quarta-feira, 12 de setembro de 2012
 
Uma das coisas  mais importantes neste mundo é se conhecer bem; saber de suas qualidades e defeitos -sobretudo os defeitos- e, no campo profissional, de suas aptidões e capacidades, para errar pouco e não perder tempo fazendo coisas para as quais não tem o menor dom.
O sonho atual de uma certa juventude é trabalhar na televisão.
As candidatas telefonam para os parentes e amigos dos autores e diretores, vão aos lugares onde acham que podem encontrar as pessoas certas, e algumas fariam qualquer papel -mas qualquer papel mesmo- para conseguir uma ponta numa novela.
Às vezes até conseguem e fazem dois ou três trabalhos -só que não deslancham.
E aí vêm as desculpas: "O diretor me paquerou mas eu não topei", ou "foi aquela piranha que fez uma intriga, por isso não consegui o contrato" -e por aí vai.
Raras, raríssimas são aquelas que têm a coragem de admitir:
"Não nasci para atriz" -e partir para outra.
Isso em todas as áreas: tem a que quer ser escritora, a outra poetisa, uma terceira que sonha em virar uma grande estilista, a que pensa em ser Marisa Monte, e a que se imagina como sucessora de Glauber Rocha; mas como o mundo é injusto, nada dá certo.
E o que é dar certo?
Bem, para essas, fazer um sucesso retumbante, com direito a capas de revistas e fotos nos jornais, pois as luzes da ribalta exercem sobre elas um tal fascínio que fica difícil aceitar um destino que possa parecer, de longe, medíocre.
Só que talvez sua vocação verdadeira possa ser viver uma vida tranqüila e, quanto mais cedo isso for descoberto, melhor; e, mesmo com um mundo tão vasto e cheio de possibilidades, passam a vida tentando chegar onde sonham, jogando fora seu bem mais precioso -o tempo-, buscando o patrocínio para um filme ou um espetáculo que, na maioria das vezes, já nasce condenado ao fracasso -e isso quando conseguem o tal do patrocínio.
De quem é a culpa?
Sempre dos outros, claro: primeiro do governo, que deveria ter como objetivo principal financiar a cultura; do diretor da novela, com quem elas não quiseram fazer o teste do sofá; da rival, que conseguiu ficar com o papel que deveria ser dela.
Não passa pela sua cabeça, em momento algum, que, se a outra conseguiu, é porque tinha mais competência, o que, reconheçamos, é mesmo difícil de admitir.
E como administrar seu próprio fracasso é mais difícil ainda, a solução é jogar a culpa na outra.
Mas não há quem não tenha seus talentos e, como diz o ditado popular, quem procura acha -e tem tanta coisa para inventar.  
Pare e pense: o que é que você mais gosta de fazer?
O que é que você sabe fazer bem?
Se adora viajar, por que não tenta ser guia turística?
Se cozinha bem, por que não organiza um curso em casa, para as amigas que não têm noção de como se faz um ovo cozido?
Se foi sempre elogiada por saber receber, por que não vira professora de jovens noivas, ávidas para aprender?
E se sua vocação for para não fazer nada, ser servida por várias empregadas, ter motorista, comer caviar no café da manhã, por que não arranja um marido rico ou um senhor que a ajude?
Mas é sempre bom lembrar: para isso também é preciso ser competente.
Deixe de lado a fantasia -bem cômoda, aliás- de que é uma injustiçada, e que se não está brilhando na Broadway é porque alguém foi culpado.
E talvez faça bem a seu coração saber que, mesmo no peito das mulheres de sucesso, bate às vezes uma nostalgia de não estar em casa pregando os botões na camisa do marido e pensando nele -ah, com essa chuvinha, como seria bom.
Só que essa mulher não está onde está em vão: ela se conhece bem e sabe -e não põe a culpa disso em ninguém- que, se não tem um marido para esperar, é que talvez não tenha talento para isso.
E estamos conversadas.
