quarta-feira, 30 de maio de 2012

Todo mundo quer ter dinheiro e não há nada de errado com isso, desde que seja conquistado por mérito próprio, sem roubar de ninguém tampouco do município, do Estado e da nação.
Dinheiro limpo é bem-vindo: nos proporciona viagens, prazeres, conforto, cultura, saúde.
Saúde não apenas física, mas mental, e não estou falando do fato de poder pagar um analista se for preciso, mas da tranquilidade de não ter dívidas.
Uma pessoa sem dívidas dorme melhor, pensa melhor, respira melhor.
Além de limpo e honesto, dinheiro bom é dinheiro silencioso.
Que não se exibe, não se pavoneia, não aponta para si próprio dizendo: olhem eu aqui!
Conheço milionários que tem com o dinheiro uma relação discreta.
Claro que moram bem, viajam, possuem um bom carro, mas não ostentam, não botam seu dinheiro no sol para brilhar e ofuscar os outros.
O dinheiro tem que ser elegante como o seu dono.
Ninguém precisa lidar com o dinheiro como se fosse um bicheiro.
Mas é como muitos lidam.
Mesmo não abrindo a camisa para mostrar suas correntes douradas nem transitando em limusines, ainda assim há quem não se importe que seu dinheiro grite – aliás, até fazem questão de ter um dinheiro bem marqueteiro.
São mulheres que colocam todas as joias que possuem para ir a uma festa, usam bolsas com monogramas gigantes, instalam chafarizes nas piscinas e compram os dias de folga dos empregados porque não toleram a ideia de irem até a cozinha buscar seu próprio copo d´água num domingo.
Homens que andam em carros que valem uma cobertura, pets que vestem Prada, vinhos que são escolhidos pelo preço e namoradas idem, que amor verdadeiro é coisa de pobre.
O rico que esnoba pessoas humildes tem um dinheiro que grita.
O rico que trata a todos com respeito e gentileza, tem um dinheiro silencioso.
O rico que só gasta com grifes, tem um dinheiro que grita.
O rico que investe também no que é popular (e valoriza uma pechincha, por que não?) tem um dinheiro silencioso.
O rico que perdeu o prazer de apreciar as coisas gratuitas da vida, tem um dinheiro que grita.
O rico que não perdeu a conexão com aquilo que lhe dava prazer quando não era tão rico, tem um dinheiro silencioso.
Quem dificulta o acesso a si mesmo através de um sem número de assessores, guarda-costas, secretários, agentes e demais bloqueadores humanos, tem um dinheiro que grita.
Quem segue disponível pro afeto, tem um dinheiro silencioso.
Costuma-se diferenciar um do outro dizendo que um é o novo rico, e o outro, o rico de berço.
Pode ser.
Quem nunca teve, se deslumbra.
Reconheço que é muito bom viver bem e poder pagar as próprias contas, tenham elas quantos dígitos tiverem.
Mas dinheiro deveria ser educado da mesma forma que um filho: nunca permita que ele seja insolente e ruidoso.

Martha Medeiros

Meu pai sempre jogou tênis, desde que me conheço por gente.
Lembro uma vez em que ele comentou que o adversário ideal é aquele que tem o mesmo nível, mas que se fosse preciso escolher entre jogar com alguém melhor ou com alguém pior do que ele, preferiria jogar com alguém melhor, porque gratificante não era vencer fácil aquele que sabe menos, e sim aprender com quem te exige algum esforço.
É um verbo em desuso e que merece ser revitalizado: aprender.
A verdadeira postura competitiva não é a daquele cara que almeja atingir o topo de qualquer maneira, e sim daquele que extrai de um superior o estímulo para encontrar o próprio caminho para vencer a si mesmo.
Porque não são poucos nossos adversários internos: a ignorância, o comodismo, a ferrugem. É preciso treinar bastante para flexibilizar os movimentos, todos: do corpo e da mente.
E dessa forma avançar, sempre buscando mais, numa estrada hipoteticamente sem fim.
Prefiro ler livros de quem escreve bem melhor do que eu.
De quem tem mais a dizer do que eu.
Além do prazer que isso me dá, não vejo outra maneira de aprimorar meu trabalho.
Prefiro conversar com pessoas mais vividas que eu, mais inteligentes, com melhores histórias para contar.
Talvez algumas delas sintam o mesmo em relação a mim (pensem que sou eu a mais-mais), porém, o que importa não é essa quantificação, que, aliás, é totalmente subjetiva.
O que estimula é ter consciência do quanto a nossa vida se enriquece ouvindo a experiência do outro.
Não por acaso, adoro programas de entrevistas, onde posso enxergar a emoção do entrevistado, seu humor, sua ironia, sua indignação — entrevistas por escrito nem sempre destacam essas sutilezas.
Adoro jantar com quem conhece mais gastronomia do que eu, salientando temperos que normalmente eu não perceberia.
Gosto de viajar com quem já viajou bastante e desenvolveu um olhar para certos lugares que para mim é novo.
Prefiro dançar com quem sabe me conduzir.
Mas com a condição de que esses iluminados transmitam sua sabedoria naturalmente, sem querer, sem didatismo — senão vira aula, xaropice, perde a graça.
Gosto de aprender sem que o outro perceba que está me ensinando.
Claro que competidores profissionais devem tentar eliminar seu oponente — nhac!
Menos um na escalada ao pódio.
Nenhum atleta profissional treina tanto, investe tanto, para não se importar em perder em nome do benefício do aprendizado.
Que aprendizado, o quê.
Rubinho, Neymar, Cielo, não desapontem a torcida.
Mas os amadores deveriam perceber que, em vez de se fingirem de campeões duelando com derrotados, mais vale tornarem- se melhores com a passagem do tempo, através de vitórias conquistadas no silêncio da observação.
É um troféu oferecido por você a você mesmo — todos os dias.

