terça-feira, 16 de dezembro de 2008


Quantas vezes nos vemos reclamando de que a pessoa que está ao nosso lado não nos entende como gostaríamos que nos entendesse?
Muitos de nós, em algum momento de nossas vidas, tivemos essa queixa.
Quando a pessoa que escolhemos para partilhar a nossa vida não consegue nos compreender, entrar no nosso íntimo, perceber como estamos nos sentindo, tendemos a culpá-la pela falta de sensibilidade ou a falta de esforço para entender o que estamos "querendo" dizer.
Nos esquecemos, no entanto, de nos perguntar se estamos realmente falando clara e abertamente sobre o que está nos incomodando.
Tentamos, uma infinidade de vezes, dialogar e jogamos para fora uma enxurrada de palavras em cima do outro na ânsia de que ele seja capaz de decifrar os nossos sentimentos mais íntimos. Dialogar é a palavra da moda!
Não nos damos conta de que dialogar é muito mais difícil do que imaginamos porque, esta palavra, impõe que sejamos sinceros, que tenhamos um discurso aberto e que, de fato, nos entreguemos ao outro.
Isso nos soa como se estivéssemos entrando numa armadilha.
Se nos deixarmos conhecer profundamente, com nossas qualidades e com nossos defeitos, isso pode, a qualquer momento, se transformar numa arma nas mãos do outro.
É exatamente aí que reside a dificuldade em dialogar com o outro, no medo de nos expor, de retirar as nossas armaduras, que são a nossa defesa.
Quando nos despimos delas, deixamos que o outro nos veja inteiros, como somos realmente, sem enfeites e a parte de nós que escondemos, que não amamos, também é oferecida a ele.
Isso nos deixa receosos de que o outro não nos aceite, não nos ame porque nós mesmos não conseguimos aceitar essa parte de nós.
Quando nos abrimos, estamos oferecendo ao outro a nossa parte mais sensível, a que dói mais, a que nos atinge da pior forma e esse medo é explicável.
Como tirar a roupa para uma outra pessoa se nem ao menos somos capazes de nos olhar no espelho por completo?
O que precisa estar na nossa mente é que quando nos entregamos assim, o outro começa a perceber o quanto de amor e confiança há nesse gesto e pode dividir esse medo conosco.
O amor cresce porque a partilha desse medo e dessa entrega propõe conhecimento e encontro, um encontro consigo mesmo, um encontro com o outro e um conhecimento individual e, ao mesmo tempo, mútuo.
Dialogar abertamente, despir-se com sinceridade, mesmo que isso nos leve somente a um passo adiante, a um mínimo conhecimento do outro e de nós mesmos, sempre terá valido a pena pois isso é um exercício para vencer as restrições, os medos e nos entregarmos para que possamos estar em sintonia com o outro e para que haja harmonia em nossa relação.
Todos somos capazes de dialogar, este é um dom que todos nós temos, basta somente disposição e muita vontade de acertar.
( Autor Desconhecido )

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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