sexta-feira, 30 de março de 2012

Você está sozinho…
Em frente a TV, devora dois pacotes de doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha…
Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmm
É a sua mãe, quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia.
Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase “galinha”, sem disposição para relacionamentos sérios.
Ele passa batido e você nem aí.
Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido, desconfiado, cheio de olheiras….
E o amor dá meia – volta, volver….
Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo…
Que você está de banho tomado, com camisa e jeans?
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana?
Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz?
Agora que você está com o coração as moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizando alguém que nem te enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos para você.
Ou então fica arrasado porque não foi à praia no final de semana.
Toda sua turma está lá, azarando-se uns aos outros.
Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é redirecionar o radar, para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar num corredor de supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro.
Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito!
A primeira lição está dada:
“O amor é onipresente!”
Agora, a segunda:
“… mas é imprevisível!”
Jamais espere ouvir “Eu te amo” num jantar à luz de velas no dia dos namorados.
Ou receber flores logo após a primeira transa.
O amor, odeia clichês.
Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde… depois de uma discussão, por você ter gostado do filme e ele não…e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovada no teste de baliza…
Idealizar é sofrer!
Amar é surpreender!
Amem sempre, pois (não é mera pieguice) tudo passa, no fim, só o amor, permanece!

Martha Medeiros
terça-feira, 27 de março de 2012

Já deve ter acontecido com você, ou pelo menos já ouviu alguém comentar que está se sentindo irritadíssimo com o comportamento de determinada pessoa, seja no trabalho, em casa ou entre amigos.
Em geral, é com quem a gente mais convive que, de repente, começa a se sentir incomodado com determinadas atitudes e certos comportamentos.
E quando isso acontece, a tendência é que você passe, mesmo sem querer, a observar ostensivamente tudo o que a "irritante" faz.
É como se estivesse programado para flagrar aquilo que considera todas as suas mais descabidas e absurdas atitudes.
A partir de então, para começar a se sentir profundamente incomodado com o fato de estar no mesmo ambiente que a "dita cuja", não demora quase nada.
E lá se vão seus dias de paz.
Ir para o trabalho ou voltar para casa se transforma numa tortura e, consequentemente, seu rendimento e sua criatividade ficam visivelmente comprometidos.
Se essa pessoa que está incomodando for da sua equipe, certamente terá de fazer uma autoanálise crítica, tentar ser o mais justo possível e, se for o caso, conversar com ela ou com seu superior para tentarem encontrar uma solução consensual e saudável para todos.
Certo dia, uma mulher me procurou para contar que já não sabia mais o que fazer porque seu chefe, o dono da empresa, contratou a própria filha para trabalhar na empresa e, para seu desespero, colocou a menina para ser sua assistente.
Acontece que ela chegava tarde, não saía do telefone, às sextas nem voltava do almoço e parecia bem pouco interessada em assisti-la.
No frigir dos ovos, ela nem ajudava e nem atrapalhava, mas o fato é que essa mulher passou a se sentir profundamente irritada com a presença da "filhinha do papai".
Seus dias se transformaram, por conta desta irritação, num verdadeiro inferno, como ela mesma me descreveu.
Chegou a ponto de ter de se consultar com um médico, porque passou a sentir dores de cabeça e de estômago praticamente todos os dias.
Recorreu a mim na esperança de que eu lhe desse uma receita de como proceder nesta situação.
A questão era delicada, sem dúvida.
Mas o que mais me chamou a atenção foi o fato de, no final das contas, ela não estar sendo diretamente prejudicada com a presença da garota lá.
Bastaria que ela simplesmente cumprisse suas obrigações e se mantivesse tão indiferente à "filha do chefe" quanto ela vinha se mostrando a todo o contexto.
Sugeri que refletisse sobre por que as regalias que a menina tinha a incomodavam tanto.
Ela argumentou que era porque a situação era injusta e desigual.
Então, pedi para que se perguntasse por que era tão difícil lidar com essa desigualdade, que era um fato, à medida que a menina ocupava o lugar de filha do dono da empresa.
E ela terminou concluindo que, no fundo, no fundo, vinha se sentindo explorada, pouco valorizada e sem nenhum benefício dentro da empresa.
Sendo assim, aconselhei-a que conversasse com seu chefe e declarasse sua insatisfação, mas citando única e exclusivamente as suas queixas, sem tocar no nome da filha dele.
Afinal, ela não era um problema seu.
O resultado do diálogo foi liberador e compensador, aliviando completamente a tensão antes existente no ambiente de trabalho.
Enfim, muitas vezes, é bastante inteligente focarmos em problemas reais, caso eles existam, e, ademais, usarmos aquela assertiva tão usual entre os adolescentes: "ema, ema, ema... cada um com seus problemas".
Senão, a gente termina desperdiçando vida e felicidade desnecessariamente.

