quarta-feira, 3 de março de 2010


Todo mundo tem muitas coisas a fazer.
Esse talvez seja nosso pobre destino: cumprir tarefas que nunca têm fim, e que se multiplicam, ou recomeçam.
Quem já não se viu na situação de não ter tempo para dar conta dos múltiplos afazeres ou compromissos?
Mesmo assim, angustiados e preocupados, vamos em frente, mesmo sabendo que, no final das contas, sempre ficará algo para trás, à espera de atitudes ou ações que nunca faremos.
A vida é uma sucessão de compromissos.
Ninguém escapa disso.
Da infância à velhice devemos realizar tantas coisas, das mais insignificantes (e constantes) às mais sérias e responsáveis (não tão presentes, mas importantes).
Poder-se-ia dizer que viver é cumprir atividades todos os dias.
Mas essas atividades são uma imposição externa, social, ou, ao contrário, representam algo necessário e inevitável, intrínseco a cada um?
É uma questão difícil de responder.
Creio que a melhor saída seja cravar nas duas alternativas.
Há, sim, coisas que são naturais – higiene pessoal, estudo, trabalho – que impõem rotina e horário para serem feitas.
Porém, não se pode negar que o ambiente, a cultura, e, por que não dizer, as ambições e vaidades humanas trazem outro conjunto de compromissos, não tão necessários ou inadiáveis, que nos parecem tão sérios quanto inevitáveis.
Reconheço que há pessoas que tratam de forma diferente essa questão.
Pode-se, grosso modo, dividir o mundo em dois grandes grupos: os cuca-frescas e os atormentados.
Os primeiros lidam – ou demonstram lidar – melhor com as coisas a fazer.
Não levam tão a sério os horários, cronogramas e tarefas.
Aparentam tranqüilidade, são menos suscetíveis a cobranças, levam a vida de forma mais solta.
Pagam, entretanto, um preço por isso, já que os padrões de sucesso exigem algo mais deles.
Enquanto isso, os atormentados desdobram-se para fazer tudo certo, no tempo exato.
Não conseguem, devo dizer.
Mas não deixam de tentar, sempre.
Fazem listas e listas das tarefas e compromissos, enchem agendas de anotações, tentam multiplicar as horas para dar conta de tudo.
Muitos terminam estressados, irritados, com problemas de saúde.
Mas são esses que, em geral, conseguem êxito e reconhecimento.
Esses tipos ideais provavelmente não existam.
Todos nós oscilamos entre um extremo e outro, dependendo da situação da vida.
Vamos realizando nossas tarefas, uma após outra, mas sonhando com momentos de descontração.
Às vezes eles são concretizados, quando deixamos de lado o rigor, esquecendo deliberadamente o que temos que fazer hoje ou amanhã.
Mas, passados esses instantes, a vida, as circunstâncias, a sociedade, ou o nosso interior acabam por nos trazer de volta à realidade, e ao mundo que nos obriga a fazer, sempre, mais e mais.
O segredo, nunca alcançado, seja talvez realizar a síntese perfeita entre fazer e gostar de fazer.
Ou seja: não sofrer com a agenda, com os compromissos, com a cobrança, interna e externa.
E curtir, sempre, a realização, por mais insignificante que seja.
Alguém irá dizer que é fácil falar e escrever sobre isso, mas muito mais difícil de fazer acontecer, todos os dias.
Mas vale a pena tentar, não?
(Alcindo Gonçalves)

Um comentário:

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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