 
Danuza Leão
domingo, 9 de setembro de 2012
 
Quer mesmo?
O que tem feito para isso?
É feliz ou vive reclamando da vida e dos relacionamentos, da política, do mundo, dos outros?
Ser feliz é nossa única missão de vida.
Não viemos aqui para outra coisa; tudo o mais é secundário.
Trabalho, dinheiro, relacionamentos, saúde, e outras dimensões da vida material se não estiverem assentados no amor e na felicidade, perdem o sentido.
Ser feliz exige coragem, firmeza, vontade.
Pedir é fácil, dizer que quer, também.
No entanto, não se pensa no preço e naquilo que precisa abrir mão para viver a felicidade.
Ela não precisa ser “alcançada”, pois já existe dentro de nós.
Precisa sim, ser vivida, pois a todo o momento nos afastamos dela.
O preço às vezes é dizer ao outro com clareza o que espera do relacionamento, das atitudes da pessoa.
É falar de maneira objetiva, como se sente com relação àquele comportamento, sobre os seus limites, fragilidades, suas dores, enfim, abrir o coração de verdade.
No entanto, o que prevalece é o jogo de quem pode mais.
Um ataca e o outro rebate e assim segue pela vida.
É interessante ouvir pessoas reclamando de seus relacionamentos, sejam profissionais, familiares, afetivos etc. e mesmo assim se agarrarem a eles ferrenhamente.
Como se não lhes coubesses a decisão de simplesmente sair daquilo que as atormenta.
Mas, e o preço dessa decisão, será que estão dispostas a pagar?
Deixar o papel de vítima, de coitadinho, de que não merece é um ganho secundário e tanto e bem poucas conseguem enxergar.
Isso confere um super ganho, por mais duro e estranho que pareça.
É a identidade que a pessoa construiu e sustentou durante muito tempo.
Como seria sua vida se não tivesse mais o que contar sobre suas mazelas, dores e sofrimentos?
E a energia que colocou nisso, tanto choro, falação, reclamação?
Tire tudo isso da vida de uma pessoa viciada em se martirizar e ela pode enlouquecer.
Perder o “alvo” da sua desgraça é perder a identidade do arquétipo que ela emoldurou para si.
Observando dessa forma é fácil entender que não basta dizer quero ser feliz e no íntimo não estar disposto a pagar o preço de abrir mão daquilo que te “alimenta”.
E mais, se sair de um relacionamento destrutivo sem curar isso dentro, encontrará outro igual.
A vida vai proporcionar sempre outros encontros no mesmo padrão.
Até que um dia a pessoa decida sinceramente olhar para dentro e acordar.
Acordar para a realidade mais profunda em si mesmo; enfrentar o medo e a dor; assumir a responsabilidade plena por aquilo que cria em sua vida, por pior que seja.
Parar de jogar, de fazer o jogo do outro, de rebater as bolas, é o mínimo a ser feito.
Perceber que só fazem conosco aquilo que permitimos; que não existe efeito sem causa; que o universo tem suas próprias leis e que todos estão sujeitos a elas, seja em que tempo for; que àquilo que resistimos, persiste; que o medo atrai; tudo isso também ajuda.
Mas, especialmente SER FELIZ AGORA e não, um dia quem sabe, depois que isso, que aquilo e aquilo outro acontecer em minha vida...
É uma bela desculpa para adiar e não romper os limites estreitos da mente, viciada em sofrimento e recriação de fantasmas.
Quer mesmo pagar o preço para ser feliz?
Deixar de fazer o que bem quiser, ficar sozinho, no seu tempo, do seu espaço, do seu jeito, com total liberdade?
Está disposto (a) a ter alguém te perguntando onde está e te controlando para dar satisfações, cumprir prazos, seguir regras, disciplinas, horários, limites, fazer concessões etc.?
Ou diz para si mesmo (a): Que nada, enlouqueceu?
Prefiro ficar sozinho(a)!
Ninguém merece viver assim..."
É, o preço da felicidade para alguns é bem alto!