Rosana Braga
segunda-feira, 26 de março de 2012

Todas emoções ou sentimentos que experenciamos durante a vida, terminam por nos trazer algum tipo de aprendizado.
Num primeiro momento surge a conscientização do fato, tanto , em relação a nós próprios como em relação as pessoas com as quais estamos envolvidos.
A conscientização de que algo nos incomoda, sugere sempre a mudança para irmos em busca do nosso melhor, prosseguindo com determinação o caminho visando nossa evolução espiritual , que ocorre, principalmente , através da reforma intima.
A amargura é um sentimento de mal estar, angustia, dissabor, ansiedade acompanhado de um aperto no peito (opressão), agonia, ou ainda, uma tristeza profunda que machuca, corroendo nossos sentimentos mais belos.
Com o tempo ela vai contaminando a todos os que estão ao seu redor.
E a pessoa não cresce e nem deixa os outros crescerem.
O sofrimento fica muito mais pesado se for associado à amargura.
Um escritor francês dizia que: “tudo cresce e se renova, menos a vida da pessoa quando se gasta em amarguras”
Por ser um sentimento que surge do âmago do nosso ser, muitas vezes, torna-se dificil sua compreensão, pois as emoções ficam bastante confusas; variando da mágoa ressentida que podemos ter em relação à determinada coisa ou pessoa, até a “raiva” dissimulada, que possamos vir a acumular , com relação a alguns relacionamentos experenciados no decorrer de nossas vidas.
Pessoas insatisfeitas acabam “vazando” de alguma maneira, descarregando sua negatividade no outro, com o intuído de sentirem-se mais leves e menos oprimidas.
A tendência é que, quase sempre, acabamos projetando no outro o que realmente está dentro de nós , porem, apontar os defeitos de uma pessoa , nem sempre , é a melhor opção , pois ninguem está isento de vivenciar as mesmas amarguras da vida.
Podemos pensar que o outro é amargo, porem, não raro, esquecemos que a amargura não anda sozinha, pois sempre terá o alvará de alguém para que possa se complementar.
Com certeza, no decorrer de nossas experiências aprendemos que, geralmente, àquilo que criticamos no outro, está tambem de alguma maneira, inserido dentro de nós.
Aprender a lidar com a amargura dentro de um relacionamento contaminado, nos ensina que alguém, ou alguma coisa deve mudar, sob pena, de ficarmos vivendo uma relação oprimida e infeliz.
Dentro deste cenário, as conversas tornam-se escassas, o dialogo transforma-se em monologo, as alegrias que deveriam ser vividas a dois já não são tão gratificantes, os sonhos deixam de ser comuns, e neste momento, a solidão a dois, termina abrindo portas para uma enorme sensação de vazio, nem sempre acalentada pela nossa frieza ou indiferença.
Os parceiros passam então a viver suas próprias vidas, dentro de um relacionamento frio e distante.
Primeiro surge o afastamento emocional, pois ambos já não sabem como lidar com seus próprios sentimentos; a afetividade abre espaço para uma guerra surda e muda aonde um quer fazer prevalecer seus desejos e vontades, independentemente do parceiro.
O respeito mutuo, deixa seus rastros de inconformidade.
Surge aos poucos o afastamento físico, como uma forma de expressar através de um “contexto velado” tudo o que passa na alma de cada ser , ocasionado, geralmente, por uma total falta de intimidade e cumplicidade.
Já não são os dois juntos, vivendo felizes e libertos para desfrutarem um relacionamento baseado no carinho, amizade, amor e respeito.
São apenas dois seres encarcerados dentro das próprias prisões , que acabaram construindo para si próprios.
O tempo urge , avisando que é tempo de ser feliz , tempo de mudarmos nossa sintonia abrindo espaço para que as coisas se modifiquem.
Neste caso, cabe ao parceiro mais consciente ceder, para que as mudanças possam fluir naturalmente.
Dentro deste contexto , três palavrinhas mágicas fazem parte do cenário: a paciência, a tolerância e o perdão.
Caso um dos parceiros não se modifique, é provável que a mudança ocorra de forma individual permitindo, quem sabe, a esperança de que outro finalmente mude , antevendo novos horizontes para que o relacionamento prospere.
De qualquer forma, mesmo havendo somente a mudança de um dos parceiros, o outro , com certeza, já não sofrerá tanto, dando continuidade a sua vida, procurando não envolver-se tanto em questões emocionais, que afinal não lhe dizem respeito.
Lembrando sempre que: cada pessoa é única e responsável por seus próprios sentimentos.
Como poderíamos querer interferir em algo que não nos pertence e, que cabe a cada um decidir através do seu livre arbítrio ?
Temos perante nós próprios a responsabilidade de sermos capazes de nos amar, nos respeitar, valorizar e acima de tudo perdoar, pois ninguem neste mundo é perfeito.
O perdão nos aproxima das pessoas , enquanto a amargura, a revolta, a magoa nos afastam daquilo que poderia ser o nosso melhor, enraizando-se nas pessoas com as quais convivemos, gerando desarmonia e dor .
Os aprendizados fazem parte da nossa trajetória de vida e, são eles, os relacionamentos afetivos, familiares ou profissionais, nossos maiores mestres.
Que possamos, portanto, aprender que somente crescemos quando aprendemos!

“Se o ingrato percebesse o fel da amargura que lhe invadirá, mais tarde o coração, não perpetuaria o delito da indiferença”.(Emmanuel)


Tania Paupitz
domingo, 25 de março de 2012

Tente viver momento a momento e aproveitar mais cada dia.
É muito comum ouvirmos a expressão em latim "carpem diem", que nos chama a aproveitar o momento, e termos uma reação mais negativa a ela do que positiva.
Isso acontece porque geralmente entendemos que quem "aproveita o dia" são as "aproveitadoras", as "desocupadas" e "irresponsáveis".
Afinal, se nos consideramos previdentes, não podemos simplesmente viver o presente, pois existe muita coisa a ser planejada, decidida e revista.
Temos que fazer nossas projeções de contas a pagar, decidir quando tiraremos férias, quando poderemos sair com os amigos, nos inscrever naquele curso que sonhamos, fazer com antecedência a lista de compras, nos antecipar frente aos imprevistos e montar nossos planos de ação para os objetivos que pretendemos alcançar a longo prazo.
Ou seja, geralmente nosso foco é o futuro, não o presente.
Nós deixamos de cultivar tempos de ócio, que consideramos inúteis - pois a pressão da sociedade por estarmos sempre ocupadas é muito grande - e ficamos nos ocupando de detalhes do porvir, já que acreditamos que se deixarmos pronto um roteiro do amanhã, estaremos prontas a qualquer eventualidade.
Mas será que isso é verdade?
Por isso, é importante nos perguntarmos se de fato todos os nossos planos deram certo ou se nossas maiores realizações aconteceram de forma espontânea, numa súbita inspiração.
Afinal de contas, quando as coisas fluíram natural e rapidamente estavam dentro de nossas resoluções ou o caminho simplesmente se abriu e fomos nos adaptando a ele?
Corrida louca.
O interessante disso tudo é perceber que quanto mais focamos no amanhã, mais tensão sentimos, pois temos esta impressão de que, se não ficarmos o tempo todo alertas, no prevenindo de tudo, iremos ser pegas de surpresa pelos acontecimentos da vida.
É claro que planejar não faz mal por si mesmo.
Porém, se imaginarmos que estamos numa corrida louca, tentando chegar num determinado destino e que estamos perdendo toda a beleza do caminho no processo (assim como alguns anos de vida), é muito triste e até desesperador.
Há o risco de chegarmos ao nosso objetivo sem termos aproveitado direito uma tarde de sol, sem ter tido tempo para ser mais criativas, sem ter nos divertido, nos presenteado com um dia de spa ou lido um livro por prazer.
Veremos quantas horas de sono repousante foram perdidas, quantos almoços saborosos foram mal-aproveitados...
E tudo isso para vermos nossos planos sofrendo reviravoltas?
Isso não é o bastante para relaxarmos e pararmos de nos controlar, tentando ter garantias sobre tudo?
Se o futuro é a repetição do hoje, não é melhor viver o presente da melhor maneira, para que o futuro siga seu exemplo?
Por isso, planeje sim, pague suas contas em dia, mas respire fundo a cada coisa que for fazer e se concentre no agora.
Veja como o tempo se expande quando você foca nele ao invés de no amanhã.
Faça tudo com prazer, calma e alegria.
As inspirações serão mais frequentes, você precisará planejar menos e os resultados serão mais positivos.