Martha Medeiros

Tenho vários DVDs de shows, e houve uma época em que os assistia atenta ou simplesmente deixava rodando como som ambiente enquanto fazia outras coisas pela casa.
Até que os esqueci de vez.
Conhecedor do meu acervo, meu irmão outro dia pediu:
— Posso pegar emprestado uns shows aí da tua coleção?
Claro!
Ele escolheu quatro e levou com ele.
E subitamente me deu uma vontade incontrolável de voltar a assistir aqueles shows.
Aqueles quatro, não é estranho?
Logo a vontade passou, mas fiquei com o alerta na cabeça.
Me lembrei de uma amiga que uma vez disse que havia comprado um vestido que nunca usara, ele seguia pendurado no guarda-roupa.
Um dia ela me mostrou o tal vestido e intimou:
— Pega pra ti, me faz esse favor. Jamais vou usar.
Trouxe-o para casa.
Muito tempo depois ela me confidenciou, às gargalhadas, que não havia dormido aquela noite.
Passou a ver o vestido com outros olhos.
Por que ela não dera uma chance a ele?
Maldita sensação de posse, que faz com que a gente continue apegada ao que deixou de ser relevante.
Incluindo relacionamentos.
Uma outra amiga vivia reclamando do namorado, dizia que eles não tinham mais nada e comum e que ela estava pronta para partir para outra.
E por que não partia?
— Porque não quero deixá-lo dando sopa por aí.
Como é que é?
Ela não terminava com o cara porque não queria que ele tivesse outra namorada, dizia que não suportaria.
Reconhecia a mesquinhez da sua atitude, mas, depois de tantos anos juntos, ela ainda não se sentia preparada para admitir que ele não seria mais dela.
DVDs, roupas, amores: claro que não é tudo a mesma coisa, mas o apego irracional se parece.
É a velha e surrada história de só darmos valor àquilo que perdemos.
Será que existe solução para essa neura?
Atribuir ao nosso egoísmo latente talvez seja simplista demais, porém, não encontro outra justificativa que explique essa necessidade de “ter” o que já nem levamos mais em consideração.
É preciso abrir espaço.
Limpar a papelada das gavetas, doar sapatos e bolsas que estão mofando, passar adiante livros que jamais iremos abrir.
É uma forma de perder peso e convidar a tão almejada “vida nova” para assumir o posto que lhe é devido.
Fácil?
Bref.
Um pedaço da nossa história vai embora junto.
Somos feitos — também —- de ingressos de shows, recortes de jornal, fotos de formatura, bilhetes de amor.
Sem falar no medo de não reconhecermos a nós mesmos quando o futuro chegar, de não ter lá na frente emoções tão ricas nos aguardando, de a nostalgia vir a ser mais potente do que a tal “vida nova”.
Qual é a garantia?
Um ano para geladeiras, três anos para carros 0km, cinco anos para apartamentos.
Pra vida, não tem.
É se desapegar e ver no que dá, ou ficar velando para sempre os cadáveres das vontades que passaram.

Martha Medeiros
Abandono afetivo; e dá para entender que alguém entre na Justiça reivindicando uma quantia porque não recebeu do pai o afeto que gostaria?
O ideal seria que todos os pais cercassem seus filhos de carinho e de amor; mas isso é o ideal, e o ideal, como todo mundo sabe, não existe.
Alguns pais não são nem carinhosos nem amorosos, que pena, mas a vida é assim, e uma filha que nunca teve o afeto paterno tem que entender que alguns não têm afeto para dar,ou apenas não conseguem-e tratar de viver a vida como ela lhe foi apresentada,isto é, como ela é.
Pedir uma indenização -em dinheiro- porque não foi amada pelo pai, acho estranho.
Quem põe um filho no mundo tem obrigações, mas amor dá quem pode, nem é um problema de querer; e amor não se cobra, nem de pai nem de ninguém.
Fico pensando na quantidade de crianças que moram com pai e mãe e que nem assim recebem o afeto de que necessitam.
Pais que não tomam conhecimento de suas existências, não conversam, nem ao menos olham para seus filhos, mesmo vivendo sob o mesmo teto.
E aí, eles podem cobrar também?
Como?
Se cobrarem, e o juiz achar que têm razão, como estipular a quantia que vai compensar a indiferença que sofreram durante anos?
Vai depender da conta bancária do pai, imagino, mas não acho que seja por aí.
Quem foi abandonada e desamada tem que dar a volta no passado sabendo, inclusive, que isso acontece muito mais do que se imagina.
Abandono afetivo; imagino que sejam raros os que não têm, lá no fundo do coração, a sensação de não terem sido amados suficientemente pelo pai ou pela mãe.
Todos precisamos de amor, e quando somos crianças queremos todo o amor do mundo, e de todas as pessoas.
Com o tempo, aprendemos que se recebermos algum afeto -de poucas pessoas, e só às vezes-, já está mais do que bom.
Carência afetiva não é fácil; alguns conseguem -ou pelo menos dão a impressão- superar e viver bem a vida; outros vão sofrer até o último suspiro, mas de uma coisa tenho certeza: não se resolve com dinheiro.
Se resolvesse, nenhum filho de milionário teria o problema.
O valor da indenização me põe curiosa, tanto quanto qualquer processo que implique "danos morais".

Já passou um pouco de moda, mas nos EUA, até anos atrás, uma mulher assediada sexualmente -nada de muito grave, apenas uma boa e competente paquera- processava o paquerador e exigia uma quantia por danos morais; é possível?
É normal que quando alguém sofre algum tipo de constrangimento precise de um desagravo (recompensa) pelo que passou, mas querer em dinheiro é uma maneira muito esperta de dar a volta por cima.
Danos morais são vagos e dependem do foro íntimo de cada um.
Quando vou a São Paulo e, no aeroporto, a Polícia Federal me faz tirar os sapatos, o cinto e o relógio, e ainda por cima pega minha tesourinha de unhas e joga no lixo, eu me sinto vítima de grande violência moral, e acho que teria direito a uma indenização em $$$ -e ter a minha tesourinha de volta, claro-, mas ainda não fiz isso por achar, entre outras coisas, ridículo; mas que é constrangimento, é.
E os namoros que não deram certo, os casamentos que não vingaram porque o amor acabou, será que isso também pode ser considerado abandono afetivo?
Quanto vale o amor que deixaram de nos dar?
O mundo está muito louco.

Danuza Leão
Você quer ser querida pelos amigos, viver sem problemas, ser daquelas pessoas que são sempre lembradas com alegria e prazer?
Em outras palavras: você quer ser feliz?
Simples: esqueça essas manias de ver, ouvir e, sobretudo, falar, e sua vida passará a ser um mar de rosas.
Não ouça; isso mesmo, não ouça, salvo, talvez, um pouco de música, quando estiver no carro.
Quando perceber que estão contando uma história escabrosa da área política, vá para a janela e olhe para fora com enorme atenção.
E se o assunto envolver a vida particular de quem quer que seja-e quanto mais próxima a pessoa, pior-, seja drástico e finja um mal-estar súbito.
Se tiver que se explicar, diga, no máximo, que é vagotônico como era o poeta Vinicius, doença que, aliás, já esteve muito na moda e que ninguém nunca soube muito bem do que se tratava.
Agora, o principal: se uma amiga -principalmente se for a que você mais adora- quiser contar seus problemas pessoais, arranje uma desculpa, seja ela qual for, para não ouvir: simule uma crise nervosa, diga coisas desconexas, dê uns gritos, e se for preciso, desmaie, mesmo que esteja no meio da rua.
Vale absolutamente tudo para não assumir o papel de confidente, pois vai acabar sobrando para você -ou estou dizendo alguma novidade?
Bem, já falamos do primeiro ponto: não ouvir.
Agora vamos ao segundo: não ver.
Quando for a uma festa, use óculos, daqueles que os bandidos obrigam os sequestrados a usar -com vidro negro e opaco- para não enxergar; faça essa riquíssima experiência que é não ver absolutamente nada, a saber: quem deu um amasso em quem, de quem é a perna enroscada debaixo da mesa que você flagrou quando foi pegar o isqueiro que caiu no chão, ou as baixarias que costumam acontecer quando as pessoas se descontraem, digamos assim.
E se não conseguir os tais óculos negros, não tem importância: é só passar a noite inteira de olhos fechados -ou não sair de casa, claro.
Agora, o terceiro ponto, muito, mas muito mais importante do que não ver e não ouvir: não falar.
Nunca diga nada sobre nenhum assunto, e não dê, jamais, uma só opinião sobre nada.
Se alguém diz que a couve-flor está mais cara, ouça com o ar mais sério do mundo; se ouvir o contrário, também -e continue mudo.
Não diga nada, não faça nenhuma ponderação, não emita um único som.
Renuncie a bancar o inteligente e fique até o sol raiar, se for preciso, de boca fechada, que é a posição correta na vida, como você já deve ter aprendido -ou devia.
Se alguém mencionar a crise política e tiver uma vontade súbita de dizer alguma coisa, morda a língua e não faça juízo a respeito de nada: nem sobre a queda -ou a alta- do dólar, nem, sobretudo, sobre a CPI.
Opinião, nem pensar.
O maior perigo é quando sua maior amiga está passando por uma crise e pede um conselho.
As pessoas só querem que se diga o que elas querem ouvir, e há até quem ache que amigo só existe para dar razão quando não se tem razão -você não sabia?
E não tenha ilusões: diga você o que disser, contra ou a favor, no final a culpa será sempre sua.
Aprenda, mesmo que já um pouco tarde, que a sabedoria da vida é não ver, não ouvir e calar.
O que significa, na prática, não viver -o que é meio triste, convenhamos.

