terça-feira, 2 de abril de 2013

Dia desses fui acompanhar uma amiga que estava procurando um apartamento para comprar.
Ela selecionou cinco imóveis para visitar, todos ainda ocupados por seus donos, e pediu que eu fosse com ela dar uma olhada.
Minha amiga, claro, estava interessada em avaliar o tamanho das peças, o estado de conservação do prédio, a orientação solar, a vizinhança.
Já eu, que estava ali de graça, fiquei observando o jeito que as pessoas moram.
Li em algum lugar que há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz.
O referido é verdade e dou fé.
Não existe um único objeto na minha casa que não me faça feliz, pelas mais variadas razões: ou porque esse objeto me lembra de uma viagem, ou porque foi um presente de uma pessoa bacana, ou porque está comigo desde muitos endereços atrás, ou porque me faz reviver o momento em que o comprei, ou simplesmente porque é algo divertido e descompromissado, sem qualquer função prática a não ser agradar aos olhos.
Essa regra não tem nada a ver com elitismo.
Pessoas riquíssimas podem viver em palácios totalmente impessoais, aristocráticos e maçantes com suas torneiras de ouro, quadros soturnos que valem fortunas e enfeites arrematados em leilões.
São locais classudos, sem dúvida, e que devem fazer seus monarcas felizes, mas eu não conseguiria morar num lugar em que eu não me sentisse à vontade para colocar os pés em cima da mesinha de centro.
A beleza de uma sala, de um quarto ou de uma cozinha não está no valor gasto para decorá-los, e sim na intenção do proprietário em dar a esses ambientes uma cara que traduza o espírito de quem ali vive.
E é isso que me espantou nas várias visitas que fizemos: a total falta de espírito festivo daqueles moradores.
Gente que se conforma em ter um sofá, duas poltronas, uma tevê e um arranjo medonho em cima da mesa, e não se fala mais nisso.
Onde é que estão os objetos que os fazem felizes?
Sei que a felicidade não exige isso, mas pra que ser tão franciscano?
Um estímulo visual torna o ambiente mais vivo e aconchegante, e isso pode existir em cabanas no meio do mato e em casinhas de pescadores que, aliás, transpiram mais felicidade do que muito apê cinco estrelas.
Mas grande parte das pessoas não está interessada em se informar e em investir na beleza das coisas simples.
E quando tentam, erram feio, reproduzindo em suas casas aquele estilo showroom de megaloja que só vende móveis laqueados e forrados com produtos sintéticos, tudo metido a chique, o suprassumo da falta de gosto.
Onde o toque da natureza?
Madeira, plantas, flores, tecidos crus e, principalmente, onde o bom humor?
Como ser feliz numa casa que se leva a sério?
Não me recrimine, estou apenas passando adiante o que li: pra onde quer que se olhe, é preciso alguma coisa que nos deixe feliz.
Se você está na sua casa agora, consegue ter seu prazer despertado pelo que lhe cerca?
Ou sua casa é um cativeiro com o conforto necessário e fim?
Minha amiga ainda não encontrou seu novo lar, mas segue procurando, só que agora está visitando, de preferência, imóveis já desabitados, vazios, onde ela possa avaliar não só o tamanho das peças, a orientação solar, o estado geral de conservação, mas também o potencial de alegria que os ex-moradores não souberam explorar.
 