Vanessa Mazza


Em nossa sociedade, as mulheres são educadas para serem cuidadoras.
Preste atenção e você verá todas as mensagens que nos são passadas nesse sentido, desde a infância e os seus brinquedos para meninas: bebezinhos para embalar, panelas para cozinhar para a família de bonecas e por aí vai.
As mulheres são reconhecidas por sua sensibilidade e capacidade acolhedora, sendo sempre incentivadas a desenvolverem papeis dentro dessa perspectiva.
Você já notou que o público feminino costuma representar a maioria nas profissões de cuidado e zelo?
São inúmeras as enfermeiras, babás, psicólogas, professoras, empregadas domésticas, terapeutas ocupacionais, manicures, nutricionistas...
Todas responsáveis de alguma maneira em zelar pelo bem-estar, em gerar circunstâncias em que o outro é o centro dos seus cuidados.
Se nos aproximarmos mais dessas mesmas mulheres, provavelmente em muitas delas notaremos outra particularidade: uma usual dificuldade em cuidar de si mesmas.
São exímias mestras em dividir o tempo com todos os afazeres que envolvem o seu compromisso com o outro, mas também mestras em encontrar as mais variadas desculpas para deixar de lado um compromisso consigo mesmas.
Essas cenas lhe parecem familiares?
A mulher que aguenta firme uma dor por semanas, mas ao menor sinal de indisposição do filho o leva rapidamente ao médico.
Aquela que desmarca uma sessão de massagem, que levou meses para ter coragem de se dar de presente, por pura sensação de culpa.
A outra que dá milhões de conselhos para todas as amigas, mas deixa o seu caos pessoal para resolver depois.
E aí, vai seguir nesse roteiro que limita todo o seu potencial?
Hora de cuidar de você
É agora a hora de tomar sua vida nas mãos, assumir a responsabilidade de ser feliz e utilizar o talento do cuidado ao seu favor.
Não se trata de egoísmo, mas de autoamor e autoestima.
E não limite autoestima só a cuidar da aparência - ato que muitas vezes é mais uma faceta de querer agradar ao outro.
Claro, cuidar da sua imagem faz parte do capacidade de autocuidado, mas não sempre vai mais além.
Aí vai uma breve lista de algumas maneiras para você começar se cuidar melhor:
-Levar em consideração os seus sentimentos, seu mundo interno e investir em seu desenvolvimento pessoal, através de terapias, cursos, tratamentos, garantir espaços de expressão para você.
-Ter mais momentos de lazer, com atividades que lhe façam realmente bem, que recarreguem as suas energias.
-Investir em saúde: marcar consultas regularmente (o que inclui fazer os exames prescritos e retornar ao médico, combinado?), cuidar do cotidiano com uma boa alimentação e exercícios que deixem seu corpo em equilíbrio.
-Reservar momentos de silêncio: toda mulher que escuta o próprio corpo, sabe como são bem-vindos alguns de instantes de recolhimento e meditação!
Por qual item dessa lista você vai começar hoje mesmo?
Cuide-se muito bem, mulher!
Você merece!

Juliana Garcia

quarta-feira, 21 de março de 2012

Outro dia, no banheiro de um restaurante, ouvi uma mulher comentando com a amiga sobre o quanto estava cansada de só atrair homens problemáticos.
Chegou a dizer que estava com a impressão de que havia se tornado uma espécie de para raios de malucos.
Segundo a tal desiludida, toda relação que começava como uma promessa de prazer e alegria, logo se revelava um poço de problemas e encrencas.
Naquele momento, senti que ela pedia um socorro à amiga, querendo saber se deveria continuar tentando encontrar alguém legal ou se seria melhor ficar sozinha.
A outra, tentando ser solícita e compreensiva, repetia com firmeza que era bem melhor ficar sozinha, porque realmente havia muito doido pelo mundo e não valia a pena insistir e arriscar de novo, afinal, beijo na boca não faltaria a nenhuma das duas, segundo ela.
Saí do banheiro bastante reflexiva, tentando imaginar o perfil de loucura dessas pessoas a quem elas se referiam.
Tentando imaginar, sobretudo, que tipo de pessoa atrairia tantos malucos a ponto de desistir de se relacionar e desacreditar no amor.
Afinal, a mim parece que ninguém atrai alguém por mero acaso.
Ainda mais quando se tratam de casos semelhantes que se repetem indefinidamente.
A primeira questão que eu me faria, num caso como esse, é: o que será que eu ainda não percebi, não aprendi e não mudei?
Sim, porque se uma pessoa só experimenta relações problemáticas, com toda certeza não está resolvida com suas próprias complicações significativas.
Se só atrai malucos, é porque a sua maluquice está gritante, evidente e atraente.
E se, por fim, desistir das pessoas, do amor e dos relacionamentos, estará decretando a si mesma uma sentença desastrosa - a de que todos os demais, exceto elas mesmas, são doidos e, portanto, indignos de se tornarem parceiros.
Servem apenas para beijar na boca.
De verdade, nada contra os beijos na boca.
Pelo contrário, é certamente uma aproximação prazerosa.
No entanto, quando uma pessoa não passa, aos olhos da outra, de uma possibilidade de beijar na boca, certamente, há algo muito distorcido nesta história.
Partindo do princípio de que os incomodados é que devem mudar, eu diria a essa moça ou a qualquer pessoa que esteja se sentindo um pararraio de problemáticos, para aproveitar o sinal que a vida está emitindo para se rever e descobrir por que está atraindo isso...
Se acreditar que os opostos se atraem, deve então observar seu excesso de normalidade, sua extrema rigidez ou sua exacerbação de autocrítica.
E se acreditar que semelhante atrai semelhante, então, nem será preciso pensar tanto. Certamente está precisando reconhecer sua própria doidice e sua falta de noção.
O fato é simples: quanto mais estressantes e confusas são as relações de uma pessoa, mais longe ela está de sua essência e da harmonia que precisa ter com seu próprio coração.
À medida que ela se conhece, sabe o que quer e age de modo coerente, pode ter certeza absoluta de que só atrairá e se tornará atraente a quem estiver nesta mesma sintonia...

Rosana Braga

Por que tantas pessoas têm a impressão de que serão consideradas mais responsáveis na mesma medida em que mais complicadas forem suas vidas?
Parece que resolveram acreditar que simplicidade, neste mundo globalizado, é sinônima de descompromisso.
Por conta desta distorção e desta conclusão completamente equivocada, milhares de pessoas têm sofrido bem mais do que o necessário para atingir resultados que poderiam ser facilmente alcançados com uma boa dose de objetividade e transparência.
Casais que transformam motivos banais em decretos que sustentam guerras intermináveis. Pais que gritam e esbravejam com seus filhos quando bastaria uma conversa clara e direta.
Amigos que insistem em apontar uma mancada do outro quando poderiam aceitar um pedido de desculpas e seguir adiante.
Enfim, contaminados pela ansiedade, envenenados pela dinâmica insana de uma rotina inconsciente, muitos têm perdido o melhor da vida por conta de picuinhas.
Tanto alimentam os detalhes irrelevantes que nem se dão conta dos momentos especiais.
A boa notícia é que pequenas mudanças podem surtir importantes efeitos.
Sugiro que você comece a validar o que há de bom, tanto em si mesmo, quanto nos que estão ao seu redor e na sua vida em geral.
Pare de ignorar o esforço de cada um e comece a perceber que todos nós, indistintamente, tentamos fazer o nosso melhor com o intuito singular de sermos aceitos e amados.
A grande maioria dos nossos problemas não passa de pura invenção de nossa mente.
Complicamos porque temos medo de não estarmos prontos para caso algo dê errado.
No entanto, raramente dá errado.
E para comprovar esse fato, apenas tente.
A partir de hoje, simplifique!
Esteja presente!
Viva o que há para ser vivido, mantenha-se em sintonia com seus sentimentos e descubra que ser feliz é bem mais fácil do que você sempre imaginou.

