outro sofrer tanto quanto nos fez sofrer.
Mas, por outro lado, perdoar não é esquecer, deixar para trás quilômetros de mágoa, toneladas de ressentimentos ou ainda fechar os olhos e deixar os "bandidos" se darem bem com as trapaças que cometeram.
Quando perdoamos as pessoas que nos machucaram, não estamos dizendo que o que foi feito contra nós não teve importância ("não foi nada") ou não deixou marcas profundas (aquelas a ferro e fogo).
Essas perdas foram terríveis e fizeram grande diferença em nossa vida, mas nos ensinaram muitas coisas: tanto a não nos tornarmos vítimas novamente, como não fazermos o mesmo para terceiros.
De fato, algumas pessoas perdoam, outras não, outras estão tentando.
Porém, fingir que perdoamos, ranger os dentes, engolir em seco, não é perdoar.
Os terapeutas americanos Sidnei e Suzanne Simon, em seu livro Forgiveness, explicam o que significa perdoar e não perdoar.
Começam dizendo que não perdoar tem certas vantagens porque nos dá algumas ilusões.
A primeira, e mais comum, é a ilusão de que, se aquele problema não tivesse acontecido, nossa vida seria perfeita.
Só bastaria que as coisas tivessem sido diferentes e não tivéssemos sido machucados naquela época e pela pessoa que nos machucou; agora, estaríamos "numa boa".
Mas, como aquilo aconteceu, temos a explicação ideal, a desculpa perfeita para estarmos e ficarmos na pior ( a responsabilidade da nossa infelicidade é sempre do "outro").
Em segundo lugar, não perdoar nos dá ilusão de sermos perfeitos.
Os maus, os bandidos, são os que nos machucaram, e se nós os perdoarmos nunca mais poderemos dividir o mundo ao meio, todos os mocinhos de um lado e todos os bandidos de outro.
Vamos ter de aceitar que as pessoas são "híbridas", potencialmente boas e más.
Tanto os outros quanto nós mesmos.
Não perdoar também nos dá a ilusão de força, de poder ("agora eu controlo").
Não perdoar ajuda a compensar a sensação de falta de poder que nós sentimos quando fomos machucados. De fato, se trancarmos na prisão de nossa mente essas pessoas que nos machucaram, vamos nos sentir onipotentes ("agora é minha vez") pela força do nosso ódio silencioso.
E, por último, não perdoar nos dá a ilusão de que não seremos machucados outra vez.
Mantendo a dor viva, os olhos bem abertos para qualquer perigo em potencial, reduzimos o risco de voltamos a sofrer rejeição, traição ou qualquer outra forma de ferimento.
Mas será que os benefícios de não perdoar valem o preço que pagamos por armazenar essas mágoas, remoer esses sentimentos e nos agarrarmos com unhas e dentes à dor do passado?
Será que vale a pena continuarmos alimentando a raiva, revidando com palavras ou com silêncio e assim nunca sentirmos o verdadeiro prazer de viver?
O perdão se torna uma possibilidade quando a dor do passado para de reger nossas vidas; quando não precisarmos mais do ódio e do ressentimento como desculpas para obter menos da vida do que queremos ou merecemos.
Perdoar é chegar à conclusão de que já odiamos bastante e não queremos odiar mais; portanto, perdoar é usar a energia da vida, não para reprimir esses sentimentos, mas para quebrar o ciclo da dor se voltando para o futuro e não machucando outras pessoas como fomos machucados.
Há quem diga que perdoar é escolher entre se vingar e se aproximar, entre ser vítima ou sobrevivente.
Na realidade, perdoar é um processo que vem de dentro.
É uma libertação.
Uma aceitação.
Perdoar é aceitar que a coisas ruins podem e de fato acontecem na vida das pessoas, e que as pessoas mesmo quando amam, se machucam.
Perdoar é um sentimento de bem-estar, é reconhecer que existe algo melhor que queremos fazer com a energia da vida e fazê-lo.
 