Martha Medeiros
 
Houve um tempo que eu detestava roupas amarelas.
O que não deixava de ser estranho, uma vez que essa cor tem uma energia que combina com meu estado de espírito.
Mas me fechei para o amarelo de uma forma ranzinza e implicante, e nesse fechamento creio que enclausurei uma parte importante de mim que passou a fazer falta.
A parte em que deixo de imitar a mim mesma a fim de permitir que eu me surpreenda.
Explico: durante a vida a gente vai assimilando ideias, cultivando gostos, estabelecendo maneiras de ser, até que vira um ser humano aparentemente acabado: sou desse jeito, prefiro isso, não suporto aquilo, minha turma é essa, daqui não saio.
Instalamo-nos numa bolha confortável e já temos as respostas prontas para quem vier bater à nossa porta.
Na hora de enfrentar as demandas do dia a dia, nada mais simples: é só imitar aquela criatura com a qual nos habituamos.
Já temos o manual de instruções decorado.
Sou desse jeito, prefiro isso, não suporto aquilo etc, etc.
Até que chega um momento em que você se dá conta de que parece um boneco em que deram corda e que vive repetindo as mesmas frases, os mesmos gestos, sem nenhuma reflexão a respeito.
Está há anos imitando a si mesmo, pois é fácil e rápido, um modelo pra lá de conhecido.
No entanto, você tem uma reserva de imaginação, ainda sem uso, que deve ser acionada para o que, às vezes, se faz necessário: rasgar o manual e escrever uma nova história a partir do zero.
Pois então estava eu, caminhando por uma calçada, de bobeira, quando passei por uma vitrine e vi um desses manequins sem rosto vestindo um casaco colorido, uma calça jeans e uma bota amarela.
Meu olhar de Cyborg (ninguém foi criança impunemente) focalizou a bota, deu-lhe ampliação e fez com que ela se destacasse do conjunto.
Eu não enxergava mais nada, só aquela bota amarela.
E, como num transe, entrei na loja, pedi meu número e provei a bota, sem ter a mínima ideia onde, quando e com que coragem a usaria um dia.
Eu simplesmente saquei meu cartão de crédito e comprei a metáfora da vida que eu pretendia levar dali por diante.
Se não usá-la, poderei colocá-la numa prateleira da parede para que ela me lembre de que não precisamos ter uma cor preferida, que nossas convicções podem ser reavaliadas sem prejuízo à nossa imagem, que o que a gente gostava antes não precisa ser aniquilado em detrimento de nossos novos e frívolos amores, que ninguém perderá sua essência só porque resolveu variar de personagem.
Insistir nas próprias convicções é um perigo.
A certeza nem sempre é amiga da sanidade.
Se eu fosse uma fashionista, ninguém estranharia, mas não sendo, há quem vá me achar meio maluca desfilando de bota amarela por aí.
Não importa.
Ela estará me conduzindo justamente ao saudável mundo do desapego de nossas crenças.
 
