sexta-feira, 11 de junho de 2010




Há opiniões discrepantes em relação às pessoas que são muito cuidadosas e delicadas quando expressam seu ponto de vista, especialmente sobre temas polêmicos.
Alguns as julgam falsas e hipócritas, pois escolhem as palavras com o intuito de agradar o interlocutor. Resultado: desconfia-se de sua sinceridade.
Outros, porém, pensam de forma diferente.
Acham que são espíritos mais atentos, preocupados em não ser invasivos e grosseiros.
Tomam cuidado, sim, porque não gostariam, em hipótese alguma, de magoar a pessoa com a qual estão conversando.
Pode parecer também que o tipo mais espontâneo e sincero é mais veemente na defesa de suas idéias, enquanto o mais delicado tem menos interesse em fazer prevalecer seu ponto de vista, ficando sempre “em cima do muro”.
Embora muitas vezes tais considerações sejam verdadeiras, penso que não é tão simples fazer a avaliação da conduta mais adequada.
Esse assunto não só envolve questões morais, mas diz respeito à eficácia da comunicação entre as pessoas.
Sob o aspecto moral, a preocupação com o outro se impõe sempre.
Ser honestos e sinceros não nos dá o direito de dizer tudo que pensamos.
A franqueza pode ser prejudicial.
Por exemplo, se uma pessoa, ao encontrar um amigo de rosto abatido, falar:
“Puxa, como você está pálido! Até parece doente”, estará sendo sincera, mas tremendamente insensível.
A verdade não subtrai o caráter agressivo da afirmação; pelo contrário o acentua.
Na prática, acredito que uma boa forma de avaliar uma ação é pelo resultado.
Se o efeito for destrutivo, a ação será nociva, independentemente da “boa intenção” daquele que a praticou.
A tese de que devemos falar tudo o que pensamos é ainda mais indefensável quando o objetivo é facilitar o entendimento e a comunicação.
Indiscutivelmente o ser humano é vaidoso e, se se sentir ofendido por alguma palavra ou atitude do outro, acabará desenvolvendo uma postura negativa em relação a essa pessoa.
Se alguém iniciar uma frase com expressões do tipo “Você não percebe nada”, “Qualquer idiota é capaz de compreender que...”, elas provocarão uma espécie de surdez imediata.
Não ouviremos o resto do argumento ou então o ouviremos com o intuito de encontrar bons raciocínios para derrubá-lo.
Quando a gente se expressa, é preciso ter extremo cuidado com as palavras, pois elas atingem positiva ou negativamente o interlocutor.
No processo de comunicação, a recepção é tão importante quanto a emissão dos sinais.
Temos que nos lembrar disso se quisermos agir de modo construtivo para nós e para os demais.
O descaso pelo “receptor” indica desrespeito moral e agressividade (voluntária ou não).
Há pessoas que só têm interesse em mostrar como são perspicazes e brilhantes.
Querem ficar por cima.
Querem ensinar e não aprender.
Despertam raiva, não admiração, pois a arte de seduzir caminha exatamente na direção oposta.
Um homem (ou uma mulher) atraente faz o outro se sentir bonito, legal e inteligente.
Prefere dar atenção a repetir o tempo todo “Como sou bárbaro e maravilhoso”.
Qual a pessoa que gosta de se aproximar de alguém cujo objetivo principal é a autopromoção constante? Quem atura discursos intermináveis baseados num narcisismo oco?
Praticamente ninguém.
O descaso pelo interlocutor é, a meu ver, fruto de um individualismo acirrado e oculta o desejo inconsciente de se dar mal na vida.

Flávio Gikovate

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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