Para outros, no entanto, é um nada, pois não se afligem com coisas pequenas, egoístas, já bem resolvidas dentro de si.
Perceberam há tempo, as manobras do ego bem articulado, que coloca valor indevido onde não se deve.
Que controla a mente e não permite escolhas conscientes.
Que faz acreditar que ao se submeter, não terá valor; que o outro vai subestimar e humilhar.
Tolice!
Ninguém é o que não se permite ser!
Seja, e perceberá que a felicidade que buscou a vida inteira fora de você está neste instante, plenamente, à sua disposição AQUI e AGORA.
Não tem preço, não custa nada.
Era uma grande ilusão não ter vivido antes.
Mitakuyê Oyassin!
Por todas as nossas relações!
Namastê!
Valéria Bastos
 
Quem nunca se fez esta pergunta ao menos uma dezena de vezes na vida?
Talvez essa seja uma das questões que mais mobilizam a humanidade, especialmente, em tempos tão conturbados como o que vivemos.
Quando o calo aperta e o senso de autorresponsabilidade ameaça aparecer, muitos preferem "empurrar com a barriga", "deixar para a próxima vida", "quem sabe em outro momento" e por aí vai...
Mas a questão é: quando será a próxima vida?
Será que teremos outra oportunidade em breve?
Alguém saberia responder com segurança?
Você já parou para pensar quanto tempo a engenharia cósmica leva para delinear novamente as melhores condições para se retornar ao plano físico, ao mesmo tempo em que também estão encarnados os grupos e situações com os quais os ajustes se fazem necessários (família, amigos, instituições, país, recursos, sexo, afinidades, desafios pessoais, sociais, físicos, intelectuais, emocionais, etc.)?
Bem, como o contingente de almas aguardando para retornar à matéria e dar continuidade ao seu processo evolutivo é cerca de dois terços da população encarnada, a espera possivelmente será longa!
Ainda que fosse por apenas poucas centenas de anos, quem já saberia de antemão em que condições se vai aguardar?
Livros sobre o assunto revelam que o período entre vidas costuma ser longo, penoso, desgastante, muitas vezes carregado de sofrimento, dor e arrependimentos constantes sempre que se revisa a vida que se passou, os pensamentos, palavras e ações desperdiçados.
Então, a melhor hora de mudar é AGORA mesmo, JÁ, enquanto há tempo, enquanto estamos no caminho, próximo daqueles que são os nossos desafios pessoais, com os quais temos dificuldades até de chegar perto.
Em outras palavras, eles são os nossos Mestres.
Sim, nossos mestres, pois nos ensinam o ponto exato em que estamos em nossa jornada evolutiva.
Quanto mais desconforto, raiva, ódio, revolta, indignação nos causarem, mais indícios que ainda falta muito, muito mesmo para mergulhar dentro de si e encontrar as respostas para tanto conflito externo.
E a mudança depende de quem mesmo?
Será que o vizinho, o marido, a namorada, o chefe, os filhos ou a vida vão mudar só porque a gente não consegue receber ordens, levar desaforo para casa, ser humilhado, receber um não, ser preterido na promoção do trabalho, levar uma rasteira de alguém, ser rejeitado por quem amamos, ter conflito com pai e mãe, não ter dinheiro suficiente, viver de fantasia, não assumir compromissos com a vida nem com a felicidade e crescimento pessoal?
Não!
A vida e tudo o mais que nos rodeia continuará do mesmo jeito até que mudemos o nosso jeito de ver, sentir a vida e aceitar as coisas do jeito que são.
Aí, na verdade, não será o outro ou as circunstâncias que terão mudado, nosso olhar é que já não será o mesmo e as situações externas nem as pessoas farão tanto estrago interno.
Vamos limpar a casa interior para receber a abundância, bem-aventurança e tudo o que o Universo pode prover.
Casa interior limpa, mente limpa, coração limpo, livre de dores e sentimentos arraigados a um passado que nem sabemos ao certo de onde vem, tão repetitivo que é, vidas após vidas.