Maria Helena Matarazzo


No reino da fantasia, não há espaço para ansiedade, medo de engravidar, falta de desejo ou dificuldade de se entregar.
No mundo real, a história é bem diferente - as dificuldades existem e o prazer está intimamente ligado à capacidade de se comunicar.
Tentar ser um bom amante sem isso é praticar tiro ao alvo de olhos vendados.
Num mundo sexual imaginário, nunca nada machuca, nada arranha, nada fere, ninguém fica ansioso, cansado, tem medo de engravidar.
Nesse reino de imaginação, nunca nada dá errado, tudo sempre se encaixa com perfeição, ereções sempre acontecem, orgasmos são fáceis.
O desejo é constante, a camisinha não atrapalha e as pessoas se entregam com a maior facilidade.
Na vida real não é bem assim.
O que de fato acontece na cama tem muito pouco a ver com o que está na literatura erótica, nos manuais de sexologia, nos filmes de Hollywood.
Existem muitos livros que dizem o que se deveria estar fazendo na cama e, além do mais, existe agora até CD-room erótico.
Entretanto, é muito mais importante saber o que as pessoas estão fazendo, pensando e sentindo de verdade. Será que a única coisa que conta é a quantidade?
Será que menos sexo significa menos intimidade ou será que certos casais descobriram outras maneiras de manifestar sua intimidade sem precisar ter "x" orgasmos por semana?
Será que o vínculo depende de quantas relações sexuais cada um está tendo ou da qualidade dessas relações?
E, numa relação a dois, quando se fala sobre isso?
Como disse a sexóloga americana Helen Kaplan tentar ser um bom amante sem se comunicar é a mesma coisa que tentar aprender tiro ao alvo com uma venda nos olhos.
Mas tirar essa venda significa perceber nossas expectativas sexuais reais e irreais e também poder falar sobre elas.
Um homem pode sonhar com ter relações sexuais todos os dias e, de repente, descobrir que seu apetite sexual não vai além de uma ou duas vezes por semana e que seu desempenho não é tão magnífico assim. Uma mulher pode ter imaginado que bastava bater palmas e dizer "Abra-te, Sésamo" para ter uma relação.
Acontece que cada um é como é, diferente um do outro.
Não gostamos todos das mesmas coisas, não queremos as mesmas coisas nem construímos as mesmas fantasias.
Não.
O nível de energia sexual ou de fome não segue um padrão.
Por isso, é muito importante separar sexo de verdade de sexo de mentira, realidade de sonho.
Fantasia é aquilo que acontece na nossa cabeça.
Realidade é o que acontece em nossa cama.
Quando se pensa em sexo de verdade, se sabe que praticamente todas as pessoas tiveram, feliz ou infelizmente, alguma experiência inesquecível.
Muito ou pouco sexo, bom ou mau, ou algo entre os dois extremos.
De algum modo, todos escondem alguma coisa.
Cada segredo sexual é diferente do outro.
O único denominador comum é que cada pessoa parece ter um.
Algumas pessoas escondem sentimentos e desejos ("Sinto uma vontade inconfessável de transar com..."), outros escondem comportamentos, outros ainda mantêm segredo sobre sua biografia sexual.
Um homem pode querer que ninguém saiba que ele teve uma caso, uma mulher pode não querer que seu parceiro saiba que ela está fingindo ter orgasmos e, sobretudo, ninguém quer que os outros saibam seus dilemas sexuais.
É verdade que se fazem muitas piadas e insinuações sobre o assunto, mas, mesmo quando se conversa, a maioria das pessoas faz somente alusões.
Ninguém se sente muito à vontade contando seus medos, desapontamentos ou segredos sexuais.
Para se proteger de uma hiperexposição, a maioria conta sua história sexual aos poucos, aos pedaços, aos sussurros.
Por quê?
As pessoas se sentem vulneráveis quando falam de sexo.
É difícil confessar.
Por isso, umas inventam, outras se calam.
Quem cresceu antes da revolução sexual dos anos 60 só se abre quando confia muito.
Quem cresceu durante a revolução pode querer saber detalhes, mas por outro lado pode ter medo de perguntar.
A verdade é que ninguém tem sexo no vácuo.
Cada vez que nos envolvemos numa relação, levamos conosco nossos medos, nossas fantasias, nossas experiências passadas.
Mas só penetrando na realidade se penetra no outro.

