quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

 
Chegamos ao final de mais um ano de nossas vidas
Tivemos momentos de alegria, felicidades e obstáculos superados.
Agora chegou a hora de nos confraternizar e ficar na expectativa de mais um ano com esperança de grandes realizações.
Que neste Natal você encontre Jesus no abraço de um amigo, lembrando-se dos tantos que só têm a solidão como companheira.
Que você encontre Jesus na bênção de sua mesa farta e no aconchego de sua família, lembrando-se daqueles que mal se alimentam do pão e sequer têm um lar.
Que você o encontre não apenas no presente que troca, mas principalmente na vida que ele lhe deu como presente.
Que você se lembre de agradecer por ser uma pessoa privilegiada em meio a um mundo tão contraditório.
Que você encontre Jesus a meia noite do dia 31 e sinta o mistério grandioso da vida, que renasce junto com cada ano.
Então festeje o prazer de cada conquista e o aprendizado de cada derrota.
Festeje pelo bem que foi capaz de fazer e pelo mal que foi capaz de superar.
Festeje por estar aqui.
Festeje a esperança no ano que se inicia no amanhã.
Festeje a vida.
Abra os braços do coração para receber os sonhos e expectativas do ano novo e tenham todos um feliz natal e um ano Novo repleto de alegrias. 
Estes sao os sinceros votos de Pela Voz do Coracao á todos os seguidores , amigos e os que passam por aqui .  
Beijos carinhosos ,  
Glauria
domingo, 4 de dezembro de 2011
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.
Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.
Carlos Drumond de Andrade

Delicadeza: esta é a palavra que expressa um sentimento cada vez mais difícil de se encontrar.
Todos nós já passamos muitos dias, ou semanas inteiras, sem receber nenhum gesto de carinho do próximo – são períodos difíceis, quando o calor humano desaparece, e a vida se resume a um árduo esforço de sobrevivência.
Nos momentos em que o fogo alheio não aquece nossa alma, devemos examinar nossa própria lareira.
Devemos colocar mais lenha, e tentar iluminar a sala escura em que nossa vida se transformou.
Se somos capazes de amar, também seremos capazes de receber amor: é apenas questão de tempo.
E para isso, mais que nunca, é preciso lembrar-se da palavra esquecida – delicadeza.
Paulo Coelho
sábado, 3 de dezembro de 2011

Muitos de nós já estivemos diante do inevitável pensamento de se vingar.
Isso acontece com todos, invariavelmente.
Mas o que há de verdadeiro por trás desse sentimento?
Primeiro, precisamos entender o significado de se sentir enganado ou traído.
Os que mais têm esse impulso são os que se doam ou se jogam num relacionamento seja amoroso, profissional ou de amizade, sem se preocuparem com limites.
É como num jogo.
Vou sufocar a pessoa de atenção, amor, confiança e se houver falha do outro, me ressentirei, me tornarei vítima e, em alguns casos, me vingarei.
Todo excessivo doador de si, no fundo quer ter o controle sobre o outro.
O outro, por sua vez, ou não consegue sair do “atencioso subjugo” ou parte para a agressão como forma de se libertar (muito comum entre pais e filhos, casais).
Mas, o que leva uma pessoa a viver esse papel de “excessivamente preocupado” com as necessidades dos outros?
Muitas vezes é por ter tido uma infância em que a cultura vigente era ser “bonzinho” ou “solidário” com as pessoas, pois poderia não ser aceito ou amado, caso não fosse.
Isso ainda é uma prática comum na educação dos filhos para mantê-los sob controle.
Com esse código do amor aprendido desde a infância, não é de se estranhar a quantidade de relacionamentos que caem por terra.
Os pais ensinam aos seus filhos uma equivocada forma de viver o amor.
Quando não é através da subserviência, o que traz uma baixa auto-estima constante, é através de jogos de sedução e manipulação aprendidos com a convivência familiar.
Existem também aqueles pais que superprotegem tanto os filhos que esses acabam se tornando adolescentes e adultos frágeis, vulneráveis e inseguros diante das escolhas naturais da vida.
E quanto mais amorosamente controladores forem esses pais, mais difícil ficará sair da cilada.
Muitos pacientes me relatam a dificuldade de dizerem aos pais o quanto aquela superproteção lhes causou dano, pois sentem-se culpados em reclamar, afinal foram criados por pessoas maravilhosas…
Normalmente, salvo algumas exceções, os adolescentes reagem com rebeldia para sairem desse jogo manipulador.
Começam a se comportar de forma diametralmente oposta ao que seria aprovado pela família, como uma maneira de afirmar sua independência como seres individualmente livres.
Seria um jeito de expulsar as imagens internalizadas de pai e mãe, tomando posse, em definitivo, de sua vida.
A rebeldia, guardadas as devidas proporções, pois cada caso é um caso, não deixa de ser um “grito de saúde e independência”.
Aqueles que não conseguem sair dessa malha, possivelmente seguirão esse manual do opressor e do oprimido e, quando não obtiverem o resultado aprendido, partirão para uma atitude vingativa, como se decepcionados ou traídos pelo que aprenderam.
A vingança nada mais é do que punir aquele que não se submeteu ao jogo de manipulação, seja esse jogo de uma forma carinhosa ou autoritária.
Precisamos compreender que as pessoas desempenham os papéis que precisamos que elas desempenhem por nossa “contratação” e que se nos causam decepção ou nos fazem sentir-se desamparados ou traídos é para nos mostrar o quanto estamos distantes de nós mesmos, dependendo a todo instante de sermos aprovados ou acolhidos pelo outro a fim de nos sentirmos amados.
Para acabar com esse sofrimento é necessário amar-se primeiro para não fazê-lo através de quem quer que seja, aí sim, estaremos prontos para interagir amorosamente com quem quisermos, sem jogos, sem ressentimentos e sem vingança.