Danuza Leão
terça-feira, 29 de maio de 2012

Algumas pessoas, inocente ou inadvertidamente, acreditam que basta conseguir um "sim" do outro para que tudo esteja resolvido em sua vida afetiva.
A esses desavisados, creio ser absolutamente preciso deixar bem claro: seja para um namoro ou, especialmente, para um casamento, o "sim" não é sinônimo de "E foram felizes para sempre..." como nos contos de fadas.
Muito pelo contrário!
A decisão de viver um relacionamento amoroso, embora só seja possível diante do aceite de ambas as partes, apenas dá partida a uma longa viagem.
E como qualquer viagem, no amor não é diferente: é preciso atenção, foco, investimento, tempo, dedicação e, sobretudo, saber onde se quer chegar, para não se perder no caminho!
A grande verdade é: num relacionamento, não existe jogo ganho!
Para fazer valer a pena, é preciso exercitar todos os dias.
Entretanto, infelizmente, muitos casais acreditam que o amor é uma espécie de mágica que acontece em suas vidas e, sem que nada precisem fazer, ele estará lá, agindo sobre seus corações e norteando suas escolhas.
Não, não, não!
Amor é verbo, e como todo verbo, precisa ser conjugado!
Precisamos praticá-lo, transformá-lo em ações propositais, em atitudes com objetivos claros e definidos.
O amor é um planejamento feito a quatro mãos e dois corações.
Senão, pode apostar que não vai funcionar!
Trata-se de uma química muito especial que, embora bastante poderosa e transformadora, acontece entre duas pessoas cujas naturezas são fugazes, frágeis, vulneráveis.
Portanto, sem reforço e sem reconhecimento diários, a química desanda, a essência se perde.
E para que você comece a renovar diariamente seu desejo de fazer seu relacionamento valer a pena, vou ressaltar três atitudes infalíveis.
O quanto antes você começar a conjugar seu amor baseando-se nelas, mais fortes e consistentes serão seus resultados!
Reconheça verbalmente o que o outro faz de bom!Principalmente, quando convivemos com a pessoa amada, tendemos a reclamar de certas atitudes que nos incomodam.
Seja a toalha molhada deixada sobre a cama ou, ao contrário, a mania de limpeza e organização do outro; seja a falta de romantismo ou o ciúme exagerado; seja a ausência de carinhos ou o excesso de sensibilidade.
Enfim, somos peritos em apontar o que consideramos errado e, embora exista o lado bom disso, que é dar ao outro a chance de se rever, melhorar e crescer na relação, é preciso ter o contrapeso!
Ou seja, não podemos nos esquecer, como a maioria faz, de elogiar, de reconhecer o que o outro faz de bom!
Senão, não há amor que cresça, que se torne intenso e gostoso!
Por isso, procure demonstrar, verbalmente, olhando nos olhos, o quanto você valoriza e admira certas atitudes da pessoa amada.
Seja a gentileza de perguntar se você quer água, seja o jeito cuidadoso de lidar com a casa, seja a tarefa diária de preparar a comida para a família.
Qualquer elogio ou reconhecimento são sempre poderosos aliados do amor, porque mostra o quanto você está olhando e interagindo com o que o outro é!
Invista no contato físico! Alguns casais, com o tempo, param de se tocar e nem se dão conta dessa mudança.
Já não andam de mãos dadas, já não se beijam quando se encontram, quando acordam ou quando vão dormir. Vão se distanciando fisicamente, mantendo somente o contato verbal.
Sua comunicação é razoável, conseguem se entender, mas bem pouco se tocam.
Ser tocado e tocar o outro é um modo maravilhoso e infalível de investir na intimidade, na confiança e no carinho mútuo.
Enquanto o outro dirige, por exemplo, coloque sua mão sobre a perna dele.
Enquanto almoçam, faça carinho com os pés, por debaixo da mesa.
Quando assistirem tevê juntos, faça um cafuné em seus cabelos ou deslize as mãos em suas costas.
Não existe um ser humano no mundo que não goste de ser acariciado, que não queira se sentir acolhido, querido e amado.
Demonstrações explícitas como o contato físico são tão poderosas que se tornaram indicação médica, em muitos casos.
O toque tem o poder de curar as dores do outro, sejam orgânicas ou emocionais.
E o amor, então, nem se fale.
Imagine essas duas forças juntas: amor e toque?
Estamos todos muito mais carentes de contato físico amoroso do que supomos.
Sendo assim, aproveite a pessoa amada para saciar essa necessidade e ainda investir em seu relacionamento.
Nunca deixe de namorar! Sei que a rotina e as pressões do dia-a-dia nos deixam anestesiados para a leveza e o lúdico do namoro.
Como muito bem poetou Carlos Drummond de Andrade, "... Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria..." (essa poesia "Namorados" vale a pena ser lida com seu amor!).
Então, namorar é reservar momentos de leveza e alegria que são só de vocês dois, sem os filhos, sem os amigos.
Só você e a pessoa amada.
Pode ser uma volta no parque do bairro, um cinema fora de hora, um chope na sexta, após o trabalho.
Qualquer coisa que lembre vocês dois de que essa relação é, além de tudo, divertida e prazerosa.
O nível de energia e motivação que esse tipo de atitude, mesmo que apenas uma vez por semana ou quinzenalmente, garante ao relacionamento é incrível.
Experimente e sinta a diferença!
Enfim, meu caro, minha cara, não viva seu relacionamento como se o jogo estivesse ganho, por mais que esteja tudo bem!
Assim como você investiria diariamente numa faculdade, numa academia ou num trabalho; ou ainda como investe nos cuidados com seu filho, sua casa ou seu corpo, lembre-se: é imprescindível estar atento ao seu relacionamento todos os dias!
Essa é a diferença entre quem vive à espera da felicidade e quem faz a felicidade acontecer aqui e agora!