* Maria Helena Matarazzo é sexóloga*



Do ponto de vista teórico, os casamentos com altos e duradouros lances de romantismo deveriam ser muito mais freqüentes que aqueles baseados em uma sexualidade rica e exuberante.
Mas, na prática, isso não ocorre.
Não quero dizer que sejam tão comuns as uniões sexualmente satisfatórias, mas que são raríssimos os casais que conseguem viver, ao longo de várias décadas, uma experiência sentimental bonita, daquelas de encher o coração de alegria e os olhos de lágrimas, de tanta emoção.
As coisas costumam ser mal colocadas desde o começo.
A grande maioria dos casamentos ocorre entre uma pessoa apaixonada e outra que prefere ser objeto da paixão.
Enquanto a primeira – mais generosa – oferece, a segunda – mais egoísta – recebe.
A mais generosa tem coragem de amar.
A egoísta tem medo de sofrer e se protege da dor do amor ao não se abrir demais para a relação.
As uniões desse tipo apresentam momentos bonitos, é claro.
Possibilitam até mesmo uma vida sexual de permanente conquista.
Sim, porque o egoísta nunca se entrega totalmente ao outro, de modo que o generoso estará sempre tentando conquistá-lo.
Esse fenômeno costuma gerar alguns instantes de profundo encontro, mas são momentos vãos, que logo se desfazem.
E o corre-corre das brigas e da luta pela conquista volta.
No entanto, esse é apenas um dos aspectos da questão.
Outro fator de peso está nas diferenças de temperamento (generosos e egoístas são bastante diferentes), de gosto e interesses.
Na vida prática, no dia-a-dia, as divergências de opinião e a falta de um projeto comum provocam irritação permanente.
E isso não vale só para as grandes diferenças.
O cotidiano se faz realmente nas pequenas coisas:
Onde vamos jantar?
Que amigos vamos convidar?
Onde vamos passar as férias?
A que filme vamos assistir?
Como agiremos com as crianças?
O que faremos com os parentes?
E assim por diante.
São justamente estas pequenas contradições que provocam a irritação, a raiva e, portanto, a maioria das brigas.
As afinidades aproximam as pessoas, enquanto as diferenças as afastam.
Além do mais, a oposição é a raiz da inveja: o baixo inveja o alto; o gordo, o magro; o preguiçoso, o determinado; o introvertido, o sociável.
E a inveja é inimiga do diálogo.
Nesse tipo de união, as brigas serão o normal no relacionamento, e os momentos de encontro e harmonia serão exceções cada vez mais raras.
Eu disse que, do ponto de vista teórico, a felicidade romântica no casamento poderia ser bastante comum porque o amor não padece do desejo de novidade que tanto agrada ao sexo.
Ao contrário, o amor é apego, é vontade de aconchego, de tranqüila intimidade.
Trata-se de um sentimento que floresce e frutifica melhor quando tudo é exatamente igual e antigo. Gostamos da nossa casa, daquela velha roupa que nos agasalha tão bem.
Gostamos de voltar aos mesmos lugares do passado, da nossa cidade, do nosso país.
Queremos também sentir essa solidez e estabilidade com o nosso parceiro amoroso.
Amor é paz e descanso e deriva justamente do fato de uma pessoa conhecer e entender bem a outra.
Por isso, é importante que as afinidades, as semelhanças, predominem sobre as diferenças de temperamento, caráter e projetos de vida.
Seres humanos parecidos poderão viver uma história de amor rica e de duração ilimitada.
Não terão motivos para divergências.
Não sentirão inveja.
Um último alerta – além da lição que se pode tirar da experiência, acima descrita, dos raros casais que vivem harmoniosamente – é que cada um deve procurar se unir a seu igual.
Só assim o amor não será um momento fugaz.
Para que a intimidade não se transforme em tédio e continue a ser rica e estimulante, é necessário que o casal faça planos em comum e que depois se empenhe em executá-los.
De nada adianta fugir para uma ilha deserta para curtir a paixão maior.
Quem fizer isso provavelmente voltará, depois de dois meses, decepcionado com a vida e com o amor.
A vida é um veículo de duas rodas: só se equilibra em movimento.
Para que duas pessoas se tornem uma unidade é preciso criar um objetivo: ter filhos, construir uma casa, um patrimônio, uma carreira profissional, um ideal… o conteúdo em si não interessa.
Seja qual for, é a cumplicidade que o transforma em algo fundamental.
Fazer planos é sempre uma aventura excitante.
É sobre eles que mais adoramos sonhar juntos.


