segunda-feira, 10 de agosto de 2009
09:14:00
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Reflexos do meu ser
Carência de amor...
Poderá eventualmente ser lembrada naqueles momentos em que não temos alguém que nos ame ao nosso lado, ou então quando não conseguimos ter conosco quem amamos.
Ambas as situações podem ser críticas, mas o principal amor, que nunca deve faltar, é o amor próprio.
Devemos amar, em primeiro lugar, o Ser Supremo que nos deu vida, e que nos mantém vivos.
Logo em seguida, devemos nos amar e muito.
Quem não consegue amar-se, dificilmente terá condições de saber amar aos outros, por não saber o que é o Amor, na verdadeira acepção da palavra.
Amor é aquele sentimento que faz com que nossos desejos e atos se voltem visando propiciar o bem estar para a pessoa amada.
É por isso que o amor próprio é tão necessário.
Devemos querer sempre nosso bem estar.
Sequer pode ser chamado de egoísmo, pois se não conseguirmos nos fazer felizes, como poderemos fazer outrem feliz?
Sequer pode ser chamado de egoísmo, pois se não conseguirmos nos fazer felizes, como poderemos fazer outrem feliz?
Desenvolvendo essa capacidade, amando-nos e zelando por nosso bem estar, teremos condições de discernir melhor sobre como aproveitar nosso tempo, podendo amar a outro alguém.
Muitas pessoas se queixam de não ter sorte para o amor, pois nunca conseguem encontrar alguém a quem amar, ou mesmo que as ame.
Seria o caso de se perguntar se essas pessoas gostam-se o suficiente, se procuram de maneira adequada conseguir e conquistar o amor de outras pessoas.
Realmente não é fácil encontrar-se o "par perfeito', principalmente se esse objetivo chega a ser procurado de maneira obsessiva, ou seja, é necessário que se dê oportunidade para que o amor se manifeste, pois nem sempre é à primeira vista que se encontra a famosa "outra metade".
Torna-se necessária alguma convivência para que se descubra a famosa afinidade, que é o que forma as uniões duradouras.
Por vezes, é necessário dar-se tempo ao tempo, e muitas vezes a urgência com que se busca o amor, impede que ele se manifeste.
A falta de compreensão também atrapalha bastante.
Temos que saber analisar nossos erros e defeitos, antes de procurar apenas ver o que a eventual parceria apresenta.
A propósito, nosso amigo Alphonse Vinet deixou-nos um pensamento interessante:
"O Tempo não se compõe somente de horas nem de minutos, mas de amor e de vontade; temos pouco tempo quando temos pouco amor”.
Daí se infere que, na verdade a falta de amor sempre provoca uma certa agonia na busca do amor, impedindo muitas vezes, que se consiga ver o que temos diante dos olhos.
Para conseguir enxergar melhor as coisas, é necessário exercitar o auto amor, pois conseguindo amar-nos, teremos mais facilidades para descobrir nossas reais qualidades, bem como nossos defeitos.
Corrigindo estes, e aprimorando as qualidades, poderemos permitir um melhor julgamento alheio.
Principalmente, não devemos julgar precipitadamente qualidades ou defeitos.
Nem devemos abrir depressa demais o coração, nem tampouco fechá-lo de vez.
Há que saber usar o bom senso, e isso é realmente necessário, pois quando se consegue desenvolver o amor próprio, chega-se à conclusão de que a procura do "parceiro ideal" não é tão urgente ou tão necessária assim.
As coisas precisam ter um curso mais ou menos normal.
A solidão pode ser uma excelente maneira de vida, desde que se saiba administrá-la, não fazendo dela uma fonte de tristeza, mas encarando-a como uma excelente maneira de se aproveitar a melhor companhia que temos, que é a nossa própria pessoa...
Desde que saibamos nos amar.
Encarando a vida sob esse prisma, talvez seja até mais fácil encontrar a companhia desejada, pois qualquer um gostará de conhecer melhor uma pessoa que se ama tanto, pois deverá ser uma excelente companhia...
Não poderá ser má companhia para ninguém, já que é tão boa para consigo mesmo.
(Marcial Salaverry)
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