Martha Medeiros  

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
 
Com certeza que quem bisbilhota e se intromete na vida do outro teria que querer bem e ajudar esse próximo.
Muito poucos, porém, estão comprometidos com uma verdadeira relação de amor e compaixão para com seus semelhantes.
Na verdade, quando desejam saber, o intuito subterrâneo sempre fica por conta de se ter alguma notícia com alguma novidade sobre o fulano para que a mesma seja julgada por um critério de valores contaminado pela inveja crônica.
Infelizmente, poucas são as pessoas que, de verdade, torcem para que o seu próximo alcance a tal da felicidade.
E por que é tão difícil deixar de se ter inveja no pior sentido da palavra?
"Simplesmente porque o que é invejado no outro, via de regra, sempre é a expressão exata da não realização dos desejos mais profundos e que não se consegue bancar.
Saber, portanto, o quanto o outro ousa existir mais livremente é insuportável".
E a solução?
"Tomemos como resposta o desafio de conseguir olhar para as profundezas de si mesmo.
O desafio de desarmar-se a ponto de poder entrar em contato com toda a realidade dos sentimentos ativados na hora em que se quer saber da vida do outro.
Ser humilde e maduro o suficiente para se autoenfrentar e, por fim, ter coragem para se assumir".
E qual seria a finalidade de tudo isso?
Para que e por que parar de bisbilhotar a vida do outro?
"Para que o essencial da alma possa ser libertado de todas as limitações que o aprisionam impedindo a sua evolução".
Como proceder para evoluir?
"Toda essa empreitada tem destrinchamento trabalhoso sendo que o sucesso exige seriedade de propósito somado à atenção incorruptível.
O progresso genuíno dependerá também da disponibilidade de ser amoroso consigo próprio, ao mesmo tempo em que sincero e disponível a tudo o que for encontrado e resgatado dentro de si.
É um verdadeiro serviço de reavaliação pessoal em que a alavanca para o êxito está diretamente ligada à abertura de espaço para se receber luz nos conteúdos interiores mal resolvidos (aspectos da sombra), normalmente, projetados no outro.
E esse outro obscuramente costuma ser o pior, o que a pessoa mais odeia em si mesma, o que não consegue dar conta e, paradoxalmente, é que o mais deseja, o que sente falta.
Um dos maiores desafios que existem é o de se entregar a si mesmo.
Render-se às próprias fraquezas e entrar em contato lúcido com tudo o que muito se almeja e que é difícil de se exteriorizar.
Certamente que não é tarefa fácil.
Complexo também é transformar valores preconceituosos que apenas servem para represar a alma e a energia vital.
Bisbilhotar e invejar a vida do outro reduz a capacidade de ser criativo, pois a vida, para este tipo de indivíduo, acontece apenas pela janela afora.
Limita o ser humano a um sistema robótico que bloqueia tanto sua energia emocional como a vital.
Transformando-o em mero robô que nem ao menos sabe o quanto facilmente é monitorado.
O perigo está na morte em vida, mas há opção e poder de escolha, sempre há.
Ou se fica do lado de dentro da janela, vendo a vida passar lá fora, maldizendo e criticando tudo o que se bisbilhota da vida do outro que está andando livremente pela rua, ou decide-se bancar a si próprio e sair para o mundo.
Se você estiver nessa situação e resolver sair, saia, mas não pela janela e, sim, pela porta da frente, de peito aberto e de cabeça erguida para poder se experimentar e apenas ser.
Admitir que tem se ocupado de bisbilhotar e invejar a vida do outro não é tarefa fácil, mas va
le a sua vida mudar esse padrão, se tem sido este o seu comportamento.
Lembre-se, é você quem escolhe.
Relacionar-se consigo mesmo e ver as próprias limitações é penoso, mas ao mesmo tempo libertador.
Você pode mudar seu padrão optando por ser responsável apenas por sua vida e finalmente sentir-se livre e, por que não dizer, feliz!
Pare de sabotar a sua alegria, sendo digno de sua existência.
 