Rosana Braga

O dito popular afirma: quem nunca foi, está sendo ou um dia será!
Mas eu, particularmente, não considero a traição tão inevitável assim!
Além do mais, como se trata de uma situação que não depende de nosso controle, melhor mesmo é se concentrar em possibilidades pessoais.
E tem mais: antes de entrar na grande questão, sobre perdoar ou não perdoar, vale esclarecer melhor o conceito.
Trair é, por definição, enganar o outro.
Ou seja, é fazer o outro acreditar que você age de uma determinada maneira quando, na verdade, age de outra!
Portanto, o grande problema da traição não é exatamente com quem você está ou não, quem você beija ou com quem você transa, mas, sim, o fato de estar mentindo e enganando algum ou alguns dos envolvidos nessa trama amorosa.
Pra esclarecer melhor a minha teoria, vou contar o que sempre digo a um amigo que "defende" a traição.
Ele é casado e sai com outras mulheres.
Dependendo do caso, chega a ficar longos meses com a mesma mulher, embora mantenha sua vida amorosa com a esposa e dê escapadas extraconjugais e extra-amante fixa.
Ao abordarmos o assunto, sempre deixo claro que não concordo com a atitude dele.
E ele argumenta: "essas relações paralelas são apenas diversão, e terminam fazendo bem à minha relação.
Fico mais tranqüilo e mais carinhoso com a minha mulher"!
Pois muito bem!
Como não quero entrar no mérito da questão, abordando detalhes do relacionamento dele, procuro ser prática e objetiva: "se você está sendo sincero comigo e realmente acredita que não há nada de errado em manter relações paralelas, então, por que precisa mentir para sua esposa?
Diga isso a ela, defenda a sua teoria e explique por que age dessa forma.
Convença-a dos benefícios e seja verdadeiro.
Ao menos, assim, ela saberá quem você é realmente e poderá escolher se quer continuar com você ou não"!
Mas vou um pouco adiante!
"Além disso, se você realmente acredita que esse tipo de comportamento faz bem à relação, então, suponho que não se importaria se ela fizesse o mesmo. Ou seja, se saísse com outros homens para se divertir, tornando-se mais tranqüila e carinhosa com você!".
Mas, estranhamente, ele sempre retruca: "De jeito nenhum!
Se descobrir que ela me trai, está tudo acabado!".
E, assim, sinto-me ainda mais propensa a reafirmar: o que mais importa numa relação não é o fato de jamais ter cometido um erro ou jamais ter magoado o outro.
Isso, sim, é inevitável, considerando o grau de envolvimento, entrega e intimidade que permeia um relacionamento amoroso.
O que mais importa é a coerência entre o que você diz e o que faz.
É o nível de verdade que existe naquilo que você está se propondo a viver.
É o comprometimento que cada um dos envolvidos tem com cada detalhe desta importante escolha, que é dividir sua vida com outra pessoa!
Portanto, se você está vivendo uma situação dolorosa, sentindo-se traído, tendo descoberto um erro e uma mentira de seu parceiro, acredite: não existe uma resposta certa e uma resposta errada que sirva para todas as relações.
Para decidir se você vai perdoar ou não, se vai continuar ou não nessa relação depois do que aconteceu, sugiro que você se faça algumas perguntas fundamentais e tente responder com o coração, baseando-se naquilo que sente de mais real, de menos contaminado pela raiva ou pela dor que, provavelmente, queima dentro de você!
- Apesar desse erro, o que existe de bom e que vale a pena nesta pessoa e nesta relação?
- Você gostaria de dar a si mesmo a chance de tentar fazer dar certo mais uma vez?
- Quanto você consegue reconhecer de seu nisso tudo.
Ou melhor, você também comete erros.
Quanto consegue compreender o que o outro fez a partir dessa autopercepção?
- Saiba: você pode conseguir perdoar, mas esquecer só será possível se você vier a sofrer algum tipo de perda de memória que apague esse acontecimento de seu cérebro.
Caso contrário, essa lembrança continuará viva como a de qualquer outra ocasião relevante de sua vida. Você vai precisar aprender a lidar com ela!
- Ao fazer um balanço, caso descubra que as dores e as mágoas são bem maiores que o respeito, a admiração e a confiança, pergunte-se: o que você está ganhando ao ficar nesta relação?
Porque ninguém fica numa situação onde não esteja ganhando absolutamente nada!
Por fim, lembre-se que toda dor e toda raiva vai amenizar com o tempo e que a lucidez tende a ser maior com o passar dos dias.
Então, não aja de modo precipitado e nem seja radical ou implacável consigo ou com o outro.
Espere até recuperar-se do choque e, somente então, pense no que quer fazer.
No final das contas, a vida -incluindo as maiores dores contidas nela- sempre nos oferece aprendizados incríveis e surpresas impagáveis.