Rosana Braga
terça-feira, 20 de março de 2012
 
Eram duas irmãs, uma muito bonita e a outra - bem, a outra não.
A bonita tinha um corpo como qualquer mulher gostaria de ter (sem ser esquálida), era não só elegante, como se vestia de maneira diferente.
Era original, criativa, isso sem ser extravagante nem exibida.
Um show de mulher, que quando entrava nos lugares era olhada por homens e mulheres, com admiração.
Eu, ainda garota, era amiga das duas; inicialmente da mais bonita, pois era com ela que saía à noite, ia às festas, aos lugares onde as coisas aconteciam.
A outra era casada; mal casada mas casada, e nos víamos eventualmente para almoçar.
Ela era simpática, agradável, mas perto da irmã, desaparecia.
E a irmã tinha sempre muitas histórias boas para contar.
Histórias dos bastidores da alta costura (tudo isso se passou em Paris), das pessoas famosas que ela conhecia, e sobretudo dos seus "dramas" amorosos.
Ela nunca tinha um namorado só e, como nenhum morava em Paris, isso facilitava bem as coisas.
Ainda me lembro: naquela época -estou falando dos anos 50- os telefones eram precários, e as comunicações aconteciam por telegrama.
Um dos namorados era príncipe -havia tantos, sobretudo na Itália- , se chamava Galvano e morava na Sicília.
Volta e meia chegava um telegrama, marcando de encontrá-la em Palermo no fim de semana; e lá ia ela.
O outro morava em Milão, e o encontro seria em Roma.
Na época, nunca me ocorreu por que razão eles não iam nunca a Paris; era assim e pronto.
Ela sofria, e eles aprontavam, sumiam, namoravam outras, e assim foi indo a vida.
Um dia ela achou que estava na hora de sossegar e se casou com um belo italiano; não me parece que tenha sido um grande amor, mas foi um casamento que funcionou.
Ela foi morar em Milão, trancou-se em casa, e sua única distração, digamos assim, era a moda.
Comprava tudo que aparecia de novo, até que um dia teve uma doença ruim e morreu.
Enquanto isso a vida da irmã continuava: separou-se do primeiro marido -porque quis-, marido esse que passou anos fazendo tudo para que ela voltasse.
Se casou de novo, com um produtor de cinema, e o casamento, muito feliz, durou até que um dia ele teve um infarto fulminante e morreu.
Ela sofreu, mas não deixou a peteca cair; tempos depois estava casada de novo, com o homem que mais amou, e que trabalhava no show business.
Foi um amor louco, absoluto; ele tinha uns 15 anos menos que ela, era lindo, e morreu aos 33 anos de cirrose.
Como ela sofreu; parecia que nunca mais levantaria a cabeça.
É preciso aqui fazer uma pausa: desde que a irmã se casou, fomos ficando cada vez mais amigas.
Fui percebendo o quanto ela era generosa, interessada pelas pessoas, pelo mundo em geral, sempre pronta a fazer agrados, carinhos, tolerante e paciente com todos que a rodeavam.
Um dia conheceu seu último marido, com o qual está casada há 30 anos.
Um ótimo casamento, devo dizer.
E fiquei pensando que os atributos físicos, tão valorizados, fazem com que as pessoas se esqueçam do principal, do que realmente importa, e que faz com que as pessoas se gostem, fiquem amigas, até se apaixonem.
Nunca nenhum homem largou essa minha amiga; já a bonita teve uma vida sentimental atrapalhada, eu diria mesmo infeliz, e não sei se por acaso ou por que, eu comecei amiga de uma, o tempo passou e fui ficando amiga da outra como nunca havia sido da primeira.
E ainda sou.

Danuza Leão

Era um fim de tarde entre o Natal e o Ano Novo e caía uma chuva fininha que não dava trégua, como acontece no inverno de Paris.
O Boulevard St. Germain estava todo iluminado e as vitrines eram uma verdadeira festa.
Um casalzinho jovem parou diante de uma delas para olhar.
Era evidente que eles vinham de uma cidade pequena para passar o fim de ano em Paris.
Todo mundo andava rápido para não se molhar, mas eles nem ligavam, tão embevecidos estavam com o que viam.
Detalhe: a loja era de roupas e acessórios e na vitrine não havia o preço de nada.
Depois de conversarem muito tempo, baixinho, eles enfim entraram; entraram, veio a vendedora, a moça pediu para ver uma das echarpes e procurou um espelho para observar como ficava.
A vendedora foi junto e houve uma longa sessão em que foram mostradas as diversas formas de usar uma echarpe: fazendo duas voltas em torno do pescoço e deixando as pontas nas costas; dando um nó do lado e jogando uma ponta para a frente e a outra para trás; sobre a cabeça, cruzando na parte da frente do pescoço; enrolada na alça da bolsa; por dentro do casaco; e as mil outras que todas as mulheres já nascem sabendo – como ela.
Mas eles deveriam estar de acordo, os dois, para que a compra fosse feita.
Estava claro que eram casados fazia pouco tempo e se amavam.
Detalhe: em países ricos, como a França, a compra de uma echarpe é uma coisa banal e rápida – e aquela nem custava muito caro –, mas para o jovem casal, percebia-se, era uma transação importante.
E uma mulher que ama não faz uma compra dessas sem saber a opinião do marido.
A vendedora foi atender outro tipo de cliente, aquela que em um minuto decide se compra ou não; se sim, tira o cartão de crédito, paga e sai.
Mas o casal tinha todo o tempo do mundo e trocava ideias sobre se devia ou não levar a echarpe.
Afinal, estavam em Paris e provavelmente aquele seria o presente de viagem dele para ela.
A vendedora percebeu que devia deixá-los em paz e eles olharam a loja inteira – sempre com a echarpe na mão.
Ela voltou para a frente do espelho – com ele ao lado –, fez mais algumas experiências de como poderia usá-la, os dois se olharam e tomaram a decisão: iam comprar.
Procuraram a vendedora e ele – ele – disse que haviam resolvido.
A echarpe foi embrulhada em papel de seda e colocada numa sacola de papel grosso, e não na costumeira sacola vermelha de tecido com o logotipo da loja, para ser protegida da chuva.
A conta foi paga com cartão, e na hora de ir embora a moça perguntou baixinho à vendedora se não poderia botar dentro da sacola de papel a sacola de algodão vermelho para levar de recordação – o que foi feito.
Eles saíram debaixo da chuva, que caía um pouco mais forte, de mãos dadas, mais felizes do que se tivessem comprado o mais valioso diamante da mais luxuosa joalheria da cidade, e quem acompanhou tudo teve um pequeno aperto no coração e uma inexplicável e rápida vontade de chorar.
Gente simples, ingênua e feliz às vezes provoca mesmo essas reações bobas.