Silvia Malamud

 
Você já percebeu como este hábito negativo está enraizado no comportamento humano?
Não há quem não critique os outros.
Basta alguém fazer alguma coisa diferente do esperado que já saímos comentando, achando falhas, questionando, como se tudo tivesse que respeitar uma regra maluca, que pode mudar de acordo com o nosso ponto de vista atual. 
Muito triste esse hábito.
Totalmente egoico e sem sentido.
Digo sem sentido porque parte do princípio que temos o direito de entrar na vida alheia, não apenas com nossos olhos, mas com nosso julgamento.
E, se por acaso, estivermos de mal humor, no momento em que olhamos algo que nos desagrade, aí então, o mundo está perdido, porque vamos mesmo falar muito mal daquilo que está à nossa volta.
E isso é um vício.
Quanto mais criticamos, parece que mais direito temos de falar mal dos outros.
Mas, afinal, por que fazemos isso? 
Percebo que algumas pessoas simplesmente aprenderam essa forma de agir, e se deixam levar pelo hábito, sem se questionar.
Simplesmente, seguem a vida sem se auto-observarem.
Na maioria das vezes, essas são as mesmas que reclamam de solidão, que não têm amigos sinceros, que sofrem porque nunca encontraram ninguém que realmente as aceitasse.
Tem também aquelas pessoas que apesar de terem aberto um pouquinho mais o horizonte, continuam seguindo os hábitos da família.
Falam mal, criticam, acham feio tudo aquilo que é diferente da sua criação.
Buscam a zona de conforto do mundo conhecido, buscam amigos semelhantes, repetem atividades desenvolvidas pelos pais, mantêm-se em negócios da família, gostando ou não das atividades que desenvolvem.
Às vezes, essas pessoas ficam tristes, depressivas e não percebem que têm vontade de mudar, de fazer coisas diferentes. 
Aliás, é muito comum ter medo do novo, repudiar o desconhecido e criticar as coisas diferentes, o que inclui criticar pessoas, hábitos e até culturas fora dos seus padrões.
Lembro que quando fui à Índia pela primeira vez estranhei aquele lugar, as pessoas, o cheiro, as imagens, roupas, modo de se comportar.
Foi uma verdadeira overdose de emoções.
Acho que foi tão intenso o mergulho naquele mundo diferente que quebrei todos meus paradigmas de uma vez só, o que foi muito bom.
Porque se quisesse manter o meu jeitinho de viver por lá, teria enfrentado um milhão de frustrações.
Teria perdido lindas oportunidades de conhecer pessoas, experimentar sabores e até ver as paisagens, pois, com certeza, meus olhos tiveram que aceitar a pobreza, lugares sujos, pessoas estranhas, para apreciar o contexto.
Voltei dessa primeira viagem muito mais leve, compreendendo melhor minha própria história, porque esse negócio de fazer críticas, emitir julgamentos, pode ser ainda pior quando a gente volta a atenção para si mesmo. 
Percebi que quando as pessoas são muito críticas consigo mesmas, acabam abortando suas ideias, sufocando sonhos e não se dando a liberdade de errar.
Querem ser perfeitas porque imaginam que o mundo à sua volta, está prestando atenção nos seus passos, medindo suas atitudes, achando defeitos em tudo o que fazem.
De novo, o ego mostrando sua tirania, tentando proteger aquele que se julga um fraco, um ser cheio de erros.
Algo que remete à criação, a complexos de inferioridade, falta de amor e um tiranismo sem precedentes. 
Mas será que não temos escolha?
Que nascemos assim e temos que morrer assim?
Ao contrário, acho que todos nós temos que nos convidar a transformar comportamentos negativos.
Penso que precisamos nos observar, não como juízes implacáveis de nossos comportamentos, mas como pais e mães amorosos de nós mesmos.
Porque, pelo amor de Deus, chega de colocar a culpa em nossos pais! 
Acho que a maioria de nós, que já caminhamos um pouquinho na senda espiritual, sabe que precisamos nos libertar da nossa criação, esquecer as dores da infância, compreender aqueles que nos criaram, e que podem ter errado conosco.
Erros que certamente já lhes fez mal o suficiente.
Um mal que não devemos perpetuar.
Não é?
Assim, amigo leitor, sugiro que nos tratemos com mais amor e atenção. 
Veja bem que não sou favorável à indulgência, no sentido de deixar as coisas como estão, ou fazer vista grossa para os defeitos para ser mais feliz.
Até porque não acredito nesse tipo de atitude, pois não vamos conseguir fechar os olhos para tudo o que está errado e nos perturba.
Mas podemos ir mudando, pouco a pouco, a forma que olhamos o mundo e as pessoas.
Podemos não nos permitir irritar com as coisas que nos desagradam.
Podemos, inclusive, prestar atenção no nosso estado de humor antes de soltar um comentário frio, desagradável sobre alguém. 
Acho que se não temos nada positivo a falar, ou se nossa fala não vai mudar em nada os fatos, devemos sim nos questionar antes de soltar o verbo.
A reforma começa dentro de nós.
Você já pensou que muitas coisas lhe escapa?
Já parou para pensar que por trás de um sorriso, ou de uma lágrima, pode ter algum outro sentimento ou emoção que você nem imagina? 
Precisamos deixar de ser tão pretensiosos imaginando que sabemos o que o outro está pensando.
Sinto que se nos permitirmos observar mais, erraremos menos.
Mas observar com amor, com coração aberto, colocando-nos no lugar do outro.
Fazendo o divino jogo da empatia.
Porque se não nos colocarmos no lugar do outro, jamais poderemos pedir que alguém nos compreenda, ou sinta um verdadeiro afeto por nós.
Se não sentimos quem é o outro como podemos esperar que ele sinta quem nós somos? 
Criticar somente nos afasta das pessoas.
Olhar as coisas negativas e achar os erros é fácil; difícil é, mesmo vendo as falhas, achar a beleza.
 