Rosana Braga 

O que mais queremos é a felicidade e passamos a vida nessa busca incessante acreditando que se tivermos determinadas coisas, estaremos felizes.... um relacionamento, um emprego, uma casa etc.
Buscamos as coisas que acreditamos que vão nos fazer felizes, e em cada época da nossas vidas, algumas coisas são mais importantes e focamos na busca por sucesso naquela área...
Só que uma coisinha pode atrapalhar em muito o encontro da tão sonhada felicidade... é que quase sempre temos idéias formadas de como as coisas têm que ser para que nos façam felizes.
Imaginamos uma pessoa com tais requisitos para ser aquela pessoa especial, ou aquela casa dos nossos sonhos precisa preencher também determinadas necessidades.
Para ser a casa dos nosso sonhos... e assim com todas as coisas que acreditamos vão nos fazer felizes colocamos características para serem preenchidas...
É claro que a gente querer as coisas e sonhar com o que queremos pode mesmo atrair aquilo para nossa vida, mas... nos prender à forma que escolhemos e eliminar tudo que foge àquela forma, pode, na verdade, ser uma maneira muito sutil de auto-sabotagem e de nos fechar para a vida.
Muitas vezes, a pessoa que vai nos fazer feliz não se enquadra em nada do que imaginamos... a casa onde vamos realizar nossos sonhos pode passar longe do modelo que nossa imaginação criou... e o trabalho que alimenta nossa alma pode nem de perto se encaixar ao que acreditamos ser o ideal... o local e a maneira onde vamos alcançar uma evolução espiritual pode ser muito diferente de tudo que já imaginamos.
Muitas vezes, esses modelos "ideais " que criamos são filtrados por nossas memórias equivocadas que são extremamente limitadas e nem sempre refletem realmente o que vai nos fazer felizes.
Quantas coisas eliminamos por não ser "o que tem a ver comigo".
Quase nunca nos lembramos que esse "tem a ver comigo" não tem nada realmente a ver com quem verdadeiramente somos.
A felicidade muitas vezes chega de forma surpreendente... mas, para isso, é preciso que a gente se permita experimentar o novo... se permita abrir para as coisas que a vida nos oferece, mesmo que aquilo não se enquadre aos nossos modelos ideais... é bom lembrar que esses modelos podem ser os ideiais das nossas memórias e não da nossa Alma...
Para a Alma, não existem os limites fixos que nossas memórias do passado querem nos impor.
Acredito que a felicidade independe de coisas fora da gente... e que quanto menos regras e padrões a serem preenchidos, tivermos... mais estaremos fluindo em felicidade... e que quanto menos modelos prontos a gente seguir, mais fácil será usufruir da felicidade que a vida tem a nos oferecer...
Se nos esvaziarmos dos desejos do ego e permitirmos que nossa Alma nos leve suavemente para os encontros e para as experiências que vão nos fazer evoluir, será mais fácil desfrutar a felicidade a cada passo... no presente.
Temos fórmulas... modelos... porque não confiamos que o Grande Mistério pode nos prover de tudo a cada dia e que seremos felizes assim...
Mas passamos grande parte da vida descartando coisas e buscando outras que se enquadrem em nossos ideais de felicidade... para um dia descobrir que não era nada daquilo e que a felicidade vem de dentro para fora... e não de fora para dentro...

Rubia A. Dantés

Desde criança escuto essa frase e só agora percebo quanta sabedoria existe aí... só agora, quando já consigo não me estressar tanto com as coisas que acontecem diferentes do que gostaria, e ficar calma entendendo que reclamar e resistir ao que já aconteceu só prolonga o sofrimento e cria conflitos... é que percebo quanto sofrimento e complicação poderiam ser evitados se seguíssemos esse ditado popular mais vezes em nossas vidas.
Muitas vezes, ficamos tempos e até conheço pessoas que passam uma vida reclamando de coisas que não deram certo ou que não sairam como elas queriam...
E pensamos assim: se tivesse acontecido dessa forma tudo seria diferente... e de novo sofremos com o passado e impedimos o presente de se manifestar.
Ficamos presos e geramos enorme sofrimento diante de coisas que realmente não têm remédio... e que não dependem da nossa ação...
Sempre podemos escolher aceitar ou não aceitar as situações que se apresentam nas nossas vidas.
No primeiro caso, liberamos o passado e abrimos espaço para o novo... deixamos nossa energia livre e disponível para o presente... no segundo caso, ficamos presos ao passado, resistindo e sofrendo, pelo que não depende da nossa ação, gerando mais sofrimento e deixamos parte da nossa energia presa no passado em histórias que só não estão resolvidas na nossa mente...
Acredito que o Grande Mistério é tão sábio que aquilo que é descartado das nossa vidas por não ter remédio, é porque já cumpriu o seu tempo útil... e que só está ocupando espaço de algo que nos fará mais felizes no presente...
Muitas vezes, o que nos prende às coisas e pessoas são memórias passadas de situações vividas que foram boas, mas que não vão mais se repetir naquela forma que esperamos... e aceitar que... o que não tem remédio, remediado está, pode ser uma chave preciosa para nos deixar mais livres e plenos para o presente.
Muitas vezes, não concordamos com a escolha do outro porque aquilo afeta de alguma forma nossas vidas em maior ou menor grau, mas quando não podemos fazer mais nada para mudar o que já aconteceu... é melhor fechar essas histórias para começar outras.
Se já fizemos a nossa parte, que pode ser expor o nosso ponto de vista ou qualquer ação que julgamos necessária...
Ho'oponopono... ou mesmo a não ação... e não tem mais nada que podemos fazer para remediar aquela situação... bola pra frente!
Ficar presos energeticamente a pessoas e situações que não fazem mais parte das nossas vidas e que só estão alimentando nossas memórias de dor e de vítimas não vai nos levar a lugar nenhum... a não ser aos mesmos e velhos conhecidos caminhos que já percorremos vezes sem conta e com cada vez mais sofrimento.
Não deixar ir o passado é como jogarmos no lixo as coisas que não nos servem mais... mas, guardar os sacos de lixo sem ter coragem de deixar o lixeiro levar...
Se existe alguma coisa na sua vida ou no seu coração que não tem mais remédio... libere na luz e deixe ir com suavidade... pode ser que o Universo esteja só esperando que você abra espaços para trazer o que você mais quer...
Deixe a vida fluir...

Rubia A. Dantés

Há decisões que surgem em momentos marcantes.
Ágéis como relâmpagos, fortes como o trovão.
Decisões que transformam nossa percepção e nos faz enxergar um novo caminho.
Decisões no silêncio da alma que se alinham com o poder inteligente da mente e a emoção motivadora do coração para ganhar forma nas ações.
Hoje acordei renovada e com o compromisso relevante comigo mesmo: colocar-me como prioridade na minha vida.
Uma aliança com minha natureza.
Não à toa acontece no período de transição de estações.
É mesmo hora de preparar o terreno para um novo plantio que será marcado por mudanças e muita fertilidade.
É preciso deixar morrer o inverno para que a primavera venha com todo seu esplendor.
A energia de Virgem está no ar me convidando a planejar e organizar.
O primeiro passo, a organização interna já foi iniciada e terá sequência gradativa para os novos rumos que serão criados.
Uma faxina interior é muito benéfica e traz insights especiais.
Os sinais alertam, as conexões fluem e o ponto de partida acionado com o desejo intenso revela um cenário de possibilidades.
A lente intuitiva é espetacular.
Escutar sua voz é confiar na sagrada linguagem que está em nós e se traduz nas relações que tecemos com o universo nas suas variadas manifestações.
O movimento de troca acontece todos os momentos.
A consciência dessa lei imutável de dar e receber, plantar e colher, convoca-nos a exercitar nossas habilidades sendo fiel aos nossos princípios e missão.
Não podemos deixar de lado nossos propósitos, quando os renegamos ou fingimos esquecer, sentimos na pele o chamado.
São mensagens e situações que nos colocam em conflito, que nos questionam, inquietam e nos sacodem de uma maneira que não deixa brechas para fugas.
Ao invés de nos esforçarmos para adormecer nossos sonhos, devemos fortalecê-los e praticar nosso conhecimento para dar vida aos projetos que pulsam em nosso coração.
É preciso muita coragem para mudar o roteiro, mas, o fundamental e inicial passo é ter clareza do caminho que pretendemos seguir.
Assim nasce um novo amanhã.
Tenho grandes aliados nessa jornada: amor, persistência, confiança e a consciência da importância de ser capitã do meu navio.
O oceano é repleto de desafios.
A história de sua vida é você que escreve.
Estou cultivando a criação de novos capítulos com a convicção de que sou capaz de realizar minhas metas.
Estou pronta para um novo roteiro que terá a regência da conexão com minha essência.