Vera Ghimel
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O caminho mais curto para o coração de um homem passa pela mesa, dizem.
Mas esse é também o caminho mais curto para a separação, pois, freqüentemente, as coisas costumam ser o contrário do que dizem.
A compreensão e a tolerância são qualidades que os homens apreciam na esposa e que contribuem para a estabilidade de um casamento – certo?
Em termos.
De quantos casos você já ouviu falar de homens charmosos, casados com mulheres de péssimo gênio, que por qualquer bobagem rodam a baiana – e eles ali, na rédea curta, sem nem olhar para o lado?
Outra qualidade muito bem conceituada é estar sempre de bom humor – certo?
Errado.
Se você prestar atenção vai perceber que a bem-humorada é assim da porta da casa para fora; quando estão só os dois, ela bota as unhinhas de fora e vira uma autoritária daquelas de filme.
Aliás, cuidado com as mulheres dóceis.
Assim que encontram um homem distraído, elas descontam em cima dele a falsa docilidade que tiveram pela vida toda.
Mas, voltando aos caminhos: um que leva qualquer casal à delegacia é quando a nora fica amiga demais da sogra. Não há homem que tolere, sogra e nora nasceram para brigar eternamente como cão e gato, para que a vida siga seu curso normal e os casais possam viver felizes para sempre.
Outra coisa intolerável: ser, para os filhos do primeiro casamento do marido, uma segunda mãe.
As crianças vão odiá-la e acabar jogando na sua cara a famosa frase “Você não é minha mãe”, o que é verdade.
Aquela idéia de virar uma cozinheira de mão cheia também é perigosa: quanto mais se pensa em panelas, menos se pensa em outras coisas – aquelas.
Cheiro de tempero é ótimo, mas tem sua hora e sobretudo seu lugar – de preferência, num excelente restaurante em Paris.
Se o seu namorado é um intelectual, cuidado para não virar uma também, pois as pessoas amam seus contrastes.
Quem não se lembra do filme ANJO AZUL, com Marlene Dietrich, em que um velho professor fica louco pela cantora de cabaré?
Quanto mais intelectual, mais vidrado nas moças que saem na PLAYBOY – e há quem jure que a mais completa coleção da revista se encontra na Academia Brasileira de Letras.
É claro que se deve, no fundo da alma, ter todas as boas qualidades que aprendemos em criança, mas não é preciso demonstrá-las.
Seus pensamentos não podem ser revelados, suas virtudes não devem ser demonstradas, e quem quiser ter sossego não tem de achar nada, nunca, sobre nada.
Como você sabe – ou um dia vai saber –, muitas vezes a vida é exatamente o contrário do que se pensa.
As supostas vítimas são os verdadeiros algozes, as pessoas que vivem às gargalhadas são geralmente as mais deprimidas, os piores quase sempre são bem recompensados e quem cobiça a mulher do próximo geralmente se dá bem.
Conclusão: nunca acredite no que ouve, nem mesmo em frases consagradas como:
“Não basta à mulher de César ser honesta – é preciso parecer honesta”.
Na vida real, vale o contrário: você pode – e até deve – ser honesta, mas parecer, jamais.
Os homens adoram viver perigosamente; por isso, para fazer seu marido feliz, deixe que ele pense que a qualquer hora pode perdê-la.
Assim a vida fica mais vibrante, cheia de fortes emoções, e é isso que todas nós queremos.
Danuza Leão

Analisando a nossa história, podemos perceber que os escapes envolvendo a não adaptação humana às ditaduras sociais vigentes, sempre foram um problema para a vetoração de todos os sistemas que regulam os mais diversos tipos de construções psíquicas da consciência.

