quinta-feira, 12 de abril de 2012

É possível deixar de lado a autocrítica e se perceber na totalidade
Almejamos a perfeição, queremos ser à prova de falhas, desejamos estar certos, optar corretamente e ter as reações mais corretas 100% do tempo.
Não aceitamos ser menos que "perfeitos".
Seja por autocrítica, ou para mostrar aos outros, ou mesmo, porque é o que nos foi incutido culturalmente desde pequenos.
Agora, quem é perfeito?
Quem não falha?
Quem está sempre certo?
Eu respondo: ninguém!
Não seria mais humanamente possível o conceito de totalidade, no qual nossas características com seus excessos e faltas são aceitas como partes de nós mesmos?
Por exemplo, a raiva como sinalizador dos nossos limites, a preocupação como projeção dos nossos desejos e todas essas características e sentimentos que nos mostram onde e quando temos que melhorar.
Por totalidade entende-se que temos o branco e o preto, além de todas as outras cores; o certo e o errado, além de todas as nuances do mais ou menos, dependendo do ponto de vista e da situação.
A palavra chave é aceitar que temos todas essas nuances.
Aceitar é acolher sem julgamentos ou crítica.
Aceitar não é gostar, e sim acolher a totalidade de nós mesmos.
"Aceitar não é gostar, e sim acolher a totalidade de nós mesmos."
É difícil, eu sei.
É um trabalho para a vida toda, mas garanto que é recompensador.
Aprendendo a aceitar
Precisamos aceitar que temos características que podem se exceder ou faltar em determinadas situações, aceitar que oscilamos.
Aceitar que essas características são parte de nós, que o excesso ou falta só mostra onde temos que aprender, melhorar e evoluir.
É com essas oscilações que aprendemos a lidar com nós mesmos.
Aceitar que sentimos raiva, preocupação, mágoa, tristeza.
E isso faz de nós seres únicos e especiais, com toda a diversidade e humanidade que a experiência da vida nos traz.
Entenda: aceitar não é deixar de sentir ou tentar controlar esses sentimentos que chamamos negativos, eles são sentimentos válidos, pois servem para nos guiar, para sinalizar onde estão nossos limites, nossas feridas, nossas fraquezas.
Onde exatamente não estamos plenos e satisfeitos ainda.
Em qual área da vida não nos sentimos felizes.
Reflita, e se possível, liste os sentimentos e situações que lhe fazem sofrer de alguma forma.
Quais são esses sentimentos e situações que você pode melhorar ou lidar para que se tornem menos nocivos?
Quais são os sentimentos e situações que você não tem como modificar?
Esses temos que aceitar.
Sugiro praticar a Oração da Serenidade: "...dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa, e sabedoria para que eu saiba a diferença".
Não somos perfeitos, mas podemos aceitar nossa complexa totalidade.
Oscilando às vezes, mas melhorando sempre.

Simone Kobayashy /Terapeuta Holistica

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Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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