Danuza Leão
segunda-feira, 19 de março de 2012

Para que exista uma obra de arte, uma escultura, por exemplo, são necessários o artista, a concepção do artista, uma habilidade desenvolvida pelo artista, um material moldável e ferramentas apropriadas.
De que serviria tudo isto sem um observador congruente com a tarefa de ver?
Da idéia até a escultura (ou obra finalizada), várias fases são cumpridas e elas não são evidentes no trabalho realizado.
Contudo, sem a matéria inerte, a pedra ou rocha, sem a idéia, sem o artista, sem as ferramentas corretas, nada aconteceria e não teríamos o que admirar com nossos olhos.
Estes são, ao mesmo tempo, nosso veículo para olhar, mas só realmente vê aquele que consegue perceber a idéia do artista, sua humanidade, personalidade, maturidade, sensibilidade, a natureza peculiar da rocha (ou qualquer outro material, como a madeira) e, quem sabe, até os efeitos destas ou daquelas ferramentas usadas.
Olhar depende dos olhos, mas o ver depende da consciência.
O que ficaria apenas implícito é revelado para quem tem o conteúdo da EXPERIÊNCIA INDIVIDUAL a lhe compor a visão da totalidade da obra ao invés de sucumbir às ilusões imaginativas de um simples olhar.
Quem ainda não tira frutos de sua experiência para ver o que olha, não consegue compor um todo inteligível e compreensível, nem colocar em uma perspectiva mais ampla aquilo que está percebendo.
Quem sucumbe unicamente ao impacto sensório e emocional da obra, fica sem ver os demais conteúdos ali implícitos, porém, passíveis de serem vistos.
Enquanto a consciência se desenvolve em nós, o passo mais importante é dar-se conta de que existe um foco e um ponto de vista, sempre...
Invariavelmente.
E não há saída para isto.
A saída, se é que merece este nome, é tomarmos consciência de que introduzimos um foco em tudo que percebemos e isto é eleito, de algum modo, por nós mesmos.
Essa é a subjetividade inerente à percepção.
Não existe observador que não esteja entrando com seus interesses, seus desejos, suas intenções, sua intencionalidade - e assim por diante – em tudo que ele percebe.
Chamamos a isto intencionalidade e projeção.
Nada indica que estes dois (a existência do foco e do ponto vista) vão mudar, mas alguma coisa muda quando nos damos conta de suas características e usos.
O foco da visão é um problema terrível, pois quando usamos um foco, seja qual for, ao olhar discriminamos tudo que é pertinente ao foco e o que não é pertinente simplesmente é descartado e fica fora da atenção egóica.
Podemos exemplificar com a presença, em nossas imaginação, de um homem teoricamente maduro que só vê o trabalho na sua frente (este é o seu foco) e que não percebe nem dá relevância à esposa, aos filhos, ao seu laser, ao seu repouso, às outras pessoas em geral...
Para ele, só existem o trabalho e o dinheiro, a busca de poder, a competividade e seus desafios.
O resto, tudo aquilo que não está em seu foco, simplesmente não existe.
Significa simplesmente o restolho de sua perspectiva bem focada e é eliminado das suas considerações sumariamente, pois não tem a mesma importância nem está no centro de sua atenção egóica...
Para efeito de compensação e complementação entre as polaridades feminina e masculina, vejamos também em nossa imaginação uma mulher para quem só existe (em seu foco) o relacionamento com um homem, sua casa, família, filhos e para além deste foco, existe o resto, que é igualmente descartado: os maridos das outras, os filhos das outras, seus desejos mais pessoais, sua sempre adiada independência, seu direito à liberdade, seu sonho de uma carreira profissional etc..
Em ambos os exemplos aqui imaginados, encontramos pessoas típicas, muitas vezes formando casais que mutuamente se compensam, mas pessoas que estão, por assim dizer, pela metade, funcionando apenas parcialmente e longe de atingirem a porção de totalidade que suas consciências lhes permitiria, se ao menos tentassem buscar desenvolvê-las.
Quem vê, vai além daquilo que é percebido pelo olhar.
Mas, muitos que acreditam estar VENDO e não apenas olhando, também sucumbem à tendência para a análise e à crítica, que levam finalmente ao julgamento, pondo em desuso o dom da compreensão e afastando igualmente a visão humanitária a ela associada.
Sem estes componentes sensíveis e de polaridade feminina a percepção é igualmente a de quem olha (porém, de modo ainda mais diferenciado e especializado), mas não a de quem vê.
Não por acaso, quem apenas olha é seletivo, excludente, discriminativo e judicativo.
Os desafios para que a consciência se instale em nós são sempre surpreendentes...
O homem consciente não sucumbe às ilusões, nem às mais evidentes e, menos ainda, às mais sutis e camufladas por influências do ego, interesses, desejos, preferências, pré-julgamentos, preconceitos etc..
A consciência aponta para o ver, assim como a percepção egóica aponta para o olhar.
A percepção pode ser limpa dos interesses e julgamentos egóicos, mas isso exige trabalho do percebedor, especialmente para limpar sua percepção, tomando consciência de si mesmo...
Fazendo-se perguntas do tipo: Por que eu sempre elejo certos aspectos da realidade para perceber?
Por que sempre dou mais importância ao negativo do que ao positivo?
Por que insisto em querer perceber só o que me interessa sem dar conta de perceber o que interessa aos outros?
Por que imagino sempre o que os outros vão dizer antes de ouvi-los?
Por que estou sempre antecipando as ocorrências em função daquilo que prefiro e desejo?
Quem tem medo de ser assaltado vê assaltantes por todos os lados o tempo inteiro...
Quem vê ameaças em tudo enxerga ameaças por todo o lado todo o tempo.
Quem está preso a experiências dolorosas do passado (frustrações, dores, decepções) fica esperando viver de novo tudo que antes doeu e foi sofrido.
Nada disso tem a ver com a realidade.
São apenas exemplos de como nossa percepção é suja e nosso foco sujeito a interferências terríveis de fatores emocionais, em especial aqueles de que nem temos consciência.
O que dizer do ciumento e inseguro que percebe traição e mentira em tudo, todo o tempo, sempre à procura de um motivo real para instalar sua desconfiança e destruir, uma vez mais, o relacionamento?
E o que de realidade pode existir no que um ciumento típico enxerga no outro?
Todos nos servimos de várias espécies de filtros que nos dão a visão daquilo que eles filtraram...
Chamamos ao que olhamos - já filtrado - de realidade...
Qualquer um de nós pode ter tido a experiência de acordar de uma espécie de transe e notar que aquilo que pensou estar lá na realidade era apenas seu desejo, seu interesse, sua expectativa.
Quem pode acreditar que está tendo uma legítima intuição quando está ainda sujando sua percepção da realidade com desejos, interesses, preconceitos de toda ordem, intenções nem sempre louváveis, expectativas pessoais de todo tipo?
Quem pode dar crédito a um presságio inconsciente se está sempre pensando, julgando, condenando, prevendo, desejando e interferindo em tudo e em todos, todo o sempre?
Quem faz o trabalho de limpar sua percepção vai se dar conta do quanto interfere –a partir de suas características pessoais– naquilo que percebe.
Boa parte do trabalho terapêutico em consultório consiste de fazer a pessoa perceber o quanto ela própria interfere na sua realidade através de seus pessoais pontos de vista, através de seu foco, através de sua arbitrariedade e intencionalidade.
Dar-se conta disto não vai eliminar o problema, pois nos projetamos todo o tempo em tudo, mas uma pessoa muda muito ao descobrir que componentes estão em seu filtro percebedor, que tendências ela tem embutidas no tipo e qualidade de seu foco, que aspectos da realidade ela elege para perceber e que aspectos (da realidade ou da vida) ela, ao contrário, teima em ignorar ou evitar.
Faz muita diferença na nossa vida tomarmos consciência de nossa subjetividade, pois a realidade está lá e cada um de nós não a vê igualmente.
A consciência pode muito e quem sabe relativizar seus pontos de vista, sua perspectiva pessoal e individual acaba descobrindo um mundo inteiro de possibilidades e alternativas onde antes só havia rotina, repetição e uma realidade correspondentemente chata.
Essa expansão da consciência se alimenta de aspectos impessoais e femininos de nossos seres, como a capacidade de fazer silêncio (em especial em nosso íntimo), a flexibilidade, a abertura para o inesperado e o novo; a facilidade para adaptar-se, mudar e evoluir, a capacidade de relativizar seus pontos de vista, valores e crenças individuais duvidando um pouco de suas certezas e abandonando suas posturas rígidas.
A consciência de nós mesmos nos ensina também sobre os outros e sobre o mundo impessoal do não-eu, do desconhecido e, quem sabe, até do inimaginável, abrindo um universo que antes o ego consciente não imaginava existir.
Uma vez eu disse -em outro contexto- e agora repito: ainda bem que sonhamos o impensável!
Ainda bem que o inconsciente é passado, presente, mas também futuro...