Num determinado tempo, não muito distante, enchiam-se as naus com supostos doentes mentais, deixados no mar a deriva até que todos morressem.
O motivo deste feito, afora as crenças elucidativas da época, era o simples fato destes não serem capazes de se formatarem de acordo com as tendências imperativas sócio/políticas da época.
Menos distante ainda no tempo, temos a terrível história da dizimação de diversos tipos de minorias, invocada, por exemplo, pelo olhar ariano do nazismo.
A lei da Terra sempre foi a da unificação pela massificação consciencial, fazendo com que poucos detenham o poder sobre muitos.
Dentro deste canal de observação, podemos concluir que as nossas verdades são absolutamente mutáveis, que dependem dos objetivos vigorantes na época e que, para a grande maioria, estas verdades constituem um forte elo de referência e significância interna.
Podemos assim verificar o quanto o ser humano funciona por intermédio de verdades construídas...
Sabemos, porém, que por trás das verdades construídas até hoje, existe um algo não palpável e subjetivo que engloba os nossos mais profundos aspectos de manifestação.
Muitos preferiram enquadrar estes aspectos com referências nas nossas origens biológicas, porém, nós sabemos que somos e estamos além de qualquer visão organicista.
Num olhar mais aprofundado perceberemos que as verdades que nos modelaram podem não ser totalmente eficientes.
Sempre aparecerão as falhas dentro dos esquemas propostos, por mais herméticos que pareçam ser.
Existe um algo por de trás destas formatações, um algo que quer se experimentar com autonomia.
Um algo que necessita deste tipo de construção que o mundo oferece, mas só até certo ponto.
Sempre existiu e sempre existirão os escapes dentro de qualquer formatação.
Sempre existe um algo ou talvez aspectos do nosso self total que não se encaixa devidamente com a teoria proposta.
É a partir desta realidade que abrimos espaço para a compreensão do ser humano de um modo mais abrangente e particular do que estamos acostumados a ler ou a ouvir.
Existem muitas nuances de manifestação que, apesar de estarem sabiamente descritas nos livros, não são compreendidas em sua totalidade.
Sintomas e possíveis causas sobre desconfortos emocionais e/ou má adaptação dentro do que se espera como normalidade, são amplamente descritos, mas infelizmente um entendimento mais profundo e eficiente sobre questões tão delicadas como estas ainda fica no campo da especulação.
Nunca existiu uma verdade absoluta sobre a origem do que hoje se chama desequilíbrio psíquico/emocional.
O que se costuma ver são as pessoas que sofrem perderem mais e mais sua autonomia pessoal tentando de modo ineficaz buscar a suposta salvação modelando-se a algum tipo de estrutura que pode ser até uma religião ou mesmo alguma seita mística repleta de promessas, mas que não faz nenhum sentido para elas (e o pior é que muitos sequer percebem esse fato).
As questões estruturais de personalidade, normalmente são vistas como barreiras intransponíveis e, portanto, imutáveis.
Existem um self, um ego e um universo além, todos residindo simultaneamente no nosso aqui.
Todos estes aspectos estão pedindo passagem para que possam se manifestar, para que possam crescer com maestria dentro de um todo unificado mediante a presença de um Eu lúcido.
- Busque uma terapia que efetivamente traga aspectos impensáveis seus à tona e vise fortalecer-se a ponto de realmente se bancar no que faz sentido.
Saiba o que te faz sentido.
- Faça a sua jornada aqui na terra ter sentido, conheça-se, encontre os seus valores e transforme-se no que realmente é. Seja lúcido.
- VIVA O PRAZER DE EXISTIR, aposte em você, invista no seu autoconhecimento.
Quando você se ganha nas suas verdades, você pode até mudar com o tempo, mas uma coisa é certa, você nunca mais se perde.

