quinta-feira, 2 de julho de 2009

Há determinados momentos no caminho de uma pessoa em que ela se vê frente a uma destruição irreparável.
Algumas vezes está vinculada ao inesperado falecimento de um ente querido; em muitas outras, ao brusco término da relação com alguém especialmente amado.
O sentimento de perda é arrasador.
A impressão é de que a vida perdeu o sentido, a pessoa se sente como se estivesse morta ou morrendo.
Certamente alguma coisa lá dentro morreu.
Aquele outro se torna uma ausência, uma falta dolorosamente sentida.
Em períodos como esse, tenta-se – da maneira que for possível – sobreviver e manter a esperança de um futuro melhor.
A morte é triste e irreversível; mais dramático, porém, é o fim não desejado de uma história de amor.
Existe uma sensação de fracasso, de derrota e, na maioria das vezes, um vago sentimento de culpa que acompanha a inevitável pergunta: “onde foi que eu errei?”
E por vezes perdura a frustrante ilusão de um retorno que não acontece.
Lidar com os destroços de um amor encerrado pelo parceiro – muitas vezes sem que se saiba direito o que aconteceu e como – é uma tarefa penosa, tal qual tentar sobreviver a um naufrágio.
A sensação de que as emoções estão mortas dentro de si acompanha permanentemente a pessoa.
Quando o sentimento de culpa não impera, fica uma noção de impotência e uma idéia dolorosa de estar sendo vítima de uma injustiça: “fiz tudo direito, amei e me comportei bem, fui fiel, não merecia isso”, como se ser amado fosse merecimento.
Mas a vida ressurge.
Sempre.
Ela é mais forte do que a tristeza: supera o peso da dor e ergue-se impávida.
Em Nova Iorque, no Soho, na Wooster Street, existe uma instalação do artista plástico Walter De Maria (1935-), chamada “Sala da terra”.
Trata-se de um salão de 330 metros quadrados, localizado em um andar qualquer de um prédio comercial, coberto de terra escura.
Foi montado em 1977 e desde então lá se encontra, aberto ao público.
O visitante pode apreciá-lo da porta e não há muito para ver.
Apenas uma camada de terra de cerca de meio metro de altura cobrindo todo o espaço disponível.
Um homem está encarregado de tomar conta do local. Sua função é abrir e fechar diariamente a sala nos horários estabelecidos e arrancar as pequenas folhas que constantemente brotam da terra.
Sim, porque a vida não cessa e ressurge sempre, mesmo quando já não parece haver mais vida nenhuma.
Pode demorar.
Os que já passaram por isso sabem que um dia todo o sofrimento passa, a tempestade se desfaz, o bom tempo volta e o sol torna a brilhar, a aquecer a alma e a iluminar os caminhos.
Quem ainda não chegou a esse momento pode acreditar: isso passa; pode demorar, mas passa.
É preciso manter viva a chama da esperança e acreditar na capacidade de ressurreição do coração arrasado.
Sempre haverá no futuro a possibilidade de um novo amor e é necessário estar preparado para receber essa dádiva preciosa.
E um dia, em um futuro por vezes nem tão distante assimAdicionar imagem, a nova paixão ilumina com seu brilho a alma, como o sol que ressurge e nos aquece após um longo período de mau tempo.
Ou como a primavera que rebrota depois de um longo e escuro inverno.
A vida se impõe.
Sempre.

(Luiz Alberto Py)

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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