Comece hoje sua faxina, agora mesmo enquanto lê!
Comece por assumir o seu poder pessoal de mudar a sua realidade, pois é só você que pode fazê-lo.
Diga: SIM, eu mereço, estou aqui para ser feliz!
É a única coisa que Deus quer para nós.
"Olhe para fora e sonhe.
Olhe para dentro e desperte!"
Valéria Bastos
 
Se pensarmos na vida como um longo caminho, podemos fazer analogias interessantes.
A começar pelos tão comentados obstáculos que temos de aprender a ultrapassar ao longo dos anos...
Uns maiores, outros menores, cada qual traz consigo seu nível de dificuldade, suas consequentes dores e seus preciosos aprendizados.
Mas hoje quero falar, sobretudo, dos buracos.
Alguns rasos, outros nem tanto.
E existem também aqueles que, de tão profundos, quando caímos neles costumamos usar a expressão "cheguei ao fundo do poço!".
É claro que ninguém gosta de cair em buracos.
Por menores e mais rasos que sejam, no mínimo nos desestruturam e nos fazem perder o "rebolado".
Mas o fato é que eles fazem parte de todos os caminhos, de todas as pessoas, sem exceção, embora sejam sempre únicos.
O problema é quando alguém busca conhecimento, estuda e se sente tão crescido que passa a acreditar que isso é o suficiente para eliminar os buracos de seu caminho, para fazer com que eles simplesmente não existam mais.
Iludido e enganado por si mesmo, ao se deparar com um, vai ter de lidar ainda com a decepção, a frustração e a sensação de que toda busca não valeu de nada!
Não caia nesta armadilha!
Saiba de antemão que os buracos vão existir pra sempre.
A diferença entre quem está consciente de si e de seu caminho e quem não está, é que o primeiro vai saber evitar o tombo desviando a tempo do buraco ou, pelo menos, levantar, sair dele e seguir em frente mais rapidamente e, tomara, menos machucado.
E tem mais: podemos perceber, com a repetição de nossas quedas, que muitos dos buracos de nossos caminhos são incrivelmente parecidos, justamente porque a função deles é nos ensinar a mais difícil de todas as lições.
Portanto, se sua lição mais difícil é aprender a ser menos teimoso, ou menos ansioso, ou menos inseguro, ou menos desconfiado, note bem: toda vez que você se distrai ou acelera o passo mais do que deveria, cai num buraco em que parece já ter caído inúmeras vezes antes.
Não é o mesmo!
É outro!
É novo!
Ele se repete à frente para que você acorde e, a cada queda, consiga levantar com mais habilidade, e seguir em frente não reclamando e se lamentando por ter caído mais uma vez; não se criticando e se culpando por ter sido estúpido novamente.
Não!
Não há nenhuma estupidez na repetição do aprendizado, mas sim vivência, privilégio e sabedoria!
Assim, se você está agora no chão, se acabou de cair num buraco do seu caminho, não se sinta uma vítima e sim um escolhido pelo Universo para se tornar mais forte e mais preparado.
Erga-se, mesmo doendo.
Saia do buraco, mesmo chorando.
E dê um passo à frente, e depois outro e outro, com a certeza de que pode ir bem mais longe...
Outros buracos virão.
Novas cicatrizes ficarão cravadas em sua alma.
E tudo isso será a prova de que você não veio como espectador e nem como coadjuvante de sua história.
Você veio como protagonista e vai chegar até o fim com a dignidade de quem não apenas cumpriu o seu destino, mas o esculpiu com coragem, fé e atitude!
Rosana Braga
 
Claro que quem começa um relacionamento quer que dê certo.
Poucas são as pessoas que, de verdade, entram querendo sair.
A maioria torce para que os sentimentos bons cresçam e que esse encontro sirva como motivo de grande felicidade.
E que bom que seja assim, senão, nem faria sentido.
Mas o fato é que relacionamento dá trabalho.