Silvia Malamud - Psicóloga

Mudanças nos ensinam que nada é permanente.
Incitam-nos a crescer e nos capacitam a lidar com as adversidades da vida.
Por mais terríveis e dramáticas que realmente possam ser, se bem trabalhadas, podem ajudar no autoconhecimento, promovendo o fortalecimento do Eu real.
Uma possibilidade de saber quem se é no íntimo, do que se deseja como objetivo de vida, quando o passado não mais é possível de retornar.
Mudanças de vida, na maioria das vezes, são de difícil assimilação; nossa personalidade repentinamente se vê empurrada para viver o impensável.
A emergência e a rapidez desses tipos de dinâmica costumam dificultar o acesso imediato aos recursos naturais que nos garantem sobrevivência de modo equilibrado, afinal, adaptar-se ao novo sempre exige tempo para processar.
Por outro lado, abre-se oportunidade para se pôr em ação habilidades nunca antes acordadas.
Mudanças e rupturas no estilo de vida usual quebram a nossa onipotência em achar que estamos no controle de tudo.
Absolutamente ninguém está isento de entrar em contato com o inesperado, com o inexorável, com frustrações.
Um dos exemplos mais clássicos e muitas vezes traumáticos fica naqueles que se vêem obrigados a mudar de escola, cidade, emprego ou mesmo de país.
Nestes é comum o surgimento de resistências emocionais, onde protagonistas vêem-se em dificuldades de iniciar novos contatos que certamente os fariam crescer.
Mudanças sempre trazem inovações, novas idéias, novos ideais.
Ter isso em mente é o início para aventurar-se no novo e desconhecido momento.
Abrir-se para novas possibilidades de modo positivo e buscar surpreender-se, com a mente aberta para o inusitado, abre espaço para que a nossas habilidades se desenvolvam na maestria.
Em muitos casos, há receio e medo de se afastar das pessoas queridas, mesmo que seja impossível o retorno das mesmas.
É possível, porém, driblar a saudade tendo novos laços de amizade ainda que cultivando antigos, apesar da distância, quando este for o caso.
Quando se muda de cidade, de escola ou mesmo de país, passamos por um distanciamento concreto das pessoas que amamos, das pessoas que estamos acostumados a conviver.
Mas, nos dias de hoje, parece que o mundo literalmente encolheu.
Em instantes, podemos ver as pessoas que amamos pela tela de um computador e mesmo saber de tudo o que se passa com os outros, por conta das redes sociais.
Fazer uso destes aparatos tem efeito contundente no abrandamento da dor da ausência.
A vida real, porém, ocorre fora das telas do computador.
Saber mesclar os momentos de saudade refrescados pelos contatos virtuais com os novos, de fora da tela, ajuda os sentimentos a ficarem no tamanho certo e na medida adequada, abrindo espaço para um desenvolvimento de vida saudável.
O que fazer nos primeiros dias pós-mudança, quando a tristeza e a angústia são mais intensos?
Como aliviar essas sensações tão ruins?
Olhar para fora literalmente e ver a natureza, entrar em contato com a respiração.
Intencione sentir-se vivo nas coisas que lhe dão prazer.
Se estiver num local de sol, sinta intensamente o calor do sol, a brisa, o frio ou calor.
Busque sentir-se integrado à atmosfera do lugar para começar.
Caminhe pelos órgãos dos sentidos e acolha as recordações sem rejeitar e sem ficar por tempo demasiado nelas.
Acolher porque se o direito de sentir saudades, tristeza e angústia, mas não se deixar levar por isso para que estes sentimentos não disparem o estado de melancolia.
Nos momentos mais difíceis, fazer esforço consciente para conectar-se com o que proporciona prazer concreto.
Evitar ter pena de si mesmo pela situação imposta, pois que esse tipo de sentimento será seu pior inimigo e só o levara para baixo.
Sempre existe a oportunidade de conhecer pessoas e vivenciar situações novas nunca experimentadas anteriormente.
Fazer um esforço consciente para sair de dentro de si apreciando a realidade presente.
Dificuldades em superar as mudanças podem acontecer com qualquer pessoa, em qualquer época da vida.
Isso é plenamente humano e às vezes, dependendo da situação, transcender estes momentos, não é nada fácil.
Se, porém, os dias vão passando e mesmo com todo esforço, a tristeza e a saudade tomam conta, se este cinza fica dentro de modo insuportável, é hora de buscar ajuda externa.
Um processo terapêutico de auxílio sempre é bem-vindo e pode ajudar a transformar para muito melhor a percepção de tudo o que envolve a mudança.
Desde fatores emocionais que não estão claros e que podem ser totalmente resolvidos, como ansiedade frente ao presente e ao futuro.
Existe uma terapia que se chama EMDR e que é eficientíssima, inclusive nestes casos.
Se a mudança de algum modo foi traumática, a abordagem do EMDR faz como e a pessoa tirasse uma foto (mentalmente) da imagem, do momento mais perturbador que signifique a mudança, por exemplo, e a partir daí essa metodologia que trabalha com movimentos bilaterais, entre outras coisas e do protocolo, esta faz com que a pessoa reprocesse absolutamente todo o conteúdo emocional que a deixa triste e com dificuldades de transcender este difícil momento.
O interessante dessa abordagem é que no momento do reprocessamento, quando se escolhe uma experiência perturbadora, todas as situações da vida da pessoa que têm ligação e que de algum modo contribuíram para esse tipo de situação surgem como algo holográfico, sem tempo, porém atual na questão, visando a promoção do bem-estar emocional.
Funcionamos assim, está no nosso DNA, somos fadados à cura.
Veja: se você se corta, seu organismo visa recuperar os tecidos, visa a autocura, no psiquismo; se bem direcionadas, questões que não deram conta de serem reprocessadas com total eficiência, também têm a oportunidade de terem uma nova saudável resolução, o EMDR promove este espaço.
Dor e tristeza em excesso pela mudança são aspectos de um suposto cenário que contém todo um histórico de situações emocionais mal resolvidas e que foram disparadas pelo fator mudança.
O EMDR pode ir pela imagem que ocasionou o sintoma caminhando até as origens, reprocessando todo conteúdo emocional até transformar o mal-estar do presente, aliviando crenças negativas que invadem um futuro incerto.
Ao reprocessar contextos internos, a realidade externa efetivamente pode ser vista e redesenhada com todo o colorido que merece.