Do Livro Ensaios Sobre o Amor e a Solidão de Flávio Gikovate
terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Oi! Tudo bem?
Saia de casa só pelo gosto de caminhar.
Sorria para todos.
Faça um álbum de família.
Conte estrelas.
Telefone para seus amigos.
Diga: "Gosto muito de você!".
Converse com Deus.
Volte a ser criança.
Pule corda.
Apague de vez a palavra "rancor".
Diga "sim".
Dê uma boa risada!
Leia um livro.
Peça ajuda.
Corra.
Cumpra uma promessa.
Cante uma canção.
Lembre o aniversário de seus amigos.
Ajude algum doente.
Pule para se divertir.
Mude de penteado.
Seja disponível para escutar.
Deixe seu pensamento viajar.
Retribua um favor.
Termine aquele projeto.
Quebre uma rotina.
Tome um banho de espuma.
Escreva uma lista de coisas que lhe dão prazer.
Faça uma visita.
Sonhe acordado.
Desligue o televisor e converse.
Permita-se errar.
Retribua uma gentileza.
Escute os grilos.
Agradeça a Deus pelo Sol.
Aceite um elogio.
Perdoe-se...
Deixe que alguém cuide de você.
Demonstre que está feliz.
Faça alguma coisa que sempre desejou.
Toque a ponta dos pés.
Olhe com atenção uma flor.
Só por hoje,evite dizer "não posso".
Cante no chuveiro.
Viva intensamente cada minuto de Deus.
Inicie uma tradição familiar.
Faça um piquenique no quintal.
Não se preocupe.
Tenha a coragem das pequenas coisas.
Ajude um vizinho idoso.
Afague uma criança.
Reveja fotos antigas.
Escute um amigo.
Feche os olhos e imagine as ondas do mar.
Brinque com seu mascote.
Permita-se brilhar.
Dê uma palmadinha nas suas próprias costas.
Torça pelo seu time.
Pinte um quadro.
Cumprimente um novo vizinho.
Compre um presente para você mesmo.
Mude alguma  coisa.
Delegue tarefas.
Diga "bem vindo" a quem chegou.
Permita que alguém o ajude.
A-gra-de-ça!
Saiba que não está só.
Decida-se a viver com 'paixão': sem ela nada de grande se consegue.
(DAYRELL®)



domingo, 17 de janeiro de 2010




Esgrimindo esta frase: eu tenho razão, desfazem-se os casamentos,perdem-se os amigos, pais e filhos se afastam, os povos vão à guerra, as discussões se estendem e azedam, destroem-se os diálogos,matam-se os homens.

Mas quem tem razão?

Razão é uma virtude que só é possuída por quem acredita que não a tem.

Porque, se acredita no contrário, já não a tem.

Pois ninguém tem toda a razão.

Todos têm, da razão, alguma coisa (contanto que falem com mediana razoabilidade).

Em caso de discussão, ninguém tem toda a razão com exclusividade.

Não é possível a ninguém conhecer a verdade completa de todas as coisas,sob todos os aspectos.

Vale dizer, de coisa nenhuma.

Somente o Uno, Aquele que tudo conhece e que é a própria Verdade, tem toda a Razão.

E justamente Aquele que tem toda a razão permite que nós também tenhamos a nossa pequena parte da razão.

O importante é respeitar a parte de razão "do outro" – mas sem reticências, com sinceridade.

É preciso reconhecer que o outro pode perceber aspectos que eu não vejo.

Desde que coisas e problemas apresentam diversos ângulos e que eu, a partir da minha perspectiva, não os posso ver todos...