Luís Vasconcellos é Psicólogo

Um dos maiores desafios de nossa vida é quebrar os condicionamentos.
Eles se formam a partir das experiências que vivenciamos desde o início de nossa existência no corpo físico.
Aos poucos vamos aprendendo, como forma de sobrevivência, a aceitar as condições que nos tragam mais facilidade e conforto.
Esta é uma das prerrogativas do ego, buscar sempre aquilo que evite dor e sofrimento e traga a sensação de prazer.
Entretanto, há circunstâncias na vida em que a dor e o desconforto são inevitáveis.
Eles constituem o preço que precisamos pagar para assumir de maneira plena a nossa autenticidade.
Respeitar nossa verdade interior e procurar viver em sintonia total com ela exige uma consciência plena acerca dos condicionamentos que construímos.
De modo geral, as crenças negativas como a de que não temos valor e somos inferiores a outras pessoas, quando nos comparamos com elas, são geradas por julgamentos que ouvimos desde a infância.
O primeiro passo para começar a desmontar estas verdades, em que acreditamos tão fortemente, é ter consciência de que elas podem ser mudadas a qualquer momento.
Para isto é necessário desconstruir toda a imagem negativa que formamos a nosso respeito e aceitar o desafio e a responsabilidade de fazer acontecer uma nova realidade.
O medo do sofrimento pode nos levar a permanecer na inércia durante muito tempo, mas quando finalmente nos cansamos da infelicidade e resolvemos dar um passo na direção da luz, a vida sempre nos responde de forma generosa, colocando em nosso caminho as ferramentas e as pessoas que nos auxiliarão a mudar nossa trajetória.
A vontade e a determinação em querer alcançar paz e serenidade são os motores deste processo e somente elas podem detonar a força necessária para vencer este desafio.
"Quebrando o condicionamento

Depende de cada pessoa o que ela gostaria de fazer com a sua vida.
A vida não é preordenada.
Ela é uma oportunidade.
O que você fará com ela depende de você.
Essa liberdade é a prova de que você é uma alma, essa liberdade é a dignidade de você ser uma alma.
Ter uma alma significa que você tem o poder de escolher o que você quer fazer.
E a coisa interessante é que você pode ter passado por alguns atos e situações milhares de vezes e, ainda assim, você pode sair fora disso, livrar-se disso, neste exato momento, se você assim decidir.
Mas o que acontece é que a mente tem a tendência de seguir o curso que oferece a menor resistência...
Coisas que fizemos muitas vezes se tornaram marcas .. e são conhecidas na psicologia como nosso condicionamento.
Repetidamente o ato acontece seguindo a mesma rota; mais uma vez a energia é criada e flui.
Procurando o caminho de menor resistência, acabamos seguindo a mesma rota.
Mas a marca nunca nos pede para fluir por ela.
Ela nunca lhe diz que se não fluir por ela, haverá uma ação judicial contra você.
Ele nunca diz que há uma lei determinando que você tem que seguir aquele caminho, ou que a existência está ordenando que você siga por ali...a escolha é sempre sua.
Religiosidade é capacidade de decidir.
É um esforço para fazer com que as coisas aconteçam diferentemente de como têm acontecido sempre.
É uma escolha, uma determinação.
Repetir o que tem acontecido sempre, até ontem, pode ser evitado através dessa compreensão".
Osho, Guerra interior e paz.
Elisabeth Cavalcante
sábado, 17 de março de 2012