Silvia Malumud - Psicóloga


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Estava lendo o novo livro do Paulo Hecker Filho, Fidelidades, onde, numa de suas prosas poéticas, ele conta que, antigamente, deixava bilhetes, livros e quindins na portaria do prédio do Mario Quintana: “Para estar ao lado sem pesar com a presença”.
Há outras histórias e poemas interessantes no livro, mas me detive nesta frase porque o não pesar os outros com nossa presença é um raro estalo de sensibilidade.
Para a maioria das pessoas, isso que chamo de um raro estalo de sensibilidade tem outro nome: frescura.
Afinal, todo mundo gosta de carinho, todo mundo quer ser visitado, ninguém pesa com sua presença num mundo já tão individualista e solitário.
Ah, pesa.
Até mesmo uma relação íntima exige certos cuidados.
Eu bato na porta antes de entrar no quarto das minhas filhas e na de meu próprio quarto, se sei que está ocupado.
Eu pergunto para minha mãe se ela está livre antes de prosseguir com uma conversa por telefone. não faço visitas inesperadas a ninguém, a não ser em caso de urgência, mas até minhas urgências tive a sorte de que fossem delicadas.
Pessoas não ficam sentadas em seus sofás aguardando a chegada do Messias, o que dirá a do vizinho.
Pessoas estão jantando.
Estão preocupadas.
Pessoas estão com o seu blusão preferido, aquele meio sujo e rasgado, que elas só usam quando ninguém está vendo.
Pessoas estão chorando.
Pessoas estão assistindo a seu programa de tevê favorito.
Pessoas estão se amando.
Avise que está a caminho.
Frescura, jura?
Então tá, frescura, que seja.
Adoro e-mails justamente porque são sempre bem-vindos, e posso retribuí-los sabendo que nada interromperei do lado de lá.
Sem falar que encurtam o caminho para a intimidade.
Dizemos pelo computador coisas que face a face seriam mais trabalhosas.
Por não ser ao vivo, perde o caráter afetivo?
Nem se discute que o encontro é sagrado.
Mas é possível estar ao lado de quem a gente gosta por outros meios.
Quando leio um livro indicado por uma amiga, fico mais próxima dela.
Quando mando flores, vou junto com o cartão.
Já visitei um pequeno lugarejo só para sentir o impacto que uma pessoa querida havia sentido, anos antes.
Também é estar junto.
Sendo assim, bilhetes, e-mails, livros e quindins na portaria não é distância: é só um outro tipo de abraço.
 Martha Medeiros