Ninguém tem toda a razão.

Mas todos nós temos, normalmente, uma parcela de razão.

Às vezes maior, às vezes menor.

Mas uma parcela.

Quem concede e compreende a razão do outro, aumenta o grau da sua própria razão.

Quem se fecha na sua única razão, amesquinha essa razão. Limita-se. Tem menos razão.

Ao dialogar, é necessário ser compreensivo.

Diálogo compreensivo é o daqueles que tentam compreender a posição contrária, não, porém, a partir de sua própria perspectiva e, sim, a partir da perspectiva contrária.

As coisas, a partir da perspectiva do outro, serão vistas de outro modo.

Surgirá um ângulo que antes não era visto.

Os fanáticos de uma determinada ideologia só enxergam uma única perspectiva, e se negam a ver outra, diferente dessa.

Quanto mais fanáticos são eles, mais se obcecam na própria atitude e menos querem examinar outra, diferente.

Os fanáticos tanto mais se amesquinham quanto maior for o seu fanatismo.

Quanto mais cegos ficarem, menos razão terão.

Os fanatismos podem ser políticos, artísticos, científicos, esportivos, filosóficos, religiosos, nacionalistas, racistas, sociais... e pessoais.

Fanatismo é um tipo de cegueira espiritual.

O único modo de crescer como pessoa e viver mais intensamente é crescer em amplidão de consciência e compreensão do mundo.

Os fanáticos orgulham-se de viver com etiquetas.

E, na maioria dos casos, defendem-nas com atitudes cegamente fanáticas.

Aparentemente, o fanatismo é um dos modos de essas pessoas apregoarem a insegurança que sentem.

Elas precisam manter teimosamente suas atitudes de teimosia e rejeição às atitudes alheias porque interiormente reconhecem a pouca consistência de suas idéias.

Tornam-se pequenos ou grandes cegos; pequenos ou grandes "sem razão".

Você, a exemplo do antigo filósofo, seja amigo de Catão, porém, mais amigo da Verdade.

A razão da imensa, da infinita verdade, você a terá: ela será concedida a você na medida em que reconhecer que não está com toda a razão.

 
(Dario Lostado)


Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância.
A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.
Estas são as coisas que aprendi:
1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... desenhe... pinte... cante... dance... brinque... trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também.
Pegue qualquer um desses itens, coloque-os em termos mais adultos e sofisticados e aplique-os à sua vida familiar, ao seu trabalho, ao seu governo, ao seu mundo e vai ver como ele é verdadeiro, claro e firme.
Pense como o mundo seria melhor se todos nós, no mundo todo, tivéssemos biscoitos e leite todos os dias por volta das três da tarde e pudéssemos nos deitar com um cobertorzinho para uma soneca.
Ou se todos os governos tivessem como regra básica, devolver as coisas ao lugar em que elas se encontravam e arrumassem a bagunça ao sair.
Ao sair para o mundo é sempre melhor darmos as mãos e ficarmos juntos.
É necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão.
"O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem souber ver"...
 