Exige atenção, dedicação, maturidade, disponibilidade, flexibilidade, conciliação, revisão de valores, crenças e escolhas.
Enfim, é uma área da vida como qualquer outra.
E se você quer que dê certo, tem de investir.
Assim é que se faz com áreas como a profissional, familiar, saúde, espiritual, financeira, entre outras.
A única diferença, talvez, é que poucas ou nenhuma outra nos cause tantas dúvidas e medos, assim como desperte intensidades e rompantes das quais nem nós mesmos nos sabíamos capazes.
É o amor... e o amor é um convite que a vida nos faz como uma oportunidade para evoluirmos.
Só que nem sempre conseguimos aceitar os desafios que chegam com esse convite.
Um desses desafios se trata do fim.
Como aceitar que acabou?
Como saber se é mesmo a hora de desistir?
Como desapegar e compreender, de uma vez por todas, que a evolução também está no ato de deixar o outro ir embora?
De forma alguma, quero deixar parecer que sou a favor da separação sem que absolutamente tudo de saudável e respeitoso tenha sido tentado para salvar a relação.
Terminar um casamento ou qualquer relacionamento significativo é mesmo muito doloroso e frustrante.
É realmente muito difícil e penoso passar por esse processo.
Portanto, que o fim se dê por uma razão que o valha.
E que razão é essa?
Bem, cada um terá a sua, sem dúvida.
Para o amor, não existem cartilhas ou manual de regras.
No entanto, penso que o fim se justifica por aquilo que falta na relação e que é imprescindível para um dos envolvidos ou para os dois.
E isso muda de pessoa para pessoa.
O que é imprescindível para você pode não ser para mim.
E vice-versa.
Isso pode ser diálogo, romantismo, sexo, confiança, fidelidade, vida social, aceitação da família, participação da mesma religião, dinheiro, entre muitos outros motivos.
E não tem essa de ser certo ou errado.
Certo é o que dá certo.
E errado é o que dá errado.
Simples assim.
Uma questão de valores, preferências e crenças.
Apenas precisamos cuidar para não nos sabotarmos e nem nos perdermos do que realmente importa.
Mas isso é uma questão de coragem e autoconhecimento.
O problema -o grande problema, por sinal- é quando está dando errado e a pessoa simplesmente insiste, sem mudar de atitude, sem conversar adequadamente, sem "levar a relação para o médico", ou melhor, para a terapia de casal - se é que você me entende!
Assim, o casal vai prorrogando o fim e adiando a separação sem que nada de realmente eficiente e inteligente seja feito.
Continuam discutindo, acusando um ao outro, repetindo as mesmas brigas, provocando mais lágrimas, mais dor, mais constrangimento para os filhos e outras pessoas ao redor.
Continuam negligenciando detalhes essenciais como respeito, ouvir o outro de verdade, assumir novos comportamentos, abrir mão do que desagrada o outro.
Enfim, continuam fazendo tudo o que dá errado esperando que, milagrosamente, dê certo.
Pra quê?
Até quando?
Quanto ainda pretendem se machucar e se destruir até que parem com isso de uma vez por todas?
Se você se vê nessa situação, apegado a um relacionamento falido, doente e triste, pare de espalhar mais o que há de pior em você.
Comece a buscar o seu melhor.
E isso pode significar ter de admitir que vocês não estão conseguindo sozinhos e procurar ajuda de um especialista para chegar a conclusão mais honesta para todos.
Pare de insistir em mais dor e mais sofrimento.
Resgate sua dignidade.
Admita que esse relacionamento, do jeito que está, não pode mais continuar.
Quem sabe num outro momento, mais maduros e preparados, possam recomeçar?
Senão juntos, pelo menos inteiros e melhores...
Rosana Braga
 
Quem conhece a história de José Datrino, que ficou conhecido como Profeta Gentileza, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, entre as décadas de 60 e 90, sabe que foi ele quem imortalizou essa assertiva - Gentileza gera Gentileza.