Amigos que sufocam não são verdadeiros amigos, mas sim, praticantes de obsessões psicológicas sobre a outra ponta da amizade, ou seja, oprimem os seus bons amigos.
De forma bem simples e, com base nas questões das relações humanas, podemos dizer que temos conhecidos, colegas, amigos etc.
Entretanto, algumas pessoas, de forma consciente ou inconsciente, invadem terrenos que não são delas, tudo em nome da famosa frase:
“Amigos são para todas as horas”.
Carências, desajustes, sentimentos de rejeição, solidão, insatisfações ou imaturidades, refletem o quanto há pessoas problemáticas e como se apóiam erradamente nas amizades para tentar se entender ou, no mínimo, viver em uma falsa harmonia.
Nossos amigos até poderiam ser nossas muletas, jamais as nossas pernas.
A questão da amizade transita paralelamente às questões sentimentais, ou seja, quem ama respeita, confia e compartilha.
Nas amizades não deveria ser diferente.
Nos inúmeros comportamentos exibidos pelos maus amigos, temos aqueles que cobram a nossa presença, que dão broncas quando nos ausentamos e que morrem de ódio quando nos vêem felizes com outros amigos ou com outras pessoas.
Bate aquela sensação acompanhada da certeza doentia de que estão sendo trocados e que não merecem tal traição; então atacam ou ofendem.
Tudo em nome de uma grande amizade.
As verdadeiras e grandes amizades são construídas pelas afinidades que nascem naturalmente em uma relação entre pessoas; não existem imposições ou competições. Verdadeiros amigos sabem renunciar e respeitar um afastamento se o momento assim se fizer necessário; sabem reconhecer que é um “momento” do outro amigo.
Amigos não brigam para serem amigos, simplesmente “são amigos”.
Doar e receber faz parte desse processo, é uma troca, é um vai e volta.
Infelizmente nem todos possuem a necessária maturidade para entender esse momento. Abusam do ato de somente querer receber, esgotam a fonte porque sugam desenfreada e desesperadamente o “outro”; atrevo-me a chamá-los de vampiros do ego alheio.
Na minha profissão, simplesmente cansei de presenciar amizades desfeitas; as pessoas enjoam dos sugadores crônicos.
Sei que muitos defenderão a idéia de que são pessoas com problemas e que merecem sempre uma nova chance – “Coitadinho... ele é carente!”; se há problemas psicológicos, que sejam tratados em esferas profissionais específicas, não “dentro” das amizades – amizades não são psicoterapias.
Uma amizade deve complementar aquilo que somos, e não, ser uma fuga de “nós mesmos”. Somente os maus amigos acusam o outro de não ser amigo, de não ter tempo para ele, de não querer ouvi-lo quando está extremamente atarefado; o mau amigo compete com tudo e com todos.
Na sua visão distorcida ele é o centro do mundo, ou melhor, do universo.
Quando são manipuladores, pior ainda, porque conseguem fazer o outro sentir-se culpado, ou seja, o bom amigo se sente como um péssimo amigo.
Jogam duro nas questões da chantagem... “Viu como você me deixou?
E ainda diz que é meu amigo!”
Para vocês, os bons amigos, caso queiram, podem continuar nessa relação sem sentido, ou então, podem tomar a difícil decisão de se afastarem e, caso aconteça, não se sintam covardes ou egoístas, mas sim, defensores da própria integridade psíquica, fato que os maus amigos nunca respeitaram.
Fernando Brasil da Silva - Psicoterapeuta e Consultor em RH
quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Quando um casal se separa, nenhum dos dois fica muito bem, claro; mas um sempre fica pior do que o outro.
O que tomou as rédeas da separação sabe, mesmo sofrendo, que do jeito que estava não era mais possível; sabe também que depois de algum tempo a vida vai ficar melhor.
A única coisa que atrapalha é saber que o outro está sofrendo.
Acontece com certa frequência que a separação tenha ocorrido porque apareceu outra pessoa, e nesse caso é preciso tomar todos os cuidados para não ferir quem foi deixado – não mais do que o necessário.
Mesmo sendo o sofrimento inevitável, não custa nada poupar quem, durante um tempo, fez parte da nossa vida.
Digamos que o personagem dessa história banal seja você, que se casou, um dia se apaixonou por outro, se separou e está pronta para ser feliz de novo.
Ótimo.
Mas, para manter certa elegância, é providencial guardar uma quarentena em relação a tudo o que diz respeito à nova vida sentimental que começa.
Passando da teoria à prática, vá na noite da primeira sexta-feira da nova solteirice para a casa do novo amado.
Vocês dois, tão felizes, peguem papel e lápis para fazer duas listas.
Da primeira farão parte os lugares aonde poderão ir nos próximos tempos; da segunda, aqueles onde não podem – não devem – aparecer sob hipótese alguma.
Detalhe: quarentena de amor dura 90 dias.
O novo casal deve fazer um pacto: já que houve troca de parceiro, devem continuar na linha da troca.
Ok, eles adoram um restaurante japonês, mas existem o da moda e os outros.
Ah, os outros não são tão bons?
Se o atum não é tão bem cortado, qual o problema?
Para quem está tão feliz, qual a importância de, por uns tempos, comer um pouquinho menos bem?
Por outro lado, nada mais simples do que pedir um sushi, o melhor da cidade, em casa.
Aliás, um sushi, uma feijoada, um acarajé, tudo hoje pode ser pedido por telefone, e melhor do que qualquer caviar é se espichar no sofá comendo pipoca feita no micro-ondas quando o amor é novo.
E se todos os filhos – os meus, os seus, os nossos – estiverem na mesma escola, manda a sensatez que os filhos do que quis a separação troquem de colégio.
Apenas uma tentativa para preservar as relações familiares.
Se quiserem dar aquela corrida básica, não há a menor necessidade de ir correr em Ipanema ou na Lagoa domingo de manhã, e encontrar todos os amigos – ou ex-amigos (muitos terão de ser trocados também).
Para quem quer mesmo se exercitar existem a Barra, a Floresta da Tijuca, as praias de Niterói, e se os novos namorados acham que é pouco, o Ibirapuera está ali mesmo, a 50 minutos de voo, em São Paulo.
Se a vida fosse como deveria ser, essa mulher que encontrou um homem que, tudo indica, vai fazê-la feliz deveria pensar às vezes no que deixou para trás.
No que está só, talvez se sentindo humilhado e sem nenhuma esperança – ainda – de voltar a se apaixonar.
Não, não é preciso pensar nele com muita frequência.
Basta, por uns tempos, evitar a exibição de sua nova felicidade – o que, aliás, não custa. Apenas uma questão de delicadeza.
Danuza Leão