(Pedro Bial)
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010


Experiência incomparável, esse poderoso sentimento que nos tira os pés do chão se mantém vivo em geral de dezoito a trinta meses.
É um período de expectativa, excitação e incerteza.
Depois, ou acaba, ou se transforma em amor.
Paixões sentidas na pele, na carne, a 100 graus centígrados.
Paixões que mudam o rumo de nossas vidas, e que há uma entrega total, um abandono de si mesmo nas mãos do outro.
Paixões em que se perde a consciência de perigo e a noção de limites.
Essas paixões, na fronteira entre a sanidade e a loucura, duram em média dois anos.
Talvez nada exista no vasto repertório de experiências humanas que se compare a uma paixão.
Quando nos apaixonamos, nos sentimos como se estivéssemos a dois passos do paraíso.
Temos uma idéia fixa que nos persegue dia e noite: como conseguir o ingresso nesse estado inebriante de ser tudo para o outro e de o outro ser tudo para nós e depois regressar.
Quando amamos, tudo ao nosso redor muda de valor.
No estado de paixão, sentimos a compulsão de negar tudo o que somos, ou já fomos, em troca da experiência extasiante de estar a sós com o outro, de mergulhar em seu ser.
Sentimos uma fome sensual, de intimidade e de reciprocidade insaciável.
Se dependesse da nossa vontade, a paixão duraria a vida inteira e mais três meses.
Vivemos acalentando esse tipo de desejo.
Mas os estudos mostram que paixões vividas, não apenas sonhadas, duram de dezoito a trinta meses.
Como a vida pode fazer uma brincadeira dessas conosco?
Nos leva até o paraíso em prazo tão curto para os amantes, sempre é curto demais e em seguida nos joga de volta à realidade?
Ninguém pode viver permanentemente em estado de paixão.
O corpo e a mente humanos não suportariam por tempo indefinido esse clima de constante expectativa, de enorme antecipação.
Por que as pessoas se apaixonam perdidamente?
No nosso mundo externo sempre existem falhas, buracos, assim como no nosso mundo interno sempre existem carências, vazios.
Quando uma pessoa sente aquele vazio interior, tenta preenchê-lo.
Uma das maneiras de conseguir isso é colocando alguém dentro de si mesmo.
Nessa ânsia e se preencher, às vezes, a pessoa absorve, engole o outro, ou se deixa absorver, engolir totalmente.
Por isso, a paixão vai crescendo e rapidamente se transforma e uma monomania, na coisa central da sua existência, na razão de ser da sua própria vida.
A pessoa apaixonada vê as coisas deformadas.
Fica por demais ansiosa para poder decifrar todos os sinais que o outro lhe envia.
Fica por demais apegada para poder realmente enxergar outro.
Fica por demais obcecada para poder realmente conhecer o outro.
Chega a dizer que o ser amado é tudo, para indicar que os outros não são nada.
Imbutida nessa entrega total há também uma exigência de que o outro seja tudo para ela.
Em vez de se preencher com várias relações de troca, a pessoa apaixonada espera que o outro seja sua fonte exclusiva de gratificação.
A paixão é, portanto, uma espécie de prisão paradisíaca.
Só que com o tempo esse paraíso pode se tornar insuportável, forte demais, violento demais e isso levar à desagregação.
Na verdade, a maioria das pessoas sabe que são poucas as paixões que se vive na vida inteira.
Uma, duas, três.
Em geral, dá para contar nos dedos de uma das mãos.
Não estou falando de mini-paixões, aquelas que normalmente duram um dia, uma semana, um mês.
Estou me referindo a paixões avassaladoras.
Todos sabemos quando estamos delirando, mas sabemos também que não podemos viver em estado permanente de delírio.
Então, o que fazer?
Cronometrar os dias, as horas, os minutos?
Fazer contagem regressiva?
Não se deve medir o tempo em que se ama.
Só o tempo cronológico pode ser cravado, cronometrado.
O tempo subjetivo, não.
Todos nós temos um relógio interno que nos diz quanto amamos e em que intensidade.
Momentos de prazer, música, ruídos, gestos de ternura, pedaços de conversas, essas coisas não se medem, não têm preço.
Quanto vale um sorriso, um abraço?
Quanto tempo duram ou ficam gravados em nossa mente um olhar, uma carícia?
Quanto vale uma noite em claro?
Quando a pessoa desperta desse estado onírico da paixão, o que acontece é que a paixão termina, e isso, em geral, provoca a morte da relação ou, então, uma metamorfose.
A paixão dá lugar ao amor e nos transformamos em companheiros.
Ser companheiro, segundo os terapeutas norte-americanos Bach e Wyden, significa "compartilhar os momentos culminantes de toda uma vida, bem como os altos e baixos da existência cotidiana; ser incluído e trazido para o mundo privado dos sentimentos, desejos e temores do outro; importar-se e inquirir sobre o crescimento do outro, seus triunfos e frustrações, o quinhão que lhe coube na vida; identificar e sentir empatia com o seu modo de ser e de crescer; receber suas atenções e ser cuidado por ele ".

* Maria Helena Matarazzo - sexóloga*

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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