Maria Ivone Neto Mourão

Somos responsáveis por tudo que falamos.
Isto é muito sério, pois nem sempre verbalizamos o que realmente sentimos ser verdadeiro.
As palavras são vibrações que jamais se apagarão, sempre estarão reverberando no Universo infinito... Dizem-nos os estudiosos desses fenômenos.
Mesmo que tenhamos intuído algo, ao acreditarmos no que "ouvimos", somos também donos daquele pensamento, daquela idéia.
Com nossa fala, estaremos sempre melhorando ou piorando o mundo à nossa volta.
Tudo que nos chega através dos sentidos passa por um juiz interno que nos diz se está certo, ou não, se pode ser aceito, ou não.
Quando isto acontece, aquele pensamento passa a ser também nosso.
O uso dele é que pode diferir, pois cada um sabe o porquê de usá-lo em dado momento.
Não inventamos praticamente nada, pois de alguma forma, tudo já foi pensado ou escrito por alguém antes de nós.
Mas cada um compreende a idéia de uma forma e o uso dela também é pessoal.
Mesmo as psicografias, escritas de irmãos já desencarnados, através de médiuns - pessoas capazes de escrever o que aqueles vão lhes ditando - passam pela mente destes intermediários e de alguma forma não seriam exatamente as mesmas, se fossem ditadas através de outros seres.
Enfim, isto me ocorreu assim de repente e achei que devia escrever para que pudéssemos pensar juntos na importância de nos expressarmos com mais honestidade, pois somos responsáveis pelo que dizemos.
Nada que falamos ou escrevemos deixa de ecoar no infinito!
Que pelo menos sejam expressões do que realmente acreditamos e que possam de alguma forma melhorar o mundo, já tão violentado pelas ideias negativas, derrotistas, que levam a todos nós uma sensação de estarmos num planeta que não dá certo e que jamais vai ser feliz.
Se a verdade e a honestidade norteassem o nosso viver, seria muito mais fácil nos relacionarmos.
Gastamos muita energia nos escondendo, fingindo ser quem não somos e procurando agradar aos outros, fazendo um papel triste e mal desempenhado, deixando a nossa autoestima diminuir mais e mais, vivendo um personagem clonado e que perde sua maior razão de existir - o fato de ser um espécime único.
Estar com alguém que é sincero é tão reconfortante!
É como pisar num chão firme que não vai nos derrubar a qualquer momento.
Falar o que sentimos, mesmo que às vezes tenhamos que nos calar, para não ofender, é o caminho mais fácil para estar consciente e em paz consigo mesmo.
Um baile de máscaras pode ser bonito e interessante por algumas horas, mas não deixa jamais de ser assustador.
Imagine viver sempre entre pessoas que trapaceiam em cada ato, que dizem o que acham que o outro gostaria de ouvir, que sorriem com os lábios, mas não com o coração, que mentem achando que estão certos e acabam acreditando nas próprias mentiras...
Onde está a verdade no que é noticiado?
Na fala de uma pessoa, o que existe de verdadeiro?
"Se não fores como criancinhas, não entrareis no reino dos céus", ensinou o Mestre Jesus.
Crianças em sua inteireza, em sua real pureza, que vivem no presente, que sentem cada instante com todo o seu Ser, que se entregam à Vida com sinceridade e honestidade.
Simplesmente assim...
E se sentem em paz com elas mesmas, por isto estão vivendo no Céu.
Estamos infelizmente assistindo a um festival de descalabros, de estórias nojentas de pessoas que mentem e fazem de suas vidas um teatro de absurdos.
Elas estão nos mostrando como é feia, vazia, destorcida, a vida que estão escolhendo.
Precisamos de mais provas de que a mentira e a trapaça não dão certo?
Se a "volta" desses atos ainda não chegou, certamente está a caminho...
Pois Ação e Reação é lei cósmica e jamais deixará de agir, em todo este Universo infinito.


Maria Cristina Tanajura

Existem coisas dentro de cada um de nós muito maiores do que imaginamos.
Ilumine a sua vida com a chama da fé, que ela o manterá seguro e flexível.
Tudo na vida tem limite, mas ser flexível é um princípio de grande evolução, por meio do qual podemos nos harmonizar com todos os obstáculos e oposições, mudando a cada instante os nossos elementos de aprimoramento.
Com a flexibilidade, damos passos importantes rumo aos nossos sonhos, ao nosso sucesso.
Nada no mundo resiste a uma pessoa absolutamente inflexível.
Existe um ditado chinês que diz: "A água é o elemento mais poderoso, pois é perfeitamente flexível.
Não opondo resistência, pode arrebentar uma rocha e arrastar tudo o que estiver a sua frente".
O mal que aparece dentro de nós, na verdade, está fora de nossa alma.
Ele aparece somente em nossa mente, onde o acomodamos.
Em nossa verdadeira alma não há espaço para maldades, porém, em nosso estado de pensamento, em nosso estado carnal e ilusório, acreditamos nas doenças, nos fracassos e na pobreza.
Se ficarmos doentes é porque um dia, em algum momento, pensamos na doença.
Se somos pobres é porque não pensamos na riqueza que poderíamos conquistar.
Se somos ricos é porque não pensamos em ser pobres.
Buda provou que tudo é proveniente da mente e dos pensamentos.
Então, você pergunta: Por que uma criança fica doente?
A resposta é: "uma criança possui grande sensibilidade e receptividade aos pensamentos dos que as rodeiam, e muitas vezes expressam os temores até mesmo dos próprios pais".
Muitas vezes, as próprias mães atraem, inconscientemente, algum tipo de doença para seus filhos por alimentar, frequentemente, pensamentos de medo a respeito deles ao estarem, a todo o momento, observando se apresentam algum sintoma de doença.
Tudo o que pensamos, tudo o que afirmamos por medo cria uma porta de entrada para os males que vêm incomodar, de alguma forma, o nosso estado de equilíbrio e a nossa paz interior.
Se centralizarmos e firmarmos nosso pensamento em um bom caminho, se enviarmos energias de bondade e felicidade para o próximo, e não tivermos medo, nunca seremos atacados ou influenciados pelos pensamentos negativos dos outros, pois essa é a lei do retorno.
A resistência pode ser confundida com a intolerância e neste estado ela é para nós, seres humanos, um verdadeiro inferno, pois nos coloca numa posição de constante tormento.
Ser resistente não significa ser dono da verdade, porém, a intolerância não nos permite ceder a outras vontades, a outros ensinamentos, a outras pessoas que vêm nos mostrar um novo caminho, uma nova ideia.
Ser resistente é saber reconhecer as diferenças e nelas se moldar de forma que aos poucos um vai se equilibrando no outro.
Em determinado momento, vamos perceber que tanto a nossa ideia como a do outro estão unidas e caminhando em uma só estrada, em um só objetivo.
Assim, o sucesso é inevitável.
Devemos ter em mente a constante afirmação: Cada pessoa é um elo áureo da cadeia do bem, pois todos os seres possuem a chama divina em manifestação, portanto, cada atitude tomada por mim será para servir ao plano divino da evolução do ser humano.
Só podemos adquirir uma ideia justa se estivermos em estado de equilíbrio e flexível.
A flexibilidade e o equilíbrio são de grande valor.
Podem curar doenças e mudar o nosso rumo, a nossa vida para melhor.
Não faz muito tempo, eu, procurando um apartamento, fiquei encantado com um que fui visitar.
Quando pensava que estava tudo certo, o dono não quis mais se desfazer do imóvel.
Na hora foi um choque, porém, eu consigo me desfazer de um choque em 30 segundos e logo sou tomado por um pensamento de que alguma coisa melhor está por vir.
Falei para um amigo o acontecido e ele me deu o telefone de uma corretora, mas ela estava no carro, saindo da cidade para descansar.
Mesmo assim, não deixou de me atender, fornecendo-me o número do telefone de sua irmã.
Entrei em contato e, no dia seguinte, bem cedo, fui ao seu encontro visitar um apartamento que dizia perfeito para as minhas pretensões.
Eu percebi logo que, apesar de ter ficado encantado com o primeiro, ele não preenchia as minhas necessidades.
Em nenhum momento, fiquei aborrecido com a desistência do proprietário que não levou à frente a negociação.
Acredito sempre que devemos respeitar as mudanças e ser flexível com as situações que a vida nos coloca.
Um pensamento positivo poderá mudar o traçado da nossa vida.
Muitos casos se perdem a nosso favor por causa da precipitação e da ansiedade, que, na verdade, não fazem mais do que atrasar e dificultar o sopro dos bons ventos e da energia vinda do universo.
É somente quando o mar está calmo que podemos atracar o navio no porto.
Ou seja, somente estaremos prontos para achar o caminho certo se estivermos em profundo equilíbrio.
Sendo assim, devemos ser flexíveis a todo instante, pois tudo muda a nosso favor.
A fé que possuímos, aliada à nossa disposição à flexibilidade e aos nossos pensamentos positivos nos levam ao caminho da compreensão e da bondade.
Viver no passado é uma opção que nos leva à ruína, pois assim estaremos desobedecendo as leis divinas do crescimento espiritual e material.
Seja flexivelmente resistente e aproveite o que a vida tem de melhor a te oferecer.
A vida é um espelho que reflete o que pensamos de nós e do próximo.