Maria Silvia Orlavas
domingo, 3 de fevereiro de 2013
 
Que todo mundo tem defeitos, creio que não restem dúvidas.
Teoricamente, já nos sabemos imperfeitos.
Porém, no exercício da vida, parece que, muitas vezes, insistimos em nos achar 'sempre certos' ou nos exigir nada menos que a perfeição.
O resultado?
Frustrações e confusões na certa!
Penso que o maior problema esteja no fato de não nos aceitar diante dos enganos e das limitações.
De não nos acolher.
De tentarmos negar o próprio erro.
Ou ainda de culpar o outro pelo que sentimos e não gostamos de sentir e pelo que fazemos, mas não gostamos dos resultados.
Daí, tentamos os atalhos.
Damos desculpas.
Inventamos razões de mentira!
A quem estamos tentando enganar?
Acreditamos que ao outro, mas enganamos a nós mesmos.
E adiamos as soluções.
Prorrogamos as mudanças tão necessárias.
Deixamos escapar as lições e as oportunidades de, enfim, compreender e aprender.
Desperdiçamos tempo e vida.
E tem gente que insiste nesta dinâmica durante a maior parte de sua história!
Não tem jeito: jamais acertaremos todas.
Impossível saber sempre.
E ao menos nesta dimensão, neste planeta, nesta condição, somos uma combinação exclusiva de muitos tons.
Luz e sombra.
Bondade e intolerância.
Amor e desesperança.
Coragem e medo.
Sim, talvez e não.
Quase tudo e quase nada.
E no mais, incontáveis possibilidades que preenchem o espaço infinito entre um extremo e outro.
Assim sendo, o segredo é autorizar-se, no sentindo de ser o autor e permitir-se sê-lo.
E ser por inteiro.
É aproveitar o que não funciona para descobrir o que funciona.
É responsabilizar-se, admitir-se.
É questionar-se: onde eu tenho errado?
Quais têm sido minhas limitações e dificuldades?
Porque quando a gente se conhece, fica muito mais fácil se reconhecer nas situações, nos sentimentos, nas escolhas e nas relações.
Fica muito mais fácil assumir o que é nosso e abrir mão do que é do outro.
Sem culpas nem apegos, mas com responsabilidade, dignidade e alteridade.
Uma boa maneira de descobrir o que é seu: esteja atento ao que te incomoda!
Isso é seu!
Se incomoda é porque faz eco dentro de você.
Se não faz eco, aí sim não tem nada a ver com você!
Não é seu!
Mas o problema - ou o começo da solução - é quando faz!
É aí que está a oportunidade, a chance, o aprendizado.
O outro é muito simpático e, por isso, você se sente enciumado e inseguro?
Não, não é só por isso!
Talvez isso contribua para vir à tona seu ciúme e sua insegurança, mas esses sentimentos já eram seus, já estavam aí.
São de sua responsabilidade.
O trânsito ou o modo como o outro dirige faz com que você se sinta irritado e impaciente?
Não, não é só por isso!
Claro que ninguém gosta de esperar ou se atrasar, mas se sentir irritado toda vez que se vê no trânsito, mesmo já sabendo que o trânsito é inevitável - tem muito mais a ver com a sua incompetência para lidar com as frustrações e com sua ansiedade do que com os fatos em si.
Como muito bem afirmou Goethe: "A alegria não está nas coisas. Está em nós!".
É isso, simples assim: sempre está em nós e não no outro!
Portanto, de nada adianta apostar no que está fora.
É preciso investir e lapidar o que está dentro.
Falou o que não devia?
Fez bobagem?
Errou feio?
Comportou-se de forma impulsiva e inadequada diante de um determinado sentimento?
Pergunte-se insistentemente: "de que outra maneira eu poderia ter resolvido essa situação?".
E ouça a sua voz interior.
Ela sabe!
Você sabe!
Você tem a resposta certa, a sua resposta certa!
Anote esta resposta, se for preciso para lembrar-se dela.
Escreva uma nova forma de viver, de ser e de amar.
E acredite: enquanto continuar apostando que a culpa é do outro, nada poderá ser diferente.
Ao contrário, quando assumir que você é responsável pelo que é... aí, meu querido, ninguém mais pode te impedir!
O céu é o limite para sua felicidade!
Rosana Braga
 
