domingo, 19 de outubro de 2008
Todas as palavras têm sentido!
Podem estar abandonadas, atiradas para uma qualquer folha de papel, guardadas a um canto, fazendo parte de um conjunto com outras tantas, sejam lá as condições ou situações as palavras têm sempre sentido.
E elas nos fazem ser, fazer, sentir e viver.Ser o que sempre desejamos e muitas vezes não conseguimos.
Fazer o contrário da nossa vontade.
Sentir o que nunca desejamos mas com o que sempre sonhamos.
Viver todas as contradições que a vida, com as suas palavras com sentido, nos oferece.
A procura de um tema nem sempre é tarefa fácil, sobretudo aquele que nos possa dizer algo, que nos encaminhe para novos horizontes e nos faça gozar um prazer ainda desconhecido.
Mas talvez seja nessa dificuldade, por vezes tremendamente inglória luta contra a folha de papel em branco, ou então o ecran irritantemente brilhante, que reside o fascinio destas coisas da escrita, na procura permanente do desconhecido, quantas vezes irrelializável.
Como o amor, em que que todos correm, incansáveis, à procura do que apenas se encontra muito para além da imaginação.
É a loucura sempre desejada e renovada.
A mulher e o homem se encontram, se abrem e dão partida para a descoberta de cada um.
O diálogo que nasce, expontâneo, sem nada dizerem, descobrindo o prazer de um silêncio a dois.
O beijo trocado, em cada dia diferente, bocas procurando recantos ignorados.
As mãos, tremendo, em busca constante.
Os corpos se unindo, ávidos, partindo a galope por prados inexplorados.
E o tema que não surge.
Nem desaparece esta irritante brancura do papel, ou o brilho do ecran vazio, desafiante e divertida com esta angústia de nada encontrar.
Eu sempre vou continuar tentando.
Desconheco a Autoria
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