Uma mulher tem muitas vidas e alguns maridos.
A primeira separação é sempre muito triste; aliás, todas são.
Costumam ser de três tipos: ou porque não deu – e se sofre muito; ou porque ele a largou por outra – e se sofre muito; ou porque você o largou por outro – e aí também se sofre muito.
A lição que recebi na vida foi: seja independente para nunca precisar financeiramente de marido – nem de ninguém – e para poder dizer não a hora que quiser, a quem quiser.
Grande lição, e cumprida à risca.
E você?
Passou uns dois anos sem saber se devia ou não se separar.
Afinal, não tinha razão grave para tomar essa decisão, mas, de uns tempos para cá, o casamento andava sem graça e estava claro que não era feliz.
Sabia que tinha que enfrentar a família, os filhos e o próprio, que ia levar o maior susto.
Tinha chegado a hora, e no dia em que ele saiu de casa pensou: “Ufa!”
A primeira providência que tomou foi mudar o segredo da fechadura: ex-maridos saem de casa, mas voltam e enfiam a chave na porta (para ver as crianças).
Agora é uma mulher livre.
Ainda vai enfrentar chantagens e baixarias quando chegar o capítulo separação dos bens, que inclui da tesourinha ao DVD, da cartela de Lexotan aos discos, essas coisas.
Ele é capaz de querer dividir até o faqueiro e a louça – afinal, vai ter que montar casa e foi você quem quis se separar.
Deixe.
Deixe levar o que bem entender para evitar a discussão que ele tanto quer.
Deixe pensando na delícia que vai ser morar sem nada e comprar tudo novo aos pouquinhos.
A próxima providência é trocar a cama.
A nova deve ser menor, mas não tão pequena que não caibam dois, você e o futuro namorado.
Quando o amor é novo, a gente gosta de dormir juntinho.
Por isso, 1,20 metro de largura é suficiente.
Encoste a nova cama na parede, como se fosse um sofá.
Quando seu ex vier buscar as crianças para o fim de semana e subir – eles sobem sempre –, vai achar que uma cama menor significa que você encerrou sua vida sexual; mal sabe ele.
Eles saem, e você se vê, depois de anos, inteiramente só.
E, por mais que ame os filhos, nada melhor do que às vezes passar um fim de semana sem eles.
O que faz uma mulher nessa hora?
Uma vodca, claro.
Espichada no sofá da sala, você se lembra de tudo pelo que passou para esse momento chegar e poder tomar quantas vodcas quiser, de calcinha e sutiã, ouvindo um CD.
Com ele não podia fazer isso, claro.

Danuza Leão
domingo, 31 de julho de 2011


Houve um tempo, crianças, em que a gente não falava de sexo como quem fala de um pedaço de torta.
Ninguém dizia Fulano comeu Beltrana, assim, com essa vulgaridade.
Nada disso.
Fulano tinha dormido com ela. Era este o verbo.
O que os dois tinham feito antes de dormir, ou ao acordar, ficava subentendido.
A informação era esta, dormiram juntos, ponto.
Mesmo que eles não tivessem pregado o olho nem por um instante.
Lembrei desta expressão ao assistir Encontros e Desencontros.
No filme, Bill Murray e Scarlett Johansson fazem o papel de dois americanos que hospedam-se no mesmo hotel em Tóquio e têm em comum a insônia e o estranhamento: estão perdidos no fuso horário, na cultura, no idioma, e precisando com urgência encontrar a si mesmos.
Cruzam-se no bar. Gostam-se. Ajudam-se.
E acabam dormindo juntos.
Dormindo mesmo. Zzzzzzzzzzz.
A cena mostra ambos deitados na mesma cama, vestidos, conversando, quando começam a apagar lentamente, vencidos pelo cansaço.
Antes de sucumbir ao mundo dos sonhos, ele ainda tem o impulso de tocar nela, que está ao seu lado, em posição fetal.
Pousa, então, a mão no pé dela, que está descalço.
E assim ficam os dois, de olhos fechados, capturados pelo sono, numa intimidade raramente mostrada no cinema.
Hoje, se você perguntar para qualquer pré-adolescente o que significa se divertir, ele dirá que é beijar muito.
Fazer campeonato de quem pega mais.
Beijar quatro, sete, treze.
Quebram o próprio recorde e voltam pra casa sentindo um vazio estúpido, porque continuam sem a menor idéia do que seja um encontro de verdade, reconhecer-se em outra pessoa, amar alguém instintivamente, sem planejamento.
Estão todos perdidos em Tóquio.
Intimidade é coisa rara e prescinde de instruções.
As revistas podem até fazer testes do tipo: “descubra se vocês são íntimos, marque um xis na resposta certa”, mas nem perca seu tempo, a intimidade não se presta a fórmulas, não está relacionada a tempo de convívio, é muito mais uma comunhão instantânea e inexplicável.
Intimidade é você se sentir tão à vontade com outra pessoa como se estivesse sozinho.
É não precisar contemporizar, atuar, seduzir.
É conseguir ir pra cama sem escovar os dentes, é esquecer de fechar as janelas, é compartilhar com alguém um estado de inconsciência.
Dormir juntos é muito mais íntimo que sexo.
Martha Medeiros