O que é ser íntimo de alguém?
Temos pessoas com quem convivemos todo o tempo, colegas de trabalho ou mesmo familiares, que pouco sabem de nossas angústias, medos, desejos e alegrias.
Intimidade é diferente de convivência, conviver não é sinônimo de ser íntimo , apesar de muitos acreditarem nisso.
Também é diferente de mistura, de simbiose.
Não é possível ser íntimo de alguém se não houver individualidade.
Primeiro ser, para depois compartilhar.
Não se compartilha o que não se tem.
Nascemos do aconchego do útero materno, da sensação de segurança que ele nos proporciona.
Naturalmente desejamos nos relacionar, somos seres sociais, nascemos carentes de afeto, atenção e aceitação.
O ser humano tem uma demanda de amor, busca amar e ser amado todo o tempo.
Nascemos e imediatamente precisamos de afeto para nosso processo de crescimento emocional, da mesma forma que precisamos de cuidados para nos desenvolvermos fisicamente.
Recebemos da figura materna o amor incondicional, aquele tão buscado em nossa vida: ser amado pelo que somos, o pacote completo.
E o que isso significa?
Significa que buscamos em nossas relações, na maioria das vezes de forma inconsciente, essa sensação primária de plenitude e segurança, refletida em maior grau nas relações de intimidade.
Intimidade é a possibilidade de relação mais próxima que implica em confiança.
Confiar significa acreditar que seremos aceitos como somos, mas, não apenas pelo outro; para isso é preciso confiarmos em nós mesmos, em nossa capacidade de sermos genuínos, percebendo o que temos para oferecer numa relação tranqüila e prazerosa com o mundo.
Contudo, é necessário o sentimento de esperança e fé no bom que existe no humano. Confiança se adquire através das relações e pela forma de relação que se estabelece, é um sentimento delicado e dinâmico, ela é como planta: se não regar morre.
Intimidade também implica em entrega.
É uma via de mão dupla, ser íntimo é ser cúmplice, é estar ao lado do outro e não misturado ao outro.
Trata-se de uma proposta de relação mais profunda, que implica em envolver-se, doar-se e saber receber o outro, aceitar e aceitar-se, é troca plena, é Encontro no sentido Moreniano.
Você pode ser íntimo de um amigo com quem conversa sobre varias coisas e não ser íntimo da pessoa com quem você dorme.
Os medos, crenças e as inseguranças são os grandes responsáveis pelas dificuldades de envolvimento.
Algumas pessoas confundem intimidade com submissão, alienação e mistura, outras entendem como fraqueza, falta de individualidade ou demonstração de carência.
Nossa sociedade competitiva, capitalista e violenta, torna as pessoas cada vez mais acuadas e descrentes no humano e consequentemente em si próprias.
O medo e a competição, fazem com que as pessoas se relacionem apenas com parte do outro - àquela que deseja superar – o que impede que a relação seja verdadeira.
Geralmente quando pergunto:
porque não assumir que é uma dificuldade sua? ... a resposta é na maioria das vezes: ...eu??? falar de dores, limites, angústias... para que?
Vou estar só me expondo! Ninguém vai resolver minhas questões!.
Em parte é verdade, nossas dificuldades, na grande maioria das vezes só podem ser resolvidas por nós mesmos, mas nem sempre temos os instrumentos ou conhecemos os caminhos para resolve-las, aí que entra o outro, com sua vivência e experiência de vida.
Voce já pensou se cada um tivesse que reinventar a escrita e a palavra sozinho, para poder se comunicar???... imaginem.. e se não tivesse ninguém disposto a aprender, só a ensinar??? Quanta perda de tempo!!!
Quando nos relacionamos percebemos que não estamos sós, não somos os únicos a ter dificuldades e sofrimentos; temos a capacidade de aprender com nossos erros e acertos e com os erros e acertos dos outros.
Por isso que a relação de intimidade deve ser cultivada, escolhida a dedo.
Faz parte de nosso desenvolvimento emocional aprender a escolher entre as pessoas de nosso convívio, aquelas que merecem nossa confiança, ou seja trata-se de uma questão de auto proteção, da capacidade de aprender a cuidar de si mesmo.
Ser íntimo significa compartilhar tudo?
Dizer tudo, o que pensa e sente? até os pensamentos?
Se pensamentos fossem para ser ouvidos eles aconteceriam em alto e bom som!
Você deve estar pensando, mas então eu não deveria compartilhar minhas idéias, sentimentos e pensamentos?
É claro que sim!, mas escolhendo com quem e o que compartilhar, nem sempre o outro agüenta ou está preparado para o que estamos pensando ou desejando.
Aqui retornamos na questão da individualidade.
Costumo brincar dizendo que, até dentro do útero materno temos a proteção de uma bolsa, sabiamente colocada pela natureza.
Na verdade nascemos concretamente de dentro de outra pessoa, mas não ficamos fisicamente em nenhum momento misturados ao outro, apenas emocionalmente.
Talvez seja por isso que é tão comum a confusão entre capacidade de se envolver intimamente e a mistura relacional.
Segundo a visão de desenvolvimento humano proposto por J.L. Moreno, criador do Psicodrama, a Matriz de Identidade emocional normal se estabelece a partir das relações que o indivíduo faz.
Através de nossas vivências caminhamos de um momento de total Indiferenciação com o mundo (nascimento) para uma relação télica e plena onde seja possível trocar de lugar com o outro entendendo suas motivações pelos seus olhos (maturidade emocional), sem com isso, desrespeitar nossas crenças, valores, e individualidade.
Moreno chamou o ápice dessa fase de Encontro, onde podemos novamente- lembrando nosso nascimento - nos misturar com o outro, sem nos perdermos – porque agora existe um eu delimitado - e sair revitalizados, enriquecidos.
Seria o ponto máximo de diferenciação de identidade.
Cada pessoa tem suas motivações, resultado de sua história de vida e sua educação, somada às suas características inatas.
A saúde emocional e mental de cada indivíduo é que determina como cada um vai suprir essas necessidades.
Esta saúde interna se desenvolve como resultado de um processo de maturação do indivíduo, e obedece uma seqüência de desenvolvimento humano, segundo a teoria do desenvolvimento Moreniana.
Para nos envolvermos em qualquer tipo de relação, seja uma relação de amizade, profissional, amorosa ou simplesmente social, primeiro temos que conhecer nossa individualidade e o que significa um mínimo de noção de nossos desejos, características, medos, dificuldades e gostos; enfim, um pouco de nossa singularidade.
Falei em mínimo, porque trata-se de uma busca de AUTOCONHECIMENTO que acontece durante nossa vida.
Não acredito que alguém possa esgotar esse processo, porque somos seres dinâmicos e estamos aprendendo e consequentemente em transformação todo o tempo.
A maturidade enriquece e modifica.
Portanto para que você possa construir uma relação de intimidade com alguém deve estar atento a esse processo de busca de si mesmo, à sua capacidade para amar e principalmente, para sentir-se amado.

