quinta-feira, 1 de novembro de 2012
 
As experiências da vida deveriam apenas nos servir de aprendizado, mas nem sempre isso ocorre.
Carregamos o fardo das mágoas, culpas, ressentimentos, ódios, rejeições, causados por elas.
Há algum tempo atendi um jornalista que não entendia a sua agressividade com os seus colegas de trabalho, principalmente, os que gozavam de sua amizade.
Todas as vezes que ele convidava alguém da redação para um evento e a pessoa não comparecia, no dia seguinte ele demonstrava muita irritação.
Uma dessas vezes ele acabou partindo para a agressão física, o que o trouxe ao meu consultório.
Em princípio, ele parecia ser muito calmo e gentil, daqueles que demoram a sair do sério.
Logo de início captei uma imagem em seu campo de uma criança de cerca de 2 anos triste vendo uma mulher se afastando.
Ao descrever a cena, imediatamente ele a identificou, contando que quando criança, sua mãe lhe dera um beijo e saíra sem dizer uma palavra.
Após muitos anos, sem nenhuma notícia, essa senhora bateu em sua porta, sem nenhum aviso.
Sua perplexidade fora total, pois como se nada tivesse acontecido e não houvessem passado todos esses anos, ela se apresentou como sua mãe e lhe informou que viera para conhecê-lo e aos seus netos.
Ele me contou que ficou paralisado.
Entendi o que acontecera.
Todas as vezes que alguém, principalmente os amigos, não apareciam nos eventos importantes de sua vida, ele reagia com a ira e a frustração que, provavelmente, o acompanhou durante todos esses anos.
Era a mãe a quem ele queria agredir.
Canalizei a imagem internalizada da mãe.
Foi um diálogo muito intenso que quase que ele me bate, faltou pouco, permeado de tristeza e decepção pelo abandono sofrido.
Tudo isso deveria estar bem escondido até o dia em que ela reapareceu em sua vida.
Canalizei outras imagens, inclusive daquela criança de 2 anos de idade, para que toda a história pudesse ser reestruturada em outros valores e com uma nova perspectiva.
Ele saiu do meu consultório com outro semblante e acho que em paz!
 
Vera Ghimmel
 

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“As palavras são a voz do coração. Onde quer que você vá,vá com todo o coração. Por muito longe que o espírito alcance,nunca irá tão longe como o coração.”(Confúcio)

Quem sou eu

Sou uma pessoa de bem com a vida e dificilmente você me verá de mau humor.Tento levar a risca o ditado "não faça aos outros aquilo que você não gostaria que fizessem com você". Procuro me rodear de pessoas alegres e que me olham nos olhos quando eu falo. Acredito que energia positiva atrai energia positiva.

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