Há mulheres de todos os gêneros.
Histéricas, batalhadoras, frescas, profissionais, chatas, inteligentes, gostosas, parasitas, sensacionais.
Mulheres de origens diversas, de idades várias, mulheres de posses ou de grana curta. Mulheres de tudo quanto é jeito.
Mas se eu fosse homem prestaria atenção apenas num quesito: se a mulher é do tipo que puxa pra cima ou se é do tipo que empurra pra baixo.
Dizem que por trás de todo grande homem existe uma grande mulher.
Meia-verdade.
Ele pode ser grande estando sozinho também.
Mas com uma mulher xarope ele não vai chegar a lugar algum.
Mulher que puxa pra cima é mulher que aposta nas decisões do cara, que não fica telefonando pro escritório toda hora, que tem a profissão dela, que o apóia quando ele diz que vai pedir demissão por questões éticas e que confia que vai dar tudo certo.
Mulher que empurra pra baixo é a que põe minhoca na cabeça dele sobre os seus colegas, a que tem acessos de carência bem na hora que ele tem que entrar numa reunião, a que não avaliza nenhuma mudança que ele propõe, a que quer manter tudo como está.
Mulher que puxa pra cima é a que dá uns toques na hora de ele se vestir, a que não perturba com questões menores, a que incentiva o marido a procurar os amigos, a que separa matérias de revista que possam interessá-lo, a que indica livros, a que faz amor com vontade.
Mulher que empurra pra baixo é a que reclama do salário dele, a que não acredita que ele tenha taco pra assumir uma promoção, a que acha que viajar é despesa e não investimento, a que tem ciúmes da secretária.
Mulher que puxa pra cima é a que dá conselhos e não palpite, a que acompanha nas festas e nas roubadas, a que tem bom humor.
Mulher que empurra pra baixo é a que debocha dos defeitos dele em rodinhas de amigos e que não acredita que ele vá mais longe do que já foi.
Se por trás de todo grande homem existe uma grande mulher, então vale o inverso também: por trás de um pequeno homem talvez exista uma mulherzinha de nada.
Martha Medeiros


Pior do que a voz que cala,é um silêncio que fala.
Simples, rápido!
E quanta força!
Imediatamente me veio à cabeça situações em que o silêncio me disse verdades terríveis, pois você sabe, o silêncio não é dado a amenidades.
Um telefone mudo.
Um e-mail que não chega.
Um encontro onde nenhum dos dois abre a boca.
Silêncios que falam sobre desinteresse, esquecimento, recusas.
Quantas coisas são ditas na quietude,depois de uma discussão.
O perdão não vem, nem um beijo, nem uma gargalhada para acabar com o clima de tensão.
Só ele permanece imutável, o silêncio, a ante-sala do fim.
É mil vezes preferível uma voz que diga coisas que a gente não quer ouvir, pois ao menos as palavras que são ditas indicam uma tentativa de entendimento.
Cordas vocais em funcionamento articulam argumentos, expõem suas queixas, jogam limpo.
Já o silêncio arquiteta planos que não são compartilhados.
Quando nada é dito, nada fica combinado.
Quantas vezes, numa discussão histérica, ouvimos um dos dois gritar:
"Diz alguma coisa, mas não fica aí parado me olhando!"
É o silêncio de um, mandando más notícias para o desespero do outro.
É claro que há muitas situações em que o silêncio é bem-vindo.
Para um cara que trabalha com uma britadeira na rua, o silêncio é um bálsamo.
Para a professora de uma creche, o silêncio é um presente.
Para os seguranças de um show de rock, o silêncio é um sonho.
Mesmo no amor, quando a relação é sólida e madura, o silêncio a dois não incomoda, pois é o silêncio da paz.
O único silêncio que perturba, é aquele que fala.
E fala alto.
É quando ninguém bate à nossa porta, não há emails na caixa de entrada não há recados na secretária eletrônica e mesmo assim, você entende a mensagem .

Martha Medeiros

Acho uma pena que falar em coração tenha se tornado uma coisa tão antiga.
Mas o fato é que tornou-se.
Coração dilacerado, coração em pedaços, coração na mão…
Sentimos tudo isso, mas a verbalização soa piegas.
E, no entanto, estamos falando dele, do nosso órgão mais vital, do nosso armazenador de emoções, do mais forte opositor do cérebro, este sim, em fase de grande prestígio.
O que está em alta?
Inteligência, raciocínio, lógica, perspicácia!
Gostamos de pessoas que pensam rápido, que são coerentes, que evoluem, que fazem os outros rirem com suas ironias e comentários espertos.
Toda essa eficiência só corre risco de desandar quando entra em cena o inimigo número 1 do cérebro: o coração.
É o coração que faz com que uma super mulher independente derrame baldes de lágrimas por causa de uma discussão com o namorado.
É o coração que faz com que o empresário que precisa enxugar a folha de pagamento relute em demitir um pai de família.
É o coração que faz com que todos tremam seus queixinhos quando o Faustão põe no ar o quadro arquivo confidencial!
Eu gostaria que o coração fosse reabilitado, que a simples menção dessa palavra não sugerisse sentimentalismo barato, mas para isso é preciso tratá-lo com o mesmo respeito com que tratamos o cérebro, e com a mesma economia.
Se a expressão “beijo no coração” é considerada “over¿, voltemos a ser simples.
Mandemos beijos e abraços sem determinar onde; quem os receber, tratará de senti-los no local adequado.
 
Martha Medeiros

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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