O casamento é um momento muito especial na vida de todos aqueles que se amam e que tomam a decisão de se unirem para criar uma família, ele é o início da realização de um sonho a dois.
As pessoas que se amam querem estar juntas, compartilhando todos os momentos das suas vidas, manifestando assim a base do Amor Divino aqui na Terra.
Nos seus corações apaixonados, essas almas almejam estarem juntas por toda a eternidade e, como nos contos de fadas, serem "felizes para sempre", não é mesmo?
Gostaríamos de lembrar, porém, que para a felicidade ser alcançada em um casamento, é necessário além de uma amizade verdadeira, muita tolerância, cumplicidade, compreensão e, acima de tudo, respeito.
O casamento é mais do que um compromisso firmado no papel ou um ritual religioso.
Na verdade, ele é um desafio diário, um aprendizado constante.
Além das pessoas precisarem superar seus próprios conflitos e limites, elas necessitam encontrar o equilíbrio no relacionamento para que a vida em conjunto seja harmoniosa e feliz.
Bem, para que isso se realize, existem algumas dicas de boa convivência que servem não só para um casal, mas também para qualquer tipo de relacionamento, seja afetivo ou de trabalho.
Existem coisas básicas que de certa maneira foram sendo esquecidas e que gostaríamos de lembrar e resgatar...
Primeiro, é preciso entender que como filhos e filhas de Deus, cada pessoa tem no seu interior, a centelha do Amor Divino e, portanto, tem a capacidade de superar qualquer desafio que a vida possa lhe oferecer.
É necessário acreditar que, em princípio, cada pessoa de uma forma ou de outra, quer acertar nas suas decisões, por isso, é essencial confiar na capacidade de resolução e realização de cada um, na sua inteligencia e boa vontade.
Uma coisa básica é ter sempre um diálogo amoroso e verdadeiro, aceitando o outro com as suas características, respeitando o seu ponto de vista e a sua maneira de encarar a vida...
É importante aprender a ouvir o outro sempre com o coração aberto, com a consciência e a humildade de que cada um de nós é um aprendiz e que as diferenças que possam existir, na verdade, devem ser somadas para que o resultado seja a complementação dos envolvidos.
E quando alguma situação difícil se apresentar na vida de um casal, é bom lembrar dos momentos bons que passaram juntos, colocando acima de tudo o Amor que um sente pelo outro.
Não se pode esquecer nunca que o Amor verdadeiro é uma força incomparável que tem o poder de superar qualquer prova, qualquer problema.
É importante entender também que cada um precisa fazer a sua parte para que a paz e a harmonia prevaleçam; portanto, cada um deve se colocar no lugar do outro sem julgamentos ou condenações, procurando ser sempre gentil, paciente, compreensivo e compassivo.
Outra coisa muito importante em um casamento ou relacionamento é não se esquecer de manter o foco no objetivo comum, a Unidade da família.
Isso significa que muitas vezes precisarão se esquecer dos seus próprios desejos e projetos em benefício do círculo familiar.
É preciso aprender a ceder, entender que nem o casamento e nem a vida são competições onde as pessoas precisam mostrar quem é o melhor, mas, sim, aprender a conviver uns com os outros, colocando sempre em prática o Amor fraterno, focando sempre o bem comum.
Lembrem-se de que é preciso ter como guia a certeza de que o Amor verdadeiro é doação plena e incondicional...
Na verdade, quem ama não espera retorno, gratificação ou reconhecimento, mas, sim, a felicidade da pessoa amada.
E, finalmente, não podemos esquecer nunca de que existe uma Força Maior, Deus que a tudo governa e que trabalha incessantemente para que os seus filhos e filhas sejam felizes.
Devemos ter em mente que a criação divina é perfeita e que tudo na vida tem o único propósito de nos despertar para a Luz, e Luz é Entendimento, União, Paz e Amor...
Como já dissemos em um texto anterior:
"A aceitação consciente de que o outro é Luz faz com que automaticamente ao irradiarmos Luz para ele, através de ressonância, ele irradie Luz para nós também.
Precisamos compreender que o Amor que nos comanda, mesmo que sejamos inconscientes disso ainda, atua sempre de forma evolutiva, e que todas as relações humanas têm um propósito: a consolidação do Amor em todos os níveis".
Que Sinceras e Amorosas Relações sejam estabelecidas definitivamente entre todos nós e que todos os seres sejam felizes!
Namastê,

