domingo, 28 de junho de 2009
Vida não é ilusão!
Vivemos uma ditadura de felicidade, uma confusão generalizada entre sonho e ilusão.
Sonho é um desejo veemente.
Ilusão é o engano do sentido e da mente.
O psicólogo americano Steven Hayes, casado com a gaúcha Jacqueline Pistorello, também psicóloga, vira a mesa desse distúrbio moderno: ensinar as pessoas a se livrarem de pensamentos e sentimentos negativos.
Em seu novo livro ''Saia de Sua Mente e Entre em sua Vida'', Hayes diz que é preciso aceitar a dor e o sofrimento como parte da vida.
A verdade é que estamos criando uma geração de ''cascas finas''.
Uma juventude, crianças, sociedade que acredita que o mundo existe para satisfazê-los, e não para ser satisfeito.
Nas empresas existe uma onda ''moderna'' de que a paz, harmonia e a ''alegria'', o trabalhar pouco, o só fazer o que gosta é o que promove o crescimento e os lugares realmente prazeirosos para trabalhar.
O filho de um grande amigo meu foi despedido de uma importante empresa.
Ele veio reclamar que a razão era porque seu filho era muito alegre, feliz, sorridente, sempre de ''alto astral'', e que algumas empresas não toleram isso.
Como tinha relacionamentos naquela companhia fui investigar sutilmente.
Descobri a verdade: nada disso.
A razão do desligamento era a falta de concentração, de compromisso com o trabalho, de um comportamento imaturo e de permanente espírito ''rave''.
Entretanto o meu amigo saiu em defesa do filhão, continuando ''fora da real''.
Outro mito e rito atual é o de ficar pouco tempo nas empresas, girar e girar, trocando muito de posição.
Imagine só, se é difícil você conhecer os segredos e saber como se ganha dinheiro em qualquer atividade competitiva, mesmo com 10 anos de vivência, pense em alguém saltando daqui para ali a cada ano e meio!
Será , na melhor das hipóteses, um brilhante saltador de obstáculos, jamais um líder e consciente profissional.
Novamente, aos 24 anos fará pouca diferença, mas, a partir dos 34 sua falta de solidez e conteúdo o deixará com ''pernas de geléia'' ao modelo do pequeno Bambi.
Nos relacionamentos afetivos, cada vez mais superficiais, o ''ficar'', o alto ''turn-over'' de parceiros, o ''envolver-se para quê?'' é uma constante.
Então, ao invés de conhecermos profundamente outra pessoa, conhecemos superficialmente 100 pessoas: ilusão, só estamos entorpecidos, anestesiados e ''drogados'', brincando de pula-pula nas experiências da vida.
O problema não é você fazer isso aos 16 anos.
O real drama é continuar fazendo isso aos 66!Nas escolas a ordem é agradar ao aluno.
Um professor mais severo e determinado a ensinar com a dureza que forja líderes será bombardeado por pais e mães super-protetores.
Tudo terá como desculpa a evolução e a modernidade.
Outro dia minha filha Luciana de 8 anos veio reclamando da professora de alemão.
Disse que era uma senhora idosa e muito severa e brava.
Ela estava acostumada com outra doce e meiga.
E daí? perguntei.
Na vida existem doces, amargos, salgados, espinhudos, macios.
Cabe a cada um de nós exercitarmos nossas vivências para conviver com toda essa realidade externa.
Agora pense, disse para a pequena Luciana, se você não conseguir estudar e conquistar essa senhora de cabelos brancos, que está lá para ensinar você, como acredita que irá enfrentar uma verdadeira situação de agressão quando crescer?
A mesma coisa acontece com nosso sentido de beleza, de cidade, de país , de mundo e de vida.
Se você não é a Xuxa, procure ser Marlene Mattos e pare de reclamar.
Se você não gosta da sua cidade, do seu país, pergunte: o que eu faço para melhorar o meu lugar, organizar, contribuir, mudar o mundo lá fora, versus fugir para a Austrália, Fort Lauderdale ou a Patagônia, e terminar com os olhos cheios de lágrimas quando alguém menciona a palavra Brasil?
Tem gente que não aceita o mundo por não querer beijar a sua realidade.
Vive no planeta terra mas pensa estar em Marte.
Corre atrás de ET's quando os amores da vida presente lhes escapam ao sentimento e à mente. Não fuja do que você sente.
Não tente escapar das ''pegadinhas'' da vida, pois elas sempre existirão, enfrente-as.
Se os ''moleques'' não deixam você vender sorvetes, por que te roubam e te batem, faça como nosso novo campeão, o Sertão - pugilista: vai aprender boxe para não apanhar deles, e olha só, um dia fica famoso no mundo inteiro!
Porém, se o caminho for o da ilusão o da falsa felicidade, iluda-se como um monte de ladrões, roubando, entregando a vida e matando para pagar griffes, ouro no pescoço - e um dia , bem cedo, deixar sua cabeça cortada em vão.
A morte é certa e não vale a angústia do medo.
No mínimo depois da morte viveremos igualzinho ao que vivíamos antes de nascer... você não se lembra mais?
Felicidade é cair na real, não confundir sonho com ilusão e realizar duas coisas fundamentais: Conhecer o planeta terra , o mais fácil, e a si mesmo, o mais difícil.
Em síntese: existir, aprendendo velozmente com a existência.

( José Luiz Tejon)

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Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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