Tratei profundamente desse lindo tema no meu livro "O PODER DA GENTILEZA - O modo como você trata as pessoas determina quem você é".
E depois de tantos estudos, descobri que a reação das pessoas nem sempre é tão linear ou óbvia quanto imaginamos ou gostaríamos.
De modo que podemos fazer algumas reflexões.
Por um lado, pode mesmo ser que gentileza gere gentileza, assim como falta de gentileza tende a gerar falta de gentileza.
Algo como "pago na mesma moeda".
Entretanto, também pode acontecer da gentileza nem sempre gerar gentileza e a falta de gentileza nem sempre gerar a mesma reação no outro.
Isso significa que, diante de atitudes gentis, algumas pessoas ficam desconfiadas ou com medo de retribuir e se darem mal.
Por isso, reagem negativamente.
Algo como "quando a esmola é demais, o santo desconfia".
Assim como diante da falta de gentileza, algumas pessoas fazem questão de reagir com gentileza só para mostrar que existem outros tipos de comportamento.
Algo como "dar um tapa com luva de pelica".
Só por isso, já podemos concluir que pessoas são únicas e agem a partir de suas crenças.
E crenças existem muitas.
Desde as limitantes e que nos impedem de enxergar alternativas mais criativas diante de um gesto não gentil, até as edificantes, que nos destaca da mediocridade e nos torna pessoas mais alinhadas com o propósito de fazer dar certo.
A questão é: e você, o que tem gerado?
Quais têm sido suas crenças?
Aquelas do tipo "chumbo trocado não dói" ou "eu não levo desaforo pra casa"?
Ou você tem sido daquelas pessoas raras, admiráveis, com quem a gente sente vontade de conversar, conviver, ser amigo ou até algo mais, de tão gostosas (no sentido amplo e profundo) que elas são?
E tem mais: muitas vezes, ser gentil com quem a gente vê uma vez ou outra pode ser bem mais fácil do que ser gentil com quem a gente mora, com quem a gente divide intimidades e até com quem a gente trabalha.
Pessoas assim são aquelas consideradas "um doce" fora de casa e "um demônio" dentro, sabe?
É... dessas existem aos montes, infelizmente!
E nem se dão conta de que estragam tudo, perdem o melhor de sua própria festa.
Tomara que em algum momento antes de chegarem ao fim da vida, sejam privilegiadas com o amargo sabor do arrependimento por não estarem sendo mais coerentes com seu coração e menos preocupadas com uma máscara perfeita para exibir socialmente.
E assim, possam recomeçar de um modo mais gentil!
Mas sabe o que é o pior de tudo?
É quando confundimos gentileza com educação ou com romantismo.
Gentileza, minha gente, não é nem educação e nem romantismo.
Não se trata de dizer "bom dia", "com licença" ou "por favor".
Nem se trata de mandar flores, preparar um jantar à luz de velas ou puxar a cadeira para uma dama se sentar.
Tudo isso é lindo, ótimo e quanto mais você fizer, melhores serão seus relacionamentos, sem dúvida. 
Mas, ainda assim, não se trata de gentileza!
Gentileza é enxergar o outro de verdade.
É escutar mais e falar menos.
É ponderar no momento em que ele não concorda com você.
É não revidar.
É não disputar para ver quem fala mais alto.
É conseguir "baixar a bola" no momento em que "o bicho tá pegando".
Sabe aquela hora que os ânimos estão exaltados, a briga está prestes a começar e você consegue respirar fundo e propor um consenso?
E se não der, que ao menos proponha recomeçar a conversa quando estiverem mais calmos?
Gentileza, meu caro, é ser bem mais fiel ao que você sente do que ao seu orgulho, à sua vontade de parecer seguro, autossuficiente e inabalável.
Gentileza é, por fim, ser tão gente quanto qualquer outra pessoa, seja ela quem for.
Porque, no final das contas, felicidade tem muito mais a ver com o modo como tratamos as pessoas do que podemos imaginar...

Rosana Braga

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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