Márian
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Como estamos no começo do ano, seria muito útil repensar como foi 2012 e criar um 2013 melhor.
Eu acredito que nunca devemos nos contentar em ficar na mesma, algo deve mudar.
E se algo deve mudar a reflexão deve começar com você mesmo, a partir das suas atitudes e escolhas.
Para começar a pensar em um 2013 diferente, sugiro que reserve pelo menos uns 20 minutos para esse exercício.
Pegue uma folha de papel, coloque na horizontal e escreva no topo 2012.
Faça um T na folha e em cada espaço escreva:
- O que fiz e devo continuar fazendo
- O que fiz e não deveria mais fazer
- O que deixei de fazer e devo persistir em 2013
Faça uma lista de coisas para cada um desses espaços no T e, em seguida, releia os itens.
Particularmente, sugiro que depois de escrever todos os itens, retome o exercício no dia seguinte, revisando tudo que escreveu.
Essa releitura dará um panorama geral de como foi seu ano anterior, das coisas importantes, das circunstâncias, das metas que podem ajudar 2013.
Essa folha deveria ser anexada na sua agenda do próximo ano para que você tenha contato com as coisas que quer e as que precisam ser deixadas de lado.
Em outra folha ou no verso da mesma folha, pense nas coisas que gostaria de realizar em 2013.
Coisas realmente viáveis e que possam começar e terminar no próximo ano (para facilitar o processo de planejamento).
Depois de listar, faça um X nas metas que proporcionam simultaneamente à sua vida mais equilíbrio (bem estar, saúde, relacionamentos, etc) e resultados (finanças, carreira, bens, etc).
Das que tiverem o X marcado, selecione apenas 2 e descreva pelo menos 10 ações práticas que te ajudarão a executar esse objetivo.
Quando planejo meu ano, eu gosto de escrever uma carta, fechar e deixar para abrir no meio do ano.
Não tenho nenhuma pesquisa sobre isso, mas eu adoro ler aquilo que planejei e ver o que andou.
Você pode tirar uma cópia dessas folhas e colocar na carta, pois a original deve ficar sempre com você.
Experimente fazer e compartilhe os resultados.
Só não vale deixar a vida correr frouxa, ou repetir 2012, pois isso se torna um hábito e quando você reparar está com 80 anos e reclamando das coisas que deixou de fazer.
O tempo passa rápido para quem não controla as coisas que faz na vida!
Um excelente 2013!
Extraido da Revista Você S/A

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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