quinta-feira, 14 de junho de 2012

Antigamente, homens e mulheres namoravam, noivavam e casavam.
Estas eram as três fases previsíveis num relacionamento amoroso.
Hoje, as coisas já não são assim: as etapas do namoro, noivado e casamento assumiram novas feições.
O padrão atual também envolve três estágios, que eu classifico namorante, pré-casante e casante.
Do estágio de namorantes (namorado+amante), os apaixonados evoluem para a fase de pré-casantes (o "morar junto"), que é quase casamento.
Finalmente, entram na etapa de casantes, isto é, casam mesmo, com ou sem papel passado.
Como conseqüência deixou de ser um evento único, o acontecimento culminante de toda uma fase de preparação na vida de muitas pessoas, para se transformar numa sucessão de etapas em que as mudanças acontecem passo a passo.
Na fase de "namorante" existe uma fome insaciável do parceiro, uma necessidade urgente e constante do outro.
Cada toque, cada contato exige uma resposta.
Estamos sempre querendo que o outro retribua o que dizemos ou fazemos.
É também a fase em que sentimos um desejo permanente de satisfazer o outro, de nos tornarmos parte dele.
Daí vêm a sensação de fusão, de totalidade, e o desejo de morar junto.
CASAMENTO DE EXPERIÊNCIA
Morar junto é fazer de conta, é pretender que se está casando sem casar de verdade.
É pôr temporariamente à disposição do parceiro seu amor, seus bens, sem se comprometer totalmente.
Quando um casal está equilibrado e considerando o casamento com serenidade, morar junto pode ser um passo positivo rumo à intimidade e ao compromisso.
Um já tem o apartamento.
Juntam-se os recursos, dividem-se as despesas, as angústias, as tristezas; soma-se ou multiplica-se o prazer.
Pouco a pouco, vai se descobrindo, inventando as regras.
Os dois trabalham.
Come-se quando dá, onde dá: fora ou em casa, congelado ou lanche.
Faz-se amor sempre que surge a chance, mais cedo ou mais tarde, antes ou depois, não importa.
Nesse tipo de casamento por etapas, no início há aquela fase deliciosa de aeróbica sexual, tanto de baixo quanto de alto impacto.
Esse é o período em que os desejos pré-casantes e casantes se materializam e os amantes acreditam que vão ficar juntos só enquanto eles durarem.
Mas aí cada um vai se enroscando, meio como uma rosca sem fim.
Em geral, com o passar do tempo (uns dois anos), a situação começa a mudar.
Os desejos passam a ser outros, as necessidades e os valores, também.
Chega então a hora do prato principal: a fase casante, com ou sem papel passado.
No casamento de experiência, a possibilidade de ter um filho não é afastada, mas, normalmente, um dos parceiros ou os dois querem desesperadamente aproveitar, descobrir, terminar alguma coisa antes de começar outra.
Existem, ao mesmo tempo, um desejo e um medo da paternidade e da maternidade.
A vida é assim, cheia de contradições, de dilemas.
Então vai-se daquela fase do "agora não" - pré-casante - para a do "agora já podemos ter filhos" - casante.

Maria Helena Matarazzo

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Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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