quinta-feira, 17 de maio de 2012

Abrir mão da busca pela felicidade no agora, talvez, seja uma das decisões mais radicais e das mais sábias para aquele que busca o bem-estar real.
Somos uma raça sensível, empática, emotiva, com oscilações de humor decorrentes de nossas vivências, das observações, das inter-relações de nossos pensamentos e sentimentos com os hormônios e com a química cerebral.
É saudável termos momentos de tristeza e outros de alegria.
Alguns de ansiedade e outros de felicidade.
Isto é humano.
Observar, por exemplo, um ente querido doente não pode gerar felicidade, nem a perda desse ser amado poderia criar ambiência para sentimentos felizes.
Há momentos em que aceitar a tristeza, acolhendo-se, para poder seguir em frente é o melhor que se pode fazer.
De uma forma geral, doenças e perdas trazem tristeza e dor.
Seja quando as vivenciamos ou quando sabemos que alguém a quem queremos bem as experiencia.
Uma pessoa amorosa e sensível também pode sentir e externar pesar ou contentamento dependendo do conteúdo do noticiário sobre desastres, infortúnios ou de celebrações, ainda que ocorram com desconhecidos.
Lidar com frustrações, decepções, raivas e inseguranças é parte de nossa condição humana.
Reconhecê-las em nós é condição inerente ao amadurecimento emocional.
A questão é que nossa sociedade não quer lidar com essas questões.
Ou melhor, lida medicando, muitas vezes, indiscriminadamente, a quem se encontra depressivo, retirando-o da "experiência inaceitável".
Empurra-se desta forma a oportunidade de crescer para o amanhã.
Medicados tornam-se pessoas artificialmente felizes ou indiferentes.
De forma geral, a sociedade sente-se obrigada a este estado, de felicidade constante, pela mídia, pelas revistas, pelos chefes e colegas de trabalho, pela família.
Ninguém quer alguém tristonho perto de si.
Por isso, quando tristes sentimo-nos desajustados e rejeitados.
Queremos ser felizes de qualquer jeito, pois, essa é a busca da atualidade.
Assim, se há sombra de melancolia ou tristeza: "vá se tratar!", e só retorne "bonzinho", nos diz a sociedade.
Entender que uma vida saudável envolve parcelas de angústias e tristezas que serão tijolos de construção de um bem-estar real é um ganho.
Nem de longe a idéia aqui é a de submergir ao sofrimento, mas sim aprender a lidar com o sofrer, mantendo a coragem e a dignidade possíveis.
E muitas vezes fazer isso sozinho é doloroso demais.
Então, busca-se o apoio familiar, espiritual, a terapia floral, bem como o profissional da medicina ou da psicologia, aproveitando o momento para ampliar o autoconhecimento, refazer planos de vida, redefinir metas e objetivos.
Quem passa por este teste de fogo sai fortalecido e pode, enfim, estar pronto para desenvolver a serenidade, o contentamento, e a paz de espírito, estes sim, os guardiões verdadeiros do bem-estar emocional e da felicidade possível.

Thais Accioly



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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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