Bernadino Nilton Nascimento
 
quinta-feira, 24 de maio de 2012

O contrário do amor não é o ódio e, sim, o egoísmo.
É o ego que nos faz sentir ódio, raiva, inveja, orgulho, vaidade, soberba, gula, insatisfação, luxúria, avareza, medo e preguiça.
Ao lado de todos esses vícios emocionais, o ego também criou qualidades admiráveis, tais como: responsabilidade, organização, criatividade, liderança, empreendedorismo, coragem, alegria, disposição, intelectualidade, flexibilidade, compaixão, bondade, amorosidade, etc.
E quem é o "ego", esse vilão que ora tem atitudes diabólicas e vitimescas e que, em outras circunstâncias, é um verdadeiro santinho ou herói?
O ego é a forma que uma pessoa "arranjou" para se relacionar com o mundo, com os outros, consigo próprio e até com Deus.
Em outras palavras: é a forma de ser, de agir, pensar, falar e crer.
A esse conjunto, a Psicologia dá o nome de "personalidade".
A personalidade vai se formando na primeira infância, de acordo com as experiências de vida no meio familiar, social, religioso, e ainda sofre a influência das cargas emocionais dos nossos antepassados.
Até os sete anos de idade, já estará formada a estrutura básica da personalidade de um indivíduo.
O mal está em nós, adultos, desconhecemos que ficamos presos num ego que se formou justamente na fase do "egocentrismo", ou seja, naquela fase em que a criança quer tudo para si, inclusive, ser o centro das atenções.
Identificamo-nos de tal forma com essa maneira de ser, que passamos a crer que "somos assim" e que não há a menor possibilidade de mudanças.
Ficamos velhos na idade e na aparência, adquirimos conhecimentos, porém, nunca nos lembramos de que, o tempo todo, estamos a serviço da criança que permaneceu no nosso interior e a quem buscamos satisfazer as necessidades.
Todo ser humano tem necessidade de pertencer a um grupo, a uma família da qual espera receber amor, carinho, respeito, cuidados para poder sobreviver e crescer.
Mas, a esse natural desejo de "pertencer", mescla-se uma outra ambição, doentia, que consiste na supervalorização do próprio "eu".
Por um estranho mecanismo de auto-sugestão, tendemos a agigantar a nossa imagem.
Tiramos dela os defeitos e acrescentamos virtudes; supervalorizamos os aspectos positivos e minimizamos os negativos.
Dizem que "o maior negócio do mundo seria comprar os homens pelo que realmente valem, e vendê-los pelo que julgam que valem".
Com frequência, o egoísta não se revela de uma forma direta, mas através de um comportamento duplo.
É como se tivesse duas balanças: uma para julgar a si mesmo e outra para julgar o próximo.
Defendemos com acurada exatidão os nossos direitos e queremos que os outros, quanto aos seus, sejam muito condescendentes.
Queixamo-nos facilmente de tudo e não queremos que ninguém se queixe de nós.
Os benefícios que fazemos ao próximo sempre nos parecem "muitos", mas reputamos em "nada" os que os outros nos fazem.
Resumindo, temos dois corações: um - doce, caridoso e complacente - para tudo o que nos diz respeito; e outro - duro, severo e rigoroso - para com o próximo.
Em todas as manifestações do ego, não encontramos a verdadeira expressão do amor maduro, mas apenas a sua forma incipiente.
O amor imaturo, egoísta, fala assim: "Amo-te porque me tornas feliz".
Nesse caso, o "outro" é tido como o objeto responsável pela sua felicidade.
Já o amor amadurecido se expressa de modo diferente: "Sou feliz porque te amo".
Finalmente, após essas considerações, caro leitor, se você usa de dois pesos e duas medidas, abra os olhos, é hora de mudar, senão... você vai acabar ficando sozinho!!!
Afirmo veementemente que é possível mudar sim, que é possível dominar o nosso ego.
Para tanto, faz-se necessário reconhecer quais são os nossos vícios emocionais e aceitar que realmente os temos.
Olhar para si mesmo e compreender que é a criança interna que nos governa, é dar um grande passo no sentido do autoconhecimento.
E o desenvolvimento pessoal só será possível a partir do momento que você se desidentificar do seu ego, a partir do momento que você deixar de ser egoísta.