Sirley Bittú - Psicologa

Hoje em dia vemos uma enxurrada de livros de auto-ajuda.
Quando vamos a uma livraria percebemos um espaço grande reservado a este tema.
Por que será que tanto se escreve e se lê sobre o assunto?
O quanto é válido procurar este tipo de informação?
Neste momento há grande ânsia na busca de soluções mágicas para se resolver os problemas pessoais.
E não é apenas aqui no Brasil que isto está acontecendo; é um movimento mundial.
Pelo menos, no nosso mundo ocidental!
Quando assistimos um making of de um filme qualquer, os atores, diretores, câmeramen – qualquer pessoa tenha trabalhado naquele filme – frisam sempre e, impreterivelmente, o quanto se divertiram ao fazer aquele trabalho, o quanto todos foram ‘profissionais’, ‘competentes’ e ‘companheiros’, passando aquela imagem de quanto foram felizes full time durante aquela produção.
Se uma pessoa mais desavisada assiste a este programa vai pensar:
Nossa, também quero trabalhar com isso.
Meu trabalho é tão chato e monótono!
Não conseguimos ver o ser humano ali realizando seu trabalho, vemos pessoas vivendo uma vida livre, leve e solta... e, que me soa falso e oco.
Defendo a bandeira que devemos ter uma profissão que nos realize e nos dê satisfação, pois o trabalho cotidiano, muitas vezes, é cansativo.
Nem todo dia estamos dispostos ou inspirados.
Não somos robôs que, quando são oito horas da manhã, ligamos um botãozinho trabalhar satisfeito.
E, lá vamos nós, satisfeitos.
Nestas revistas, tipo Caras, também vemos a mesma cena se repetindo.
Pessoas em festas, eventos e iates.
Todos bem vestidos, sorrindo, apresentando-se bem sucedidos e felizes da vida!
Nas entrevistas sobre seus relacionamentos, todos estão com o amor de suas vidas, fazendo juras de amor eterno e vivendo no sétimo céu da felicidade.
Um mês depois, na mesma revista aparece aquele mesmo casal se separando!
Lemos o artigo e nos perguntamos:
Mas, o que foi que aconteceu?!
Tudo nos parece tão confuso...
Não conseguimos entender como que mudaram os seus sentimentos de um mês para o outro. Quando não acontece de uma semana para a outra!
Tudo tão rápido!!
Quando paramos para analisar, percebemos que as pessoas estão tão desconectadas delas mesmas e tão preocupadas com as aparências, em apresentar-se felizes, como se isso fosse uma obrigação!
A necessidade de viver o lado do absoluto prazer e da felicidade total virou obrigação, virou status.
O ser humano, desde a pré-história até o momento presente, se aprimorou bastante.
O requinte aconteceu tanto intelectual quanto emocionalmente.
E aconteceu numa progressão geométrica.
Na pré-história, o ser humano estava muito mais perto do animal que somos e, neste processo de hominização, ou seja, tornar-se homem, chegamos hoje num desenvolvimento intelectual e emocional tão elevado que houve um distanciamento da natureza, a ponto de esquecer-se que fazemos parte dessa natureza.
Por isso, por exemplo, vemos nossas florestas devastadas e nossos rios poluídos.
O aprimoramento nos levou à complexidade de pensamentos e sentimentos e, consequentemente, à complexidade nas relações humanas.
E não é fácil administrar, no dia-a-dia, nossas relações tão complexas!
A complexidade chegou a um grau tal, que requisita das pessoas que sua relação com a vida – pessoal ou profissional – seja mais elaborada, onde é necessário maior consciência de si na realidade em que está inserido.
Ter uma percepção mais aguçada de si mesmo, contextualizada em determinada realidade, é desenvolver a capacidade de relacionar-se com esta última como ela o é, de fato, e perceber-se como, verdadeiramente, está se sentindo no aqui e agora.
O que percebemos é, exatamente, esse medo de enxergar-se e se relacionar com a realidade, como esta se apresenta e então, vivemos no mundo da fantasia.
Ou, somos a vítima e alguém ou alguma coisa é nosso algoz ou, sentimo-nos os super-homens / as super-mulheres, que nada nos pode atingir e vivemos apenas o sucesso e uma vida, simplesmente, feliz.
A complexidade traz ao ser humano todas as nuances de cores e tons de sentimentos, pensamentos e sensações.
É difícil mesmo administrar todos os tons e sobretons de nossos desejos e esperanças, intercalados como uma trama de fios.
E isso sendo a gente com a gente mesmo!
E quando nos confrontamos com o outro na mesma situação?
É um nó só!!
O requinte do ser humano pede, cada vez mais, uma individualidade claramente delimitada, com consciência de si e do outro.
E este outro pode ser uma pessoa ou uma situação.
Parafraseando Jung, nas relações, cada indivíduo tem 50% de responsabilidade sobre o que acontece na relação.
Portanto, a culpa do que nos acontece não é dos outros.
Não dá mais para viver na ignorância da própria vida e culpar o outro ou o azar pelo que acontece conosco.
Isto costuma assustar muito as pessoas, pois torna-se necessária maior auto-responsabilidade; assumir sua cota de responsabilidade – auto-responsabilidade – no que está acontecendo.
Mas, olhando por outro lado, sentimos um certo alívio, pois, então, ninguém tem culpa também.
Não há culpados!
Como é isso?
Quando quero achar um culpado, na verdade tenho medo que descobrir que a “culpa” da minha infelicidade é minha mesmo.
Mas, como posso ser culpado da minha própria infelicidade?!
Uma informação: Não há culpados, porque, simplesmente, não existe a culpa, existe responsabilidade.
Esse jogo de procurar um culpado sobre o que nos acontece, nos coloca em um labirinto, onde nos perdemos e nunca conseguimos achar a saída, pois nos torna, na verdade, impotentes sobre nossa própria vida.
Da mesma forma que procuramos um Algoz para culpar; procuramos, em seguida, o nosso Salvador, para nos tirar daquela situação.
E, cadê o meu poder de me tirar dali?!
Talvez seja por isso que se busca tantos livros de auto-ajuda, nossos grandes salvadores!
Se “pegamos” o que vemos na televisão e revistas como exemplos e modelos de como ser na vida, que mensagem tiramos?
“Olha, faz de conta que nada de ruim está acontecendo.
Faz de conta que você está satisfeito, realizado, com o carro da moda e uma casa com decoração de revista.
Faz de conta que você é feliz!”
Mostram-se felizes como se sempre tivesse sido assim, como se tivesse sido assim desde que nasceram.
Mostram isso como se fosse mágico.
Mas, o problema é que não conseguimos fingir para nós mesmos por muito tempo.
Até podemos fingir para o outro, usar uma bela “persona”, máscara, e sair desfilando por ai.
Mas, quando nos encontramos a sós conosco mesmos, entramos em desespero e queremos alguma poção mágica, para nos dar aquilo que assistimos os outros tendo – a felicidade.
As pessoas querem fórmulas prontas para viver e serem felizes, pois ser feliz, hoje, virou moda.
E todo mundo quer estar na moda!
Mas, viver, e ser feliz, é um processo contínuo.
No dia-a-dia, todos vivemos uma vida comum, temos momentos de maior ou menor satisfação, de maior ou menor inspiração.
As situações na vida não são uma constante.
Há sempre curva ascendente ou descendente. Somos seres humanos mortais e falíveis e não robôs.
O bem estar que as pessoas procuram, magicamente, é resultado de um processo de autoconhecimento, que necessita da nossa disponibilidade para conosco mesmos.
Não existe pó mágico, poção mágica nem fórmula pronta.
É necessário trabalho e dedicação.
É importante ter capacidade para suportar frustrações aos obstáculos que encontramos na vida e ter perseverança para superá-los.
Os livros de auto-ajuda podem ser válidos, quando tiramos dali algumas dicas de novas alternativas para se resolver algum problema ou ajudar no processo de autoconhecimento.
Na verdade, qualquer instrumento pode ser válido quando usado assim mesmo – como instrumento – com seriedade e como suporte para se fazer esse trabalho hercúleo, que é o autoconhecimento.
O que vale, mesmo, é o trabalho que fazemos conosco mesmos, na busca de aprimoramento e desenvolvimento da nossa individualidade – que Jung chamou de Individuação – que só acontece através da ampliação da consciência.
É desta forma que alcançaremos o verdadeiro estado de “nirvana”, ou seja, o estado de satisfação pessoal e de paz interior.
Esta é, verdadeiramente, a felicidade; pois ser feliz não é uma obrigação, mas, sim, um direito nosso enquanto ser humano.

Maria Aparecida Diniz Bressani

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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