Vera Bassoi / Sóciologa

Algumas vezes o egoísmo aparece tão disfarçado que mal o percebemos agindo em nós e achamos que sofremos de algum outro mal.
Explico melhor, sabe quando ficamos compulsivamente pensando sobre algo que nos feriu?
Ou quando estamos em crise de ciúmes e não conseguimos tirar nosso foco disso?
Ou quando vivemos uma ansiedade gigante para que tudo esteja do jeito que queremos?
Ou quando somos cortantes na forma de falar porque estamos apressados, atrasados?
Ou quando achamos que os outros estão sempre querendo nos trair, ferir, machucar?
Pois é, nessas horas é difícil enxergar o que há de verdade por trás desses aborrecimentos.
Pensamos que pode ser a baixa autoestima a causar esses dissabores, ou ainda que alguém é culpado de nosso sofrimento.
Ou que é só uma questão da mente que funciona como se tivesse vida própria: obsessivamente, de forma controladora ou criando medos.
Mas se olharmos mais de perto, poderemos observar que a autoestima está sofrendo por conta de algo maior, e que ela foi diminuída, rebaixada, por conta da nascente do problema: o egoísmo.
Estranho, não é?
Porém, real.
A causa desses males é o egoísmo e a baixa autoestima é apenas o sintoma, bem como os medos e a mente compulsiva.
Autoestima é subproduto de um somatório de atitudes internas e é impossível criá-la a partir só do fortalecimento da autoimagem, ou de se buscar ser mais autoconfiante, ou tentando apenas fortalecer a mente que andava obsessiva.
Cuidar assim de si mesmo é como usar um band-aid para tratar ferimentos profundos porque estamos focados só nos sintomas, na parte superficial da questão.
A autoestima é dinâmica e assentada sobre pilares que permitem seu aparecimento e a sustentam.
Dr. Nathaniel Branden, em seu livro "Autoestima e os seus seis pilares" ensina que os pilares da autoestima são: viver conscientemente; autoaceitação; auto-responsabilidade; auto- afirmação; intencionalidade e integridade pessoal, e tendo como sua base o amor.
Caso todos os pilares da autoestima não sejam trabalhados igualmente, não há força que a sustente.
Ao ficarmos, por exemplo, muito focados apenas em nossa autoimagem, o que é muito comum hoje em dia, passamos a dar valor demais "a nós mesmos", às nossas vontades, desejos, queres, tornamo-nos ego centrados, ou em outras palavras "egoístas" e por não termos como suprir todas essas vontades, surgem mágoas, raivas, tristezas, decepções, muitas vezes transferidas para outras pessoas a quem julgamos culpados de nossos sofreres. Uma roda de amargura está assim instalada.
Dar excesso de importância a si mesmo fere a base amorosa da autoestima bem como o princípio da integridade pessoal (descrito pelo Dr. Nathaniel Branden em seu livro), e esse é o princípio da ética para consigo e para com outro.
Toda vez que sentimos que nossa vida é mais importante e melhor, ou mais valiosa que a de outra pessoa, entramos nesse círculo vicioso de criação e manutenção de uma autoestima rebaixada.
A pessoa com autoestima elevada tem sinais bem claros e aparentes: é bem-humorada, humilde, amorosa, altruísta, benevolente, tranquila, serena, mente aberta e flexível, adaptável, capacidade de se auto-afirmar com beleza, sem prepotência ou arrogância, costuma ser democrática, cuida de sua aparência sem excessos, reflete sobre sua vida sem obsessões ou compulsões.
Aquele que tem autoestima elevada costuma dar o devido valor a si e às suas ideias sem menosprezar o valor dos outros ou ideias alheias.
Mantém sua mente e seus ouvidos abertos aos outros. Seu tempo tem valor, bem como o tempo do outro.
Não vive em função apenas de si. Sabe que toda vida tem sua importância na Terra e, portanto, já compreendeu que servir é a chave de seu bem-estar.
E a ciência comprova: fazer o bem faz bem!
Segundo estudos do Prof. Dr. Jorge Moll Neto, PhD e pesquisador do Instituto Nacional de Saúde dos EUA.
Ao praticarmos o bem desinteressadamente, ativamos partes dos nossos cérebros associados ao prazer e à capacidade de estabelecer laços de amor e amizade, gerando um bem-estar duradouro que é um grande aliado nos tratamentos antidepressivos, da ansiedade ou do estresse. Bem como na prevenção desses males.
Como terapeuta floral, tenho sugerido o uso de essências florais que estimulem a abertura para a sensibilidade amorosa para com o outro, especialmente para os ansiosos, para os que têm mentes compulsivas ou obsessivas, para os que nutrem ciúmes e que apresentam crises de baixa autoestima associadas à depressão ou não.
Bem como sugerido, como parte do tratamento, ações beneficentes e altruístas, num estímulo real ao bem-estar.
Dr. Edward Bach, já sabia disso nos idos de 1930 quando criou as primeiras essências florais, pois afirmava que nossos males reais originam-se do mal que causamos aos outros ou a nós mesmos, e de nossa falta de comprometimento com nossas missões de alma.
Assim, criou algumas essências florais que nos ajudam a sair dessa prisão interior que é o egoísmo, a fim de estarmos alinhados com nossas missões de alma (que envolvem sempre o servir) além de criar a possibilidade de percebermos o "outro" amorosamente, legitimando sua existência, amando-o como a nós mesmo.
Outros sistemas de essências florais, como os Florais da Califórnia, o Filhas de Gaia, os Florais do Alaska, da Holanda, ou da Austrália, sensíveis a essa problemática, também criaram essências florais ou fórmulas de essências florais que cuidam dessa questão tão humana.
Viver o egoísmo é mais do que apenas não querer compartilhar o pão e o agasalho.
É viver em função só de sua própria vida, em busca de sua própria felicidade em detrimento do bem estar alheio.
É ter a vida mental como um cárcere que aprisiona os pensamentos que passam a girar em torno de si (olha só, aqui aparece claramente um dos sintomas da depressão), de suas necessidades e de seus afazeres.
É estar aprisionado pelo seu próprio bem estar e conforto pessoal, ou aficionado pelos mal estares (dores ou indisposições físicas, angustias, tristezas, decepções, inquietação).
É estar repetindo a toda hora histórias mentais e fantasias que declama para si mesmo.
É ter a si como o centro do universo e achar que se alguém esta triste ou feliz, zangado ou rindo é por sua causa.
O egoísmo nos aliena e faz com que enxerguemos o outro como inimigo pois o "outro" nos tira do conforto da ilusão de sermos o centro do universo e de nos olharmos narcisisticamente, obrigando-nos a sermos sensíveis ao que nos é alheio, agindo em função do seu bem-estar e não só do nosso.
Isso mexe com toda nossa estrutura de personalidade, deslocando o centro do ego para o amor, transportando-nos da infância emocional para a maturidade espiritual.
E é a partir daí que a vida começa a ter poesia, encanto e beleza de verdade, porque só vive em estado de graça quem ama!
Thais Accioly